‘Jogos Mortais: Jigsaw’ recebe classificação indicativa de 18 anos no Brasil

FILME CHEGA AOS CINEMAS MAIS SÁDICO E VIOLENTO DO QUE NUNCA EM 30 DE NOVEMBRO; NOS ESTADOS UNIDOS, LONGA DESPONTA COMO A MELHOR ESTREIA DA SEMANA

Jogos Mortais (Saw), a maior franquia de terror, que entrou no Guiness World Records com US$874 milhões de dólares arrecadados em bilheterias no mundo todo, retorna às telas de cinema do Brasil com seu novo filme “Jogos Mortais: Jigsaw”, após um hiato de sete anos.

Conhecido pelos jogos de tortura com diferentes tipos de mortes, de 2004 a 2010 os fãs da franquia se perguntam “Será que Jigsaw morreu?”.

O novo filme estreou internacionalmente na última sexta-feira, 27 de outubro, e debutou em primeiro lugar, à frente de outras estreias em países da América Latina e Estados Unidos. A boa marca com o público norte-americano, que acumula US$ 16,25 milhões em bilheteria até o momento, só reforça a força do lançamento.

Com uma qualidade de produção acima da média, o longa não escapou do Ministério da Justiça. Mesmo com a adoção de recursos, a recomendação do órgão é que apenas os espectadores a partir de 18 anos assistam a nova fase aterrorizante de Jogos Mortais.

Com distribuição nacional Paris Filmes, o longa “Jogos Mortais: Jigsaw” estreia em circuito nacional em 30 de novembro.

Você está pronto para um novo jogo?

Assista ao trailer: https://youtu.be/IikWdXImVCM.

Sobre o filme     O novo longa é produzido por Oren Koules, Mark Burg e Greg Hoffman e tem roteiro de Josh Stolberg e Peter Goldfinger. A direção fica por conta dos irmãos Michael Spierig e Peter Spierig (de “O Predestinado” e “Canibais”) e o elenco conta com o retorno de Callum Keith Rennie, além dos atores Matt Passmore, Clé Bennett, Hannah Emily Anderson, Laura Vandervoort, Mandela Van Peebles, Paul Braunstein, Brittany Allen e Josiah Black. Uma das maiores franquias de todos os tempos está de volta, elevando a outro patamar os vestígios dos assassinatos cometidos por Jigsaw em diferentes cenários.

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Pearl Jam - Let's Play Two

Formada nos anos 1990, a banda Pearl Jam é um dos grandes nomes do rock internacional e um dos maiores expoentes do grunge, movimento cultural que marcou a juventude da época. Na próxima terça-feira (7), às 20 horas, o grupo norte-americano terá seu show Live at Wrigley Let's Play Two exibido com exclusividade no UCI ORIENT Barra. Os fãs podem adquirir os ingressos antecipadamente pelo site ou nas bilheterias antes da sessão.
A apresentação foi gravada em 2016, quando o grupo formado por Eddie Vedder, Stone Gossard, Jeff Ament, Mike McCready e Matt Cameron se apresentou no estádio do time de baseball Chicaco Cubs, o Wrigley Fiels, nos Estados Unidos. No ano passado os Cubs foram campeões da liga norte-americana de beisebol depois de um século sem conseguir levantar a taça. Vedder é apaixonado pelo clube. "A primeira vez que você entra no Wrigley Field é como entrar em Oz", descreve.
No repertório estão hits da carreira do Pearl Jam que vão desde o icônico Ten (1991) até Lightning Bolt (2013). Também há espaço para covers de bandas como Ramones, Pink Floyd, The Who e The Beatles. 
As entradas são disponibilizadas antecipadamente no site da UCI ORIENT (www.ucicinemas.com.br e www.orientcinemas.com.br), nos caixas e balcões de atendimento e as vendas estarão liberadas a partir de HOJE (28).
SETLIST
1- "Low Light"
2- "Better Man"
3- "Elderly Woman Behind The Counter In A Small Town"
4- "Last Exit"
5- "Lightning Bolt"
6- "Black Red Yellow"
7- "Black"
8- "Corduroy"
9- "Given To Fly"
10- "Jeremy"
11- "Inside Job"
12- "Go"
13- "Crazy Mary"
14- "Release"
15- "Alive"
16- "All The Way"
17- "I’ve Got A Feeling"

