Meu Malvado Favorito 3


Meu Malvado Favorito 3

Os Minions estão de volta e eu não poderia estar mais feliz. Depois do filme solo contando a origem dos amarelinhos, eles retornam às telonas ao lado do ex-super vilão Gru e suas três filhas adotadas, entre elas, a fofinha Agnes (quem resiste a essa criança apaixonada por unicórnios?).

Após desistir de sua carreira de vilão, Gru abraça o seu lado paternal e continua ao lado de Lucy, sua esposa, na Liga Anti-Vilões. Após a tentativa frustrada de capturar Balthazar Bratt, ex-ator de Hollywood dos anos 80, que após alcançar a fama caiu no ostracismo, por isso decidiu se vingar de todos, eles são demitidos e ficam desempregados. Os Minions ficam decepcionados e tudo parece dar errado para o casal, que tenta se manter positivo. É quando Gru recebe uma carta de Dru, seu irmão gêmeo. Até então, Gru não fazia ideia da existência do parente e se dispõe a conhece-lo e descobrir mais sobre sua família. Com ajuda de Dru, Gru bola um plano e vai atrás de Balthazar, que tem um plano maior ainda.

Além da descoberta de uma família maior, a relação de Gru com as garotas é sempre bom de se ver, porque ele perde toda a pose de rabugento e mostra o grande coração que tem. Nesse terceiro filme, é interessante também ver Lucy tentando incorporar o papel de mãe, mas sem saber direito como se comportar. São pequenos detalhes que compõe o roteiro e deixam o filme ainda mais adorável.

A fórmula do filme é a mesma dos anteriores: uma história simples, mas que rouba atenção de quem está na sala de cinema. Com muito humor e cenas de ação, “Meu Malvado Favorito 3” com certeza chamará a atenção dos pais e crianças, também, pela sua trilha sonora maravilhosa. Com A-Ha, Madonna, Dire Straits, Michael Jackson e outros, a seleção de músicas do vilão Balthazar Bratt vai fazer com que os mais velhos cantem os grandes sucessos dos anos 80.

Um dos pontos altos do filme é a figura do vilão. Com direito a mullet, blazer roxo com ombreiras e um bigode maroto, Baltazhar é capaz de deixar os maiores vilões do cinema com inveja. Sem dúvidas, um dos melhores rivais que Gru já teve na franquia. A dublagem de Leandro Hassum como Gru / Dru e de Evandro Mesquita como Balthazar ajudam a compor a personalidade dos personagens. Maria Clara Gueiros como Lucy também está maravilhosa.

Sobre os Minions, qualquer palavra é dispensável. Eles continuam atrapalhados, engraçados e com um dialeto que arranca risada até dos mais resistentes. E suas bundinhas amarelas são lindas demais. Confesso que sou totalmente apaixonada por essas criaturas, então não sou nada parcial na hora de falar deles. A Illumination Entertainmet acertou, mais uma vez, ao fazer um filme com os personagens. Em 2020, teremos o segundo filme solo dos Minions. Já está na minha lista de mais aguardado para aquele ano.

“Meu Malvado Favorito 3” acaba com a promessa de ter mais uma continuação. Se seguir esse ritmo, ainda há muito para lucrar com Gru e os Minions. No entanto, será preciso renovar o roteiro para não cair no eterno “mais do mesmo” e acabar deixando o público sem expectativa.

Estreando hoje, 29 de junho, “Meu Malvado Favorito 3” é uma excelente opção para a família no cinema. Vale o combo da pipoca, do refri, do chocolate e vale levar a criançada para o fast food que está dando de brinde miniaturas dos personagens do filme. SENSACIONAL!

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Meus 15 Anos


Meus 15 Anos

Larissa Manoela é aquela menina que as pessoas amam odiar. Não importa o que ela faça, seu nome estará nas redes sociais, seja pelo bem, seja pelo mal. No entanto, não há como negar que a garota de 15 anos é um fenômeno e arrasta uma legião de fãs por onde passa. Além do sucesso da TV, de shows, a atriz agora desponta em um filme que tem tudo para dar certo. E deu. 

Fui para a Cabine de Imprensa de "Meus 15 Anos", esperando um besteirol total, algo monótono e me surpreendi. 

Não que seja um filme fantástico, mas é um filme cativante, fofinho. Ele é o que se propõe a ser: um filme para crianças / adolescentes com um tema que, não importa a década, sempre haverá um longa abordando o tema. 

É impossível dizer ao contrário: é um filme que já vimos milhões de vezes, como por exemplo: "10 Coisas que Odeio em Você". Lembra também a famosa novela global "Malhação". 

Dois casos de sucesso que, por mais que a gente cresça, assiste e se encanta (mesmo que seja a reprise de uma temporada antiga de "Malhação" no Canal Viva, porque as temporadas atuais, infelizmente, não posso opinar, não assisto), gostamos de assistir. 

A atuação de Larissa Manoela é convincente. Nunca vi outro trabalho da menina, mas gostei. 

Rafaela Infante faz o papel do pai (que trabalha se vestindo com fantasias sensacionais) de Bia (Larissa), que coloca ela no contexto da festa de 15 anos, sorteada por um shopping, que ela insiste em dizer que não quer, pois não terá a quem convidar. 

Fora eles dois, tem outros atores jovens, que não são profissionais espetaculares, mas que a gente "aceita", porque não tem outra opção. 

Por exemplo: o garoto, que é o melhor (único) amigo dela (Daniel Botelho), tem como melhor cena a que ele toca e canta. O garoto que é do terceiro ano (Bruno Peixoto) e quer usar ela para participar da festa, é bonito e fim. 

O pior do filme, mas que de tão ruim consegue arrancar risada, é a participação do YouTuber Victor Meniel. No papel de ajudante de "fada madrinha", o menino não faz nada significante. Um papel que não acrescenta nada no filme, nem no humor por ser forçado, mas que dá para ignorar e seguir adiante. 

Sem soltar nenhum spoiler, preciso salientar o final do filme, que me surpreendeu. Esperava que fosse cair no lugar comum e fugiu à regra. Talvez isso, além da participação de Anitta, tenha sido o motivo de eu ter gostado do filme. Achei um momento propício para a conclusão que ele tem. 

"Meus 15 Anos" é um filme teen que vai agradar o seu público-alvo e só por isso, já tem o seu mérito. Uma boa produção do SBT para as telonas e um momento excelente para consolidar a carreira de uma estrela que tem tudo para continuar no caminho do sucesso. 

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Denny Denan

Foto do Instagram @dennydenan 

“Não vou sair da Timbalada para acabar com ela. A Timbalada é muito maior que eu; é meu ventre; é patrimônio da Bahia” Denny Denan

E assim Denny Denan se despede do útero, do colo, do berço, dos primeiros passos, do caminhar de mãos dadas até sair correndo, como faz todo filho, quando entende que aprendeu a andar sozinho. E todas essas etapas foram vividas da melhor forma; por isso ele deixa bem claro que sai, hoje, como entrou há 25 anos: com amor! A família do Candeal foi anfitriã, para aquele menino de Camaçari que não conhecia a capital, nem a vida; e lá, ele aprendeu prestando atenção aos que tocavam, cantavam, em particular Carlinhos Brown, que o ensinou muita coisa, não somente sobre a carreira artística, mas sobre a própria vida.

Estreando carreira solo, aquele menino que era magrinho quando chegou, conforme todos citam, é um homem grande, forte, carismático, inteligente, com um conhecimento enorme sobre música, percussão, ritmo, voz, e cheio de talento. Ao contrário do possa parecer, ama música clássica e fala de Tchaikovsky como quem fala de um “velho companheiro”!

Foram 25 anos até sentir-se “maior de idade”, independente e acreditar com segurança que poderia dar esse passo; além de ter certeza de que todos alçam voo em algum momento. “A Timbalada é a porta de apresentação dos artistas”, diz ele. Contudo, quando abre-se a primeira porta, a tendência é querer outras novas.

Apesar de haver especulação, todos os anos após o carnaval, sobre sua pretensa saída da Timbalada, ele garante que isso não era real e que a decisão só aconteceu há poucos dias; confessou que o charuto foi seu companheiro conselheiro, que lhe permitiu pensar e decidir, imagino eu, sem dar palpite...  Esses são os melhores! E logo após a sua decisão recebeu uma ligação de Brown o desejando boa sorte, inclusive, pelo grande artista que ele é.

