A Garota do
Calendário
A base da história é triste: “Mia
Saunders” precisa pagar uma dívida de um milhão de dólares. Ela tem apenas um
ano para conseguir arrecadar esse dinheiro e salvar a vida de seu pai, um homem
viciado em jogo. A maneira que “Mia” encontrou para juntar essa grana e se
livrar do agiota que está ameaçando sua família não é difícil, mas também não é
fácil: acompanhante de luxo na empresa da tia. Ela não é obrigada a fazer sexo
com os clientes, mas se quiser pode e será compensada por isso.
De janeiro até junho, os meses
que li, é fácil entender o sucesso da série escrita por Audrey Carlan. São
livros curtos, linguagem fácil e, a cada mês, “Mia” está em uma cidade com um
homem extremamente sexy, rico e divertido. Fácil de mexer com o imaginário
feminino.
A protagonista é uma mulher
“normal”. Faz questão de citar suas curvas, seu peso acima do esperado para uma
personagem principal. Tem muita atitude, marra e determinação, o que torna mais
fácil de se identificar ou idealizar. “Mia” é dona de um carisma arrebatador;
apesar de sua personalidade ser forte, não deixa de ser apaixonante para quem
vive com ela, para quem está a conhecendo e para quem está lendo. Sem contar o
fato de ser uma amiga fantástica e uma irmã que queremos ter/ser.
Os personagens masculinos também
são construídos de uma forma que você pensa: eu preciso conhecer esse cara!
Porém, mais uma vez, é uma paixão literária. Esse cara não existe e, caso
exista, certeza que ele está com alguma outra “Mia” por aí. Não é fácil encarar
a realidade depois de conhecer, por exemplo, um “Wes” ou um “Tai”. Alguém me
leve para o Havaí, por favor.
A série “A Garota do Calendário”
é um romance erótico que não foge do lugar comum do gênero, mas que cativa por
ter um enredo e cenários interessantes. Não se deve esperar profundidade das
histórias, entretanto, é divertido ver como a protagonista evolui de um mês
para outro. O modo como ela encara a vida antes e durante (certamente haverá a
visão do depois) esse processo que aconteceu repentinamente em sua vida. Os
laços que ela cria com os clientes, que acabam se tornando amigos, e como
interfere na vida deles, assim como eles na dela, são deliciosos de se acompanhar.
Pretendo devorar os próximos seis
meses com urgência para saber o que vai acontecer com “Mia” e seu coração
apaixonado (ou não?). É o tipo de
leitura que eu indico para quem, assim como eu, anda sem tempo de pegar um
livro mais profundo para ler. De um mês para o outro, apesar de só termos seis
meses ‘de amizade’, “Mia” me faz ter saudades imensas de suas aventuras. Minha
mais nova ‘heroína’.
Não posso dizer que “A Garota do
Calendário” é um livro imperdível. Principalmente, quando eu havia jurado não
ler mais nenhum livro que tivesse mais de dois volumes. Se você jurou isso, não
siga esse caminho, não terá mais volta. Uma exploração de leitores viciados,
que não conseguem desapegar e contam os dias para começar o volume seguinte. Mas
garanto que é um passatempo divertido, sensual, romântico e acessível. O preço
dele não passa dos vinte reais e pode ser encontrado em diversas livrarias.
Publicado originalmente: http://femininoealem.com.br/23378/a-garota-do-calendario/
Publicado originalmente: http://femininoealem.com.br/23378/a-garota-do-calendario/