SERVIÇO
Pearl Jam Live at Wrigley Let's Play Two
UCI ORIENT Barra- Sala 05
7 de novembro, 20 horas
R$ 40 (inteira)


Ficha técnica:
Pearl Jam Live at Wrigley Let's Play Two (Estados Unidos, 2016).
Realização: Danny Clinch
Eleco: Eddie Vedder, Stone Gossard, Jeff Ament, Mike McCready, Matt Cameron
Idioma original: Inglês
Duração: 120 minutos               

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13 Reasons Why


Eu estava decidida a falar sobre “Big Little Lies”, série fantástica da HBO, baseada no livro homônimo de Liane Moriarty. Entretanto, “forças maiores” me fizeram tomar um desvio no caminho e comentar sobre a série polêmica “13 Reasons Why”, também baseada em um livro homônimo; este de Jay Asher. A série estreou dia 1º de abril, na Netflix, e trata de diversos temas polêmicos como suicídio, estupro e bullying. Deu o que falar. Procurei ler o livro antes de assistir aos episódios e achei muito bom. Me emocionou bastante e me fez voar para a série.
Precisei me ater ao fato de que a série é baseada no livro e muita coisa foi modificada. Parecia que o que comecei a assistir, não tinha a ver com o livro, exceto o básico: Hannah, uma garota de 17 se suicidou e deixou 7 fitas gravadas, com os 13 porquês que a levaram a cometer tal ato. A dor já começa daí. Para mim, o suicídio é uma forma muito triste de morrer. Sempre me perguntei se é um ato de coragem absurda ou uma covardia extrema. Acho que é uma das respostas que nunca terei.
E por qual motivo eu resolvi desviar de uma série tão maravilhosa e falar dessa (que também é maravilhosa)? Porque tenho lido muitos comentários nas redes sociais sobre ela. Uns dos que mais me incomodaram são sobre os porquês de Hannah. Parece que as pessoas não entenderam a adolescente ou a mensagem da série. Continuam falando que os motivos da personagem são bobos, que ela é exagerada, sentimental demais. O que a maioria dessas pessoas não consegue perceber é que as situações são vividas individualmente e cada ser humano sente as coisas de uma forma. Talvez Hannah fosse sensível demais mesmo. Isso não diminui o peso da culpa dos outros.
A maldade com que Hannah foi tratada no colégio, começando pelo boato do garoto, que ela tinha ficado, de que a saída deles havia ido além dos beijos, rendeu uma fama desagradável. Era só o primeiro beijo dela. Depois surgiu uma lista maldosa e vingativa, falando que ela tinha a melhor bunda da escola. Muitas pessoas disseram que isso era um elogio; será? Mas, por causa do “simples elogio”, Hannah, que já era vista pelos outros de forma sexual, se tornou ainda mais um objeto de desejo. As piadinhas nos corredores e as mãos tentadas a tocá-la, sem sua permissão, somaram negativamente e resultaram em um dos porquês, que as pessoas consideram mais bobos; eu vejo como um dos piores. Um rapaz tenta chama-la para sair e ela é grosseira com ele; ela não tem motivo para acreditar na boa intenção de ninguém. Ele retribui a grosseria e rouba umas coisas que ela gostava de receber, que a ajudavam a se sentir bem. Quando desconfia dele, ela o envia um recado pedindo que ele a devolva aquilo; ele ignora. O egoísmo desse garoto foi tão grande, que se analisarmos, ele foi o único à quem ela havia pedido ajuda; um pedido claro, que ele não considerou.
Os fatos isolados parecem pequenos; mas somados causam danos. Uma bola de neve sempre começa pequena; porém, você já percebeu o estrago que ela faz, a partir do momento em que ela começa a se mover, vai ganhando tamanho, força e velocidade de pequenas partículas que estão no caminho? A série fala de uma personagem fictícia; mas pense: quantas garotas “reais” se matam, após terem um vídeo íntimo compartilhado, pela internet, por alguém de sua confiança? Até a sensação de segurança, que a menina tinha em casa, roubaram dela. Como ter paz diante disso tudo? Os pais dela não tinham condições para mudarem de cidade; ela não conseguia se abrir com eles ou com qualquer pessoa, porque não era levada a sério. É normal que adolescentes se sintam incompreendidos, perdidos, porém não é normal que todas as pessoas lhe deem as costas. O conceito de comunidade, a qual vivemos, está bem distante disso.
Outro fato polêmico da série são as cenas de estupro, que acontecem com mais de uma personagem. São cenas fortes e entendo a comoção, por causa delas. É óbvio que nem todo mundo tem estômago para assistir aquilo, assim como tem gente que não consegue assistir a um filme de terror, porque sabe que vai ficar com a cena na cabeça, por dias, e sem dormir direito. Por outro lado, penso que as cenas são necessárias, que o “chocar” é necessário, principalmente quando serve para alertar possíveis agressores e possíveis agredidos. Não dá para passar uma vida acobertando o que é errado. Do ponto de vista psicológico, não sei realmente se não funciona; somente um profissional da área para explicar. Ao meu ver, não dá para mostrar aos adolescentes como o mundo funciona de verdade, o que é certo e o que é errado, se tudo não for apresentado, de fato. É importante que cada um saiba o seu limite.
A cena mais chocante, para mim, é a que Hannah corta os pulsos. Eu, que sou sanguinária, senti agonia. Não somente pelo fato de ver a navalha rasgando a pele dos seus pulsos, o sangue jorrando com tanta intensidade, uma cena de extrema violência. Minha agonia foi por desejar fortemente que alguém entrasse ali e socorresse a garota desesperada e a mostrasse que há outro caminho. Entretanto, assim como outros diversos jovens, Hannah, que se sentia sozinha, e era mais sozinha do que as pessoas ao seu redor conseguiam enxergar, morreu sem ninguém por perto. Hannah não teve chance de ser socorrida. Ela se precipitou diante de tantas coisas ruins; por não enxergar uma saída.
“13 Reasons Why” é uma série muito boa, que aparentemente não se preocupa em pegar leve. A sua intenção em chocar, talvez não seja a mais nobre, mas se ajuda a levar esses temas para dentro das casas e salas de aula, se quebra um pouco do tabu, vale a pena. A informação precisa correr, ser espalhada. Mas se ela for prejudicial, conforme já li em algumas matérias, se serve de gatilho para que muitos jovens imitem inconsequentemente o que acontece ali, deveria haver algum tipo controle para quem a assiste. Entretanto, procuro pensar que a série serve de alerta aos pais e a quem tem amigos que se comportam da mesma forma que Hannah, mas que não tinham consciência do que significava. A série tem seu lado positivo e negativo. Caso você tenha depressão, esteja passando por problemas psicológicos ou ache que não aguenta, por favor, não assista. Procure ajuda. É importante ressaltar que, após o lançamento série, a procura por ajuda aumentou 445%. É óbvio que por ser o assunto do momento, haverá uma busca; mas se isso for poupar diversas vidas, já valeu a pena.
