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A Garota do Calendário


Passado o primeiro semestre, será que Mia sobreviveu ao seu novo estilo de vida?
Para quem não sabe de quem estou falando ou para quem não lembra, vou fazer uma breve retrospectiva: Mia Saunders é uma garota comum, mas que precisa se virar para pagar a dívida de um milhão de dólares do pai, que é viciado em jogo. O único trabalho que a aspirante a atriz consegue, para receber tão bem em tão pouco tempo, é o de acompanhante de luxo. Ela não precisa ter relações sexuais com seus clientes, mas se quiser… bem, é um bônus. Para isso, Mia irá para cidades diferentes, onde ficará com o cliente do respectivo mês.
Nos primeiros seis meses, o leitor é introduzido no universo de Mia, conhecendo mais sobre a carismática personagem e as pessoas que a rodeia, o que ela faz e como foi se meter na confusão do pai. É difícil não se encantar por uma mulher com tanta personalidade. Junto com Mia, vem sua amiga divertida e apaixonante Ginelle e sua irmã fofa Maddy. Os personagens masculinos, que aparecem ao longo dos meses, são de suspirar. Difícil imaginar homens tão bacanas, que pagam por tal serviço. Apesar de que, abrimos mais cabeça para o trabalho de Mia. A questão é que ao fim do primeiro semestre, as coisas ficam conturbadas e só a partir de julho é que conseguimos obter uma resposta sobre o que aconteceu.
Infelizmente, qualquer detalhe que eu cite, é spoiler pesadíssimo e vai perder a graça na hora da descoberta. Apesar de que, a própria autora solta vários spoilers do livro, nele mesmo, o que poderia ser mais sútil, mas fica longe de ser. No entanto, não há muita novidade nos livros de Audrey Carlan. Por mais que seja uma narrativa nova, dividida em meses, não traz muito suspense ou drama, que a gente não consiga prever no início de cada livro. A verdade é que inovação quase nunca é encontrada em romances eróticos, como “A Garota do Calendário”. É sempre uma garota “humilde”, de personalidade forte, seduzindo um cara (ou mais caras, nesse caso) poderoso, que se apaixona fortemente pela garota e faz de tudo para ficar com ela. No entanto, se eu disser que perde a graça, estaria sendo injusta. A sensação é que os últimos meses atiçam ainda mais a curiosidade do leitor para saber o que vai acontecer com Mia.
E se prepare porque vai acontecer bastante coisa. Mia Saunders vai tentar se recuperar de um trauma, ficará devendo mais dinheiro, terá um encontro inesperado, reviverá um passado doloroso, conhecerá pessoas apaixonantes, ficará cara a cara com o seu maior inimigo, descobrirá fatos inesperados sobre seu passado, lidará com feridas abertas recentes do seu amor… e tudo isso terá um final em dezembro.
Os livros continuam com a linguagem dos seis primeiros: leve e rápida. O romance continua presente e fica mais forte do que antes. Com quem será? E a sensualidade, em um determinado ponto do livro, achei bem doentia. Nada que não tenha explicação. Agora, se a explicação convence, são outros 500…
Não é para esperar uma obra-prima, muito menos, um clássico da literatura. “A Garota do Calendário” é para somar na categoria de romances eróticos, que estão estourados mundo a fora. E ele cumpre o que promete. De janeiro a dezembro, não há como se decepcionar com o universo criado por Audrey Carlan. É claro que em alguns momentos há uma certa monotonia, entretanto, algo normal para uma série. Nenhuma sai ilesa dos momentos mais chatos. Entretanto, no último semestre do ano de acompanhante de luxo da protagonista, mistérios e descobertas irão tirar o leitor da zona de conforto e fazer com que ele queira mais.
Minha recomendação continua a mesma dos seis primeiros meses: para quem gosta de uma leitura mais rápida, por não ter tempo ou por não conseguir se prender a algo muito longo. E, também, para quem leu algum dos primeiros meses, continue a ler, não há arrependimentos nessa saga. Para quem quer começar uma nova aventura: indicado também. E para quem quer só quer desopilar do dia a dia: olha aí uma opção. Com Mia Saunders o ano passa e você nem percebe.
“Confie na jornada.”

Livro: A Garota do Calendário (Julho, Agosto, Setembro, Outubro, Novembro, Dezembro)
Autora: Audrey Carlan
Editora: Verus Editora
Valor / Média: R$ 16,00
Onde encontrar: Lojas físicas e online
Publicado originalmente aqui.

Os Melhores de 2016 #TBT

Os Melhores de 2016

Na última semana de 2016, resolvi fazer um apanhado geral desse ano tão problemático e dizer 3 filmes, 3 séries e 3 livros que me ajudaram a pensar: “não foi tão ruim assim!”
Foi um ano difícil. Amarrado. Arrastado. Um ano que se pudéssemos apagar da memória, não pensaríamos duas vezes (claro que não estou generalizando).
Para completar a lama ruim, perdemos ontem George Michael, estrela icônica do pop. Sua voz marcante, sua dança e seus clipes fantásticos farão falta, mas que bom que temos um material maravilