Paixão Obsessiva


Paixão Obsessiva

Ex-mulher não aceita o fim do relacionamento e resolve infernizar a vida da atual do ex-marido. Parece um caso corriqueiro, mas é a premissa para o longa. Um longa que era para ser de suspense, mas que te faz rir mais do que te angustiar.

Tessa, personagem de Heigl, é a obsessiva do título. Depois de se divorciar de David (Geoff Stults), ela não consegue aceitar que a vida do rapaz tenha continuado e que agora ele divide o lar com Julia, jornalista vivida por Rosario Dawnson. Para piorar a situação (ou para ser mais clichê ainda), Tessa e David tem um laço eterno, a pequena Lily. A mãe de Tess é um ponto alto no filme. Não vou entrar detalhes para não estragar a surpresa, que pode ser divertida ou assustadora.

Tessa é uma mulher excêntrica. Cheia de cuidados com a pele, cabelo, inclusive da filha. É fácil de conseguir a antipatia de quem está assistindo. Não há nada que salve aquela mulher “perfeita”. Katherine está tão bem no papel, que é impossível não se perguntar se a atriz não tem 50% da personagem maluca. Os olhares dela são fantásticos. Já Julia, é uma mulher mais descolada, mas que esconde do marido um segredo do passado. Como ser mais clichê que isso? Não faço ideia. O fato é que adoramos esse enredo.

Por não ter um roteiro inovador, “Paixão Obsessiva” poderia ter um algum diferencial que se tornasse o seu grande atrativo, porém o filme é exatamente o que está no trailer e exatamente o que já assistimos incontáveis vezes nos cinemas. Não há absolutamente nada, que eu consiga dizer, que foi um diferencial e ajudou a salvar o filme. Até os erros, que não são poucos, podemos dizer que já vimos em outros filmes. Acho que é proposital.

Ele não consegue ser um filme ruim, porque o tema é atrativo ou nós que somos masoquistas e gostamos mesmo do que é ruim. (Pesquisar sobre isso.) De qualquer forma, não é à toa que a fórmula vem sendo repetida há décadas e sempre conseguindo um retorno considerável. O limite já deveria ter sido alcançado, mas Hollywood nunca para de surpreender: se funcionou, faz mais, está aí “Velozes e Furiosos” no 8º filme, com mais 300 confirmados e batendo recordes de lançamento.

O desenrolar de “Paixão Obsessiva”, às vezes, é arrastado e algumas cenas poderiam ser um pouco menores, mas nada que mudasse o roteiro a ponto de ser totalmente repaginado. O fato é que diverte e não decepciona quem já está acostumado com o gênero.

“Paixão Obsessiva” estreou quinta-feira, 20/04 e vale a pena encerrar o feriado prologando com esse filme. Combo gigante do cinema, porque a diversão fica maior ainda quando você tiver bebendo aquele gole enorme de refrigerante e começar a dar risada. 

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