São 13 episódios de quase uma hora cada, que valem a pena ser assistidos e refletidos mesmo. No livro, Clay ouve as fitas em um dia só, como a maioria de nós faríamos. Na série, ele leva vários dias, causando nervoso a quem assiste; foi assim comigo. Sem contar a ferida em sua testa, que não cicatriza. A tal ferida só parou de me perturbar, quando li uma boa explicação para ela: como o tempo da série vai e volta e as vezes se encontra, a ferida é para diferenciar os momentos. Ok, deu para perdoar.
A trilha sonora de “13 Reasons Why” é fantástica! A cantora Selena Gomez é produtora executiva da série e tem duas faixas garantidas na trilha. Uma é com “Only You”, regravação do sucesso da dupla britânica Yazoo, que se tornou a música oficial da série. A outra faixa é “Kill Em Kiss Kindness”, versão acústica de uma música que estava no último álbum da cantora. Além de Selena, a trilha tem Joy Division, The Cure e cover de Neil Young. No mínimo, a trilha vai lhe ganhar fortemente.
Os atores combinam com os personagens e fazem um trabalho excelente. As cenas de maior carga emocional são capazes de levar o espectador às lágrimas. Algumas cenas e diálogos são dispensáveis; daria para fazer episódios um pouco menores; a direção de um modo geral é muito boa. A Netflix acertou mais uma vez em produzir série.
Para quem tem curiosidade, mas acha que as cenas podem lhe fazer mal, eu recomendo o livro. Por ter muitas coisas diferentes, apesar de ser fantástico e emocionante, acredito que mesmo mexendo com o emocional, não choca tanto. Jay Asher tem uma forma de escrita leve, mesmo para abordar temas tão pesados. É um livro fácil de ler, difícil de desgrudar e que infelizmente uma hora acaba. Eu queria mais.
O final da série deixa muitas questões em aberto e muitas teorias estão rodando as redes sociais. Algumas com bastante lógica, mas que não vou citar para evitar spoilers. Recomendo que procure no Facebook um grupo voltado para os fãs da série, e leia. Ou pode me chamar no Messenger, que terei prazer em contar sobre as teorias que já li ou, se preferir, procure ouvir algumas novas. Uma segunda temporada não foi confirmada mas, devido ao sucesso, eu acredito que possa ter. As possibilidades de mais uma temporada são claras; contudo, se a série se encerrar ali, também dá para agradar e as respostas ficarem por conta da imaginação de quem assistiu.
Uma das coisas que o personagem Clay Jensen fala é que precisamos ser mais gentis com os outros. A gente não sabe pelo o que as pessoas passaram e / ou estão passando internamente; e fotos de redes sociais, muitas vezes, não refletem a realidade de quem está postando. Evite julgar, maltratar, falar mal. O ser humano anda cruel demais, sem qualquer necessidade. Se eu já tinha o maior respeito pelas pessoas, especialmente, que me cercam, depois dessa série redobrei o cuidado com o próximo. Se estiver precisando de ajuda ou se quiser se voluntariar para ajudar, acesse o site do CVV, envie e-mail, converse através do chat do site ou ligue. O número é o 141. O site: http://www.cvv.org.br/  É importante saber que existem pessoas disponíveis para um chamado, sempre que for preciso, mesmo que seja um desconhecido. Hannah não conseguiu enxergar uma saída, porque não teve ajuda; contudo, ninguém mais precisa passar pelo o que ela passou. #NãoSejaUmPorquê
Publicado originalmente aqui.

