Kong – A Ilha da
Caveira
Todo mundo conhece aquele
macacão, que sobe no Empire State, bate no peito, dá aquele grito (é grito,
gente?) e curte a mocinha do filme. Ele não é mau, mas ele precisa se defender
dos malvados, que no caso, são os seres humanos (sempre eles).
Depois do remake de Peter
Jackson, em 2005, com a maravilhosa Naomi Watts e Jack Black, o lendário King Kong
volta às telonas em um dos melhores filmes que tive o prazer de assistir esse
ano. “Kong – A Ilha da Caveira” chega num ritmo frenético. O filme,
simplesmente, não para. O início é aquela velha explicação do motivo de irem
para a Ilha, mas quando chegam lá...
Vamos ao motivo: uns pesquisadores,
que trabalham para o governo, se juntam aos militares e vão para a Ilha da
Caveira desvendar alguns mitos para provar que “monstros” existem. A maioria
ali não sabe que essa é a real intenção dessa aventura. Além dos militares, que
estão sob o comando de Packard, personagem do sempre fantástico Samuel L.
Jackson, quem embarca nessa aventura é a fotógrafa “anti-guerra” Mason Weaver,
interpretada pela minha ídola do momento Brie Larson e pelo mercenário James
Conrad, interpretado pelo genial Tom Hiddleston, ídolo nórdico.
O primeiro disparar de agonia é
quando eles estão em alto mar, prontos para seguir de helicóptero para ilha e
tem uma tempestade forte, como se fosse um muro impedindo de ver TOTALMENTE o
outro lado. Miséria pouca é bobagem, eles estão acostumados a coisas piores e
passam por aquela “garoa” com um pouco de medo, mas sem muita preocupação. Do
outro lado, é o verdadeiro paraíso. Um lugar inexplorado, paradisíaco, um rock’n’roll
tomando conta dos céus da ilha e aí... tudo começa de vez. Há um gorila logo
ali, do tamanho de... eu não sou boa comparando coisas, mas ele é do tamanho de
montanhas, como os Dois Irmãos do Rio, por exemplo.
O gorila pega os helicópteros
como a gente pega uma bala 7 Bello. Metade da equipe morre ali e Packard fica
extremamente revoltado, tramando vingança contra o primata. O que me fez odiar
ele, obviamente. Ninguém mexe com os animais na minha frente, mesmo que seja um
animal fora do padrão. Evidentemente, quando os helicópteros são abatidos, os grupos
se perdem e cada um vai para um canto da ilha. Eles tentam se comunicar, mas o
sinal dos rádios está ruim e se comunicar através de sinalizadores até dá certo,
mas atrai muita coisa ruim. Resumindo: é um monte de situação ruim, gerando
situação ruim. Captou?
O filme é como Kong: gigante.
Cheio de aventuras, ação, muito efeito especial, uma trilha sonora de arrepiar,
fotografia deslumbrante e um 3D que realmente vale a pena. O tipo de filme que
você TEM que ver no cinema. Em casa vale? Claro. Eu já quero assistir de novo. É
diversão, gente. Mas para quem quer a diversão com uma qualidade impecável, eu repito:
TEM que ver no cinema.
Apesar de ser uma história sem
grandes novidades, o filme do macaco soa mais como uma introdução ao que está
por vir: o encontro dos gigantes “Godzilla x Kong”.
Como não assisti (ainda) ao novo
Godzilla, prestei atenção nas queixas dos meus colegas de cabine, que disseram
que o monstro quase não aparece em seu filme (eu não entendo alguns diretores,
sinceramente). Se você estiver com medo disso acontecer com Kong, não se
preocupe: o macacão é protagonista do seu filme e faz jus ao mito que é criado
em cima dele. O lagarto inimigo e todos os outros bichos gigantes que habitam a
floresta são visualmente incríveis, convincentes e, algumas vezes, bem
nojentos. Observe a aranha e entenderá.
É bom observar também como esse
King Kong anda. Apesar de ser um primata, ele tem uma estrutura bem humana, até
no seu modo de andar. Acho que isso é mais assustador ainda.
Queria mais de Brie e Tom, mas
eles são tão fantásticos, que as cenas em que aparecem já dá para ovacionar.
Queria mais interação de Brie com Kong, também. Mas a cena em que eles
interagem, não vou mentir... suei pelos olhos.
“Kong – A Ilha da Caveira”
estreia hoje, 09/03 e eu não recomendaria nenhum outro filme que está em
cartaz, além dele. Vale a pipoca? Sim. O combro grande. Com refrigerante
grande. Chocolate grande. Balas grandes. Enfim... tudo proporcional a um dos gorilas
mais amados da história do cinema.
Jordan Vogt-Roberts fez um filme
SENSACIONAL!