Denny é de Camaçari, caçula de cinco filhos, cresceu em um ambiente com muita música, onde toda a família, pais e irmãos, tocavam e cantavam. Também participou de um projeto sociocultural que ensinava arte e cultura. E no Centro de Formação Cultural Casa da Criança e do Adolescente aprendeu a cantar e tocar instrumentos, marcenaria, capoeira, dança e teatro.

Aos 12 anos a sua estrela brilhou, a sorte o encontrou no lugar certo, quando recepcionou Carlinhos que visitava o projeto em que ele integrava; e ele já tocava e cantava. Brown se encantou por aquele protótipo de timbaleiro e lhe disse que queria vê-lo no ensaio da Timbalada. Mesmo sem nunca ter ouvido falar da banda, uma semana depois lá estava ele, no palco do Candeal, surpreso com aquela multidão, sem entender nada sobre o significado daquele movimento cultural. Naquele momento nascia o vocalista que cresceu, cativou, ganhou credibilidade, conquistou a “tribo” dos fãs trabalhistas e, nessa mesma onda, foi premiado, cruzou oceanos, fronteiras, sempre engajado, estudando, aperfeiçoando-se, aprendendo... criando asas, para este dia em que voará alto, muito alto!

Neste momento, além do artista de carreira solo brotando, muita novidade nasce junto, como a Casamata Produções, que se apresenta ao mercado para gerenciar a carreira de Denny Denan e seguir junto na nova estrada, nesse desfio.

Muita novidade já está sendo projetada e produzida; ensaios de verão, shows, que ele já recebeu convite ao comunicar a carreira solo, CD sendo ensaiado, música germinando, ideias fervilhando...  “Estou muito feliz, cheio de novidades e ansioso para estrear com esse novo projeto, no verão.” Denny Denan

Sem dúvida a saída do vocalista da Timbalada foi, de algum modo, um presente para o público que, a partir de agora, além de ter a banda, ganhou um novo espetáculo, uma estrela com brilho especial, cantando e tocando com a batida e o ritmo que todos amam, prometendo chagar com a pegada do reggaeton... E que venha Denny Denan, solo, com a mesma simpatia, o mesmo carisma, carinho, atenção de sempre, com garra nova, vontade explodindo, com velhos companheiros o acompanhando, e sucesso garantido, oxalá será assim, para fazer o mundo mais feliz! Que Ogum esteja sempre com você, lhe protegendo! Patakori Ogun! Ogunhê!


O Que é, o Que é?

“E a vida? E a vida o que é, diga lá, meu irmão?
É a vida! É bonita e é bonita!”
Viver e não ter a vergonha de ser feliz...”

Primeira música que Denny cantou na Timbalada... E assim ele profetizou a sua carreira, que hoje “É bonita e é bonita!”



Texto: Ana Paula Berenguer Icó

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Colossal


Colossal

Depois de perder o emprego e terminar com o namorado, Gloria se vê obrigada a sair de Nova York e voltar para sua cidade natal. Lá, ela reencontra um amigo de infância, Oscar, e começa a acompanhar as notícias sobre um monstro gigante que está destruindo Seul, na Coréia. Glória percebe, aos poucos, que tem uma ligação forte com o monstro e quando tudo parece sair de controle, ela precisa aprender a lidar com diversas coisas que pareciam pequenas, mas na verdade são de proporção colossal.

Anne Hathaway é Gloria e Gloria é uma personagem diferente de tudo o que a atriz está acostumada a fazer em seus filmes de comédia romântica ou drama. Anne tem talento e isso já foi percebido há muito tempo, entretanto ao vê-la trabalhando em filme que não tem o seu perfil, seus fãs podem confirmar o fato de que ela é, de fato, brilhante. Gloria tem problemas com álcool, que é um dos fatores que acaba o seu relacionamento. No entanto, pôr a culpa total nela é aliviar a barra para o seu noivo Tim (Dan Stevens). O relacionamento deles é claramente abusivo, onde Gloria faz de tudo para agradar seu parceiro, que está sempre pronto para critica-la até mesmo por coisas desnecessárias.