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Alice Dramática

Alice Dramática

Tenho um gosto cinematográfico diversificado, mas apesar de ter uma inclinação maior para thrillers, eu sou uma romântica incorrigível. Culpo meu signo, “Peixes”, porque graças a Deus, posso fazer isso: “romântica e sensível” são adjetivos que sempre estão no perfil dos “peixinhos”. Mesmo me fazendo de durona (ninguém acreditaria na sensibilidade não fosse o tal do zodíaco), me entrego de corpo e alma ao romance e drama dos cinemas. Choro, sofro, torço… eu entro na história, porque se não for para ser assim, nem dou o “play”.
Dentro de todo o catálogo dramático que temos disponível, escolhi cinco filmes que me fazem secar as glândulas lacrimais. Eu poderia citar cinco filmes de Nicholas Sparks (só coloquei um), rei do sofrimento, mas fiz uma seleção afinada e garanto que uma maratona num domingo de frio, embaixo das cobertas, com uma xícara de café na mão e um donout na outra, seu coração não será mais o mesmo; seu mapa astral desenvolverá uma participação especial da constelação pisciana.
  1. Cidade dos Anjos (1997)
Direção: Brad Silberling
Elenco: Meg Ryan e Nicolas Cage
Sinopse: A história é simples… um anjo (Nicolas Cage), toma conta de Los Angeles (rá!) e se apaixona por uma cirurgiã (Meg Ryan), que acaba de perder um paciente.
Motivo do choro: A gente começa chorando de saudade da época que Nicolas Cage e Meg Ryan eram fantásticos. Falando sério… além da trilha musical LINDA (Alanis Morissette, U2, Goo Goo Dolls, Sarah McLachlan, Peter Gabriel…), ver um anjo dividido entre seu trabalho, que é cuidar das pessoas e um grande amor, não é nada fácil. Ainda mais, por ser o famoso primeiro amor. A narrativa é construída de forma emocionante, sem ser cansativa, ela prende. O filme tem sensibilidade, as cenas são bonitas e o detalhe do divino versus homem é tocante. É um tanto filosófico, bate a famigerada “bad”. Não quero entrar em mais detalhes, porque sinto que vou chorar ou falar algum spoiler, portanto, só vou recomendar uma coisa: encha a bacia de pipoca e separe uma caixa de lenços. Se estiver vivendo algum conflito amoroso, deixa a bateria do celular descarregada.
Curiosidade: Soube, há pouco tempo, que é remake de um filme alemão chamado “Asas do Desejo”, do diretor Wim Wenders (diretor do documentário “O Sal da Terra”, com Juliano salgado, que ganhou o Oscar de Melhor Documentário em 2015, sobre o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado). Não assisti, mas pretendo.

  1. Doce Novembro (2001)
Direção: Pat O’Connor
Elenco: Charlize Theron e Keanu Reeves
Sinopse: Uma mulher (Charlize Theron) convence a um homem sem tempo para nada (Keanu Reeves) a passar um mês com ela e descobrir que a vida é muito mais do que só trabalhar.
Motivo do choro: Tem Enya na trilha, já sabe, né? Feito para chorar. É clichê? É! Mas tem seu diferencial, que é uma história que tem prazo para acabar. Charlize e Keanu têm sintonia e isso ajuda o público a se envolver ainda mais com os personagens. Os diálogos são bem construídos e as histórias de vida de Sara e Nelson são as mais improváveis de se cruzarem. O improvável sempre nos arrebata, né?! O filme é doce, como diz o título, tem um cenário lindo e atuações que emocionam, porque o roteiro é perfeito. O início do filme é MUITO BOM. É uma das minhas partes favoritas.
Curiosidade: Também descobri que esse filme maravilhoso é remake.  O original, que também se chama “Sweet November”, é de 1968, dirigido por Robert Ellis Miller.

  1. À Primeira Vista (1999)
Direção: Irwin Winkler
Elenco: Mira Sorvino e Val Kilmer
Sinopse: Um homem (Val Kilmer), que ficou cego em um acidente na infância, se envolve com uma mulher (Mira Sorvino) e descobre a possibilidade de enxergar novamente.
Motivo do choro: Olhar o rostinho de galã de Val Kilmer. O filme é sensorial. Ele mostra para gente todos os sentidos e a vida de uma pessoa cega. A possibilidade de voltar enxergar, deve ser uma dádiva, principalmente, a chance de ver o rosto da pessoa que se ama. As descobertas de Virgil (Val Kilmer), como um homem que enxerga, é emocionante, porque não fazemos ideia da grandeza que temos, que é ver o mundo ao nosso redor. “À Primeira Vista” também nos mostra como o amor é transformador e que para ele sobreviver, o altruísmo tem que vir antes de qualquer coisa.
Curiosidade: O filme é baseado em fatos reais. A história é de Shirl Jennings, que serviu como base para o ensaio “Para Ver e Não Ver”, do neurologista Oliver Sacks.

  1. Diário de Uma Paixão (2004)
Direção: Nick Cassavetes
Elenco: Rachel McAdams e Ryan Gosling
Sinopse: Um senhor vai, todos os dias, a um asilo para ler uma história para uma senhora, que tem um grave problema de memória.
Motivo do choro: Allie (Rachel McAdams) e Noah (Ryan Gosling) se conhecem num parque, na década de 40 e se apaixonam. Ele pobre, ela de uma família rica e preconceituosa, precisam enfrentar a tal família, a guerra e os gênios fortes para conseguirem viver a paixão. A fotografia do filme é um presente para o espectador. Os diálogos são aqueles que você quer colocar no Facebook, na legenda com mozão. Rachel e Ryan são lindos juntos. Fora isso, posso dizer: Nicholas Sparks e isso dispensa mais comentários, porque qualquer coisa é spoiler.
Curiosidade: Rachel e Ryan não se suportavam. Durante as filmagens, Ryan chegou a pedir para o diretor trocar a atriz, porque “não estava suportando”. O diretor reuniu os dois e um produtor e se reuniram numa sala, onde um começou a gritar com o outro. A partir daí, as coisas fluíram, a química dos dois no filme é de outro mundo. Não é à toa, que pouco tempo depois, eles começaram a namorar e o relacionamento durou quatro anos.

  1. Encontro Marcado (1998)
Direção: Martin Brest
Elenco: Claire Forlani, Brad Pitt e Anthony Hopkins
Sinopse: A Morte (Brad Pitt) precisa levar dessa para melhor um milionário (Anthony Hopkins). Porém, a dona da foice está interessada nos hábitos humanos e faz um trato com a sua vítima: se ele lhe ensinar sobre os costumes dos homens, poderá ficar mais tempo nesse plano.
Motivo do choro: A Morte se apaixona pela filha do milionário (Claire Forlani). Isso parece um spoiler brutal, mas não se assuste, já que o filme tem três horas de duração e muita coisa acontece. É um roteiro que não tem pressa, então não espere por um filme corrido. “Encontro Marcado” é rico por seus detalhes, pelas descobertas da Morte sobre o que é a vida, pela descoberta das diversas formas de amor, sobre despedida e encontros. A Morte é perspicaz, mas ao se apaixonar é como qualquer outra pessoa. A cena de diálogo da Morte com uma senhora no hospital é incrível. “Encontro Marcado” é um dos meus filmes favoritos. Deixei por último para encerrar com chave de ouro. Atenção para a trilha sonora, que é fantástica! Um dos meus maiores desejos é achar esse CD.
Curiosidade: Também é um remake! O original se chama “Death Takes a Holiday”, de 1934, dirigido por Mitchell Leisen. Já foi refilmado para a TV, em 71. É baseado na peça “La Morte Va In Vacanza” do italiano Alberto Casella.
Publicado originalmente aqui.