Quando se vê de volta na sua cidade antiga, ela conta com Oscar (Jason Sudeikis), um amigo da época de colégio que se dispõe a ajudá-la. Então, ela começa a trabalhar no bar dele e eles se aproximam ainda mais. Quando percebe que está ligada aos acontecimentos catastróficos de Seul, Gloria mostra a Oscar e eles descobrem que estão mais ligados a tudo isso de maneira improvável. Improvável, inclusive, poderia ser a palavra para descrever o filme de Nacho Vigalondo. Os acontecimentos são tão bizarros, que muitas vezes você vai se perguntar “o que é isso que estou assistindo?”, mas ao entrar de cabeça na fantasia do filme, a diversão estará lá, assim como a abordagem de temas que são abordados em filmes, digamos, mais sérios.

“Colossal” é um filme divertido, que não vai ser de agrado de todos. A abordagem sobre como a responsabilidade afeta a si próprio e o universo ao redor, pode não ficar clara para alguns, já que a narrativa usa de um artifício que não é o costumeiro. Não é só Anne Hathaway que precisou sair da zona de conforto para fazer esse filme, o público também precisará. Mergulhar de cabeça, por mais que seja um conteúdo simples, às vezes é complicado para quem gosta de tudo mastigado e, principalmente, para quem só aplaude o mais do mesmo.

Vigalondo entrega um trabalho divertido com um bom elenco e uma Anne Hathaway maravilhosa!  Filme para assistir e viajar junto com a história.

“Colossal” estreia hoje, 15 de junho, em pleno feriado, o que já é uma ótima oportunidade para você levantar do sofá, tomar um banho e ir ao cinema ver uma coisa nova. Vale o combo da pipoca, o ingresso e os 110 minutos de Anne na tela do cinema. Ela é incansável de assistir!

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A Múmia


A Múmia

Primeira coisa que você precisa saber sobre "A Múmia": Tom Cruise corre MUITO no filme! O que isso significa? Nada além do que ele está acostumado a fazer. (Isso vai ser repetido daqui a pouco.)

Preciso começar essa crítica dizendo que eu não tinha nenhuma expectativa para esse filme. Tudo mudou, depois que li que ele seria a porta de entrada para um universo de monstros famosos, que assombram pessoas em todo o mundo há anos. O "Dark Universe", como foi batizado, é uma ideia muito boa da Universal e tem tudo para dar certo. Por esse motivo, passei a acreditar mais nesse reboot, mas sabendo que não seria nada muito além do que é proposto no trailer. 

Ahmanet (Sofia Boutella) estava a um passo do trono, quando seu destino sofre uma reviravolta. A quase rainha acaba por liberar sua ira e, para ser contida, é mumificada ainda em vida. Após passar séculos em sua tumba, muito bem "selada", ela é despertada nos dias atuais e sua maldade acumulada está pronta para ser liberada. Até aí, nenhuma novidade no velho Egito e / ou na atual Inglaterra. 

Quem desperta a Múmia, é Nick, interpretado por Tom Cruise, que não precisou fazer muito esforço para atuar nesse filme, evidentemente, o seu esforço foi, como disse logo no início, correr, mas acho que ele está tão acostumado a isso, que nem é mais um grande esforço, é intrínseco aos seus papéis. Seu personagem Nick é igual a Ethan Hunt (Missão Impossível) e Jack Reacher, só com uma pitada de malícia com tendência para a maldade. 

Ao libertar Ahmanet, Nick começa ter visões do que aconteceu no passado com a moça. Com a ajuda de Jenny (Annabelle Wallis), ele descobre que o objetivo da Múmia é trazer o deus egípcio da morte, Set, no corpo seu corpo (explorado no filme, não entendi muito bem o motivo, mas me agradou) e levar o caos pelo mundo. Até aí, também, nada de novo na história. 

A novidade mesmo, é a aparição de Russell Crowe no papel do Dr. Henry Jakell, mas que também atende pelo nome de Mr. Hyde, o famoso médico e monstro. Nessa narrativa, o doutor trabalha para a organização "Prodigium". A parte boa das cenas que ocorrem dentro da tal organização, são as referências que aparecem indicando os demais monstros que voltarão às telas nesse crossover imenso, que a Universal está propondo.

Os efeitos especiais de "A Múmia" são maravilhosos. A qualidade do filme, nesse quesito é impecável. No entanto, as outras múmias que aparecem no longa, mais parecem zumbis e o papel da múmia principal, que deveria ser o destaque no filme, é secundário, infelizmente. Ahmanet está ali para dar voz a outro vilão. É uma pena, porque Sofia Boutella está muito bem no papel. Talvez seja esse um dos grandes pecados do filme. 