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Segredos Confessáveis


Todo mundo é um poço sem fundo de segredos. Não adianta dizer que não. Há sempre aquela coisa mais íntima, que evitamos até pensar para não confessarmos para nós mesmos. Natural. Segredos envolvem amores, família, trabalho… a vida! Contudo, há também segredos gostosos e que não há problema algum em confessá-los; é até prazeroso. Alguns segredos nos acompanham desde sempre; outros vão surgindo ao longo da vida.
A jornalista Camila Botto reuniu alguns de seus segredos e os transformou em poemas e prosas. Para deleite de quem aprecia uma boa confissão (eu, por exemplo), esses poemas e prosas se transformaram em um livro, que ganhou o título sincero de “Segredos Confessáveis”. Mais sincero que o título, são os sentimentos que autora levou para o papel.
Evidentemente, como em qualquer leitura, a carga emocional e interpretação do leitor conta bastante para a identificação, ou não, do que está lendo. Sinceramente, eu adoro me identificar com o que tenho em mãos e, com esse livro, eu senti que poderia sentar numa mesa com Camila, abrir uma garrafa de vinho e conversar sobre vários assuntos, porque eu me vi, diversas vezes, em suas palavras.
Conflitos amorosos têm o tom melancólico que merecem, mas não causam incomodo ou tristeza. Sente-se que ela está a caminho da superação, por mais que aquilo, ainda, doa. Quando viramos a página de uma saudade, logo encontramos um poema que fala sobre a vida e o prazer de seguir o percurso estranho em que ela nos coloca, aguardando as surpresas do amanhã, ou um poema que fala sobre um amor fluido, que está dando certo. A descoberta de “quem eu sou”, também, está lá. E essa, talvez, seja uma das descobertas mais demoradas da vida. Em algum momento de transgressão, a autora diz que está “Cansada” e coloca para fora perturbações que a acompanham quando diz respeito ao que os outros esperam dela e, principalmente, quando diz respeito do que ela espera dela própria.
“Segredos Confessáveis” foi lançado em 2014 e é uma espécie de biografia, onde a autora se entrega sem medo de ser julgada, de se deixar ser vista nua através de suas palavras. Uma leitura que você pode fazer em um dia, porque é prazeroso de ler e rápido, mas que eu recomendo que faça aos poucos para que possa pensar naquele contexto. Uma leitura extremamente agradável!
Você pode encontrar o livro com a própria autora e aproveitar para bater um papo com ela. Sempre solícita e conectada, Camila Botto, além de talento, tem simpatia, o que é indispensável no mundo atual.
Publicado originalmente aqui.

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O Formidável


O Formidável

Todos os gênios têm um lado humano cheio de erros e poucos acertos, Jean-Luc Godard não foge à regra. Em 1967, durante as filmagens de “A Chinesa”, ele e a atriz Anne Wiazemsky iniciaram um romance que durou até 1979. A jovem Anne, além de apaixonada pelo cineasta, tinha grande admiração por aquele homem.

Em “O Formidável”, é retratado o período do casamento dos dois, sob a visão de Anne. A dificuldade que ela tinha em lidar com um Godard em crise, um pouco burguês e um pouco revolucionário, com um novo filme não aceito pelo grande público, que insiste em que o diretor deveria voltar a filmar como fazia antigamente. Ele não consegue agradar ninguém, nem a ele mesmo, além de não conseguir transmitir suas ideias para os jovens. O comportamento do cineasta, muitas vezes, é irritante. Sua arrogância e infantilidade andam lado a lado. É difícil não comparar a jovem Anne ao mimado Godard, já que ela tem seus 19 anos e ele 37.

Dirigido e roteirizados por Michel Hazanavicius (O Artista), baseado nas memórias da própria Anne, “O Formidável” é um filme divertido, repleto de ironia e que mostra um período complicadíssimo na vida de um dos maiores nomes que o cinema mundial possui. Passar para o público a revolução do cinema, a França fervorosa da década de 60 e um relacionamento que, apesar de muito paixão, tem um casal que se distancia um pouco a cada dia e como tudo isso se encaixa, é um trabalho delicado, mas que Hazanavicius consegue fazer sem se perder. Para quem é apaixonado por cinema, “O Formidável” é indispensável por inúmeros motivos.

“O Formidável” estreou quinta-feira, 26 de outubro, e é um filme que ganha o público por seu tom divertido, apesar de ter sua seriedade e por atuações excelente, principalmente a de Louis Garrel, que interpreta Godard. Vale o ingresso, a contagem de quantas vezes Godard consegue perder seus óculos, coitado e a pipoca.  

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