Fora isso, é um blockbuster e como sempre, é atacado pela crítica por ter alguns atropelos de cena. Não é nada grave, porque o filme tem um tom regido do início ao fim de ação, aventura e comédia. As tentativas de sustos são fracassadas, exceto se você assistir em 3D e "receber" um maldito pássaro no meio da cara. 

O filme de Alex Kurtzman é o primeiro chute para um universo fantasioso que é fácil de agradar. O apelo cômico, deveria ser deixado um pouco de lado, porque pode atrapalhar a dramaticidade e a questão do terror, já que o tema principal são os grandes monstros da história. Assim como estão unindo King Kong e Godzilla, o crossover parece que vai cruzar muitas histórias pelo mundo cinematográfico. É torcer para que a ânsia de trazer esses grandes nomes reunidos em um universo só, não acabe por os enfraquecer. 

"A Múmia" estreou essa quinta-feira, 08/06, nos cinemas e é o tipo de filme que deve ser assistido no cinema. É um blockbuster que vale a pena investir no 3D para levar aqueles sustos e se envolver um pouco mais com a trama. 

Poderia ser melhor? Sem dúvidas. Mas diverte, arranca risadas e deixa um pouquinho de tensão em que está assistindo. O combo da pipoca, o refrigerante e o chocolate vale a pena, sim, se você não for esperando um grande filme. Se for esperando uma aventura, o pacote será fechado com sucesso! 

PS: Só para desabafar o quanto me irritou a personagem Jenny falando "Nick". Ela deve repetir o nome dele umas 500 vezes por minuto. Juro por Deus! Se você fica atento a esses detalhes, prepare a sua paciência e no mais... BOM FILME!

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Neve Negra


Neve Negra

Filme argentino não decepciona. Há algum tempo venho encantada com o dom dos hermanos de fazer filmes com histórias fantásticas e como as conduzem nas telonas. Os atores, também, nem preciso dizer que são excepcionais. Ao ler os nomes de Leonardo Sbaraglia e Ricardo Darín, entrei na sala do cinema sabendo que sairia mais fã dos dois. Não errei.

"Neve Negra" é a história de dois irmãos, os quais fazem parte de uma família de caçadores, que precisam se encontrar após anos sem nenhum contato, por causa da morte do pai. Salvador, interpretado por Darín, é o irmão mais velho, que vive numa cabana, num ponto alto de um pico nevado e mantém o hábito da família de caçar. Obviamente, por viver isolado e estar quase sempre com uma arma na mão, Salvador tem um ar misterioso e intimidador. A cabana aparenta ser um pouco mal assombrada, mas não se preocupe; não é uma história de fantasmas. 

Quando seu irmão Marcos (Leonardo) chega com a esposa grávida, começa um conflito familiar que, na verdade, foi iniciado anos anos antes. A história se passa no presente com lembranças do passado para construir a narrativa. O desenrolar vai mostrando como cada um chegou em sua atual situação e o porquê do conflito, que dura há tantos anos, que é a morte do irmão mais novo do clã de caçadores. E a medida que os acontecimentos vão ficando claros, a sensação é de incômodo, desajuste e falta de ar. O ambiente branco e o frio claro que está ali, deixa o espectador exausto, pedindo por uma revelação. E ela vem. Nem cedo demais, nem tarde demais; chega na hora certa para liberar a tensão instaurada. 

Não há muita novidade na narrativa e o grande mistério, em determinado ponto, fica bem aparente. No entanto, a atmosfera criada por Martín Hodara, diretor do filme, é excelente e não deixa a desejar em nada. A história é envolvente e grande parte do envolvimento de quem está assistindo é graças a atuação absolutamente fantástica do elenco. Tanto de Leonardo e Ricardo, como a da atriz espanhola Laia Costa, que interpreta a esposa grávida de Marcos e cresce no filme, elevando sua importância numa história que começa muito antes de ela fazer parte da família. 

"Neve Negra" estreou essa quinta-feira, 08/06 e, sem dúvida alguma, é um filme que vale a pena ser assistido no cinema com uma boa companhia, pipoca, refrigerante e um casaco, porque eu sempre tenho a sensação de que a sala fica mais fria quando há tanta neve assim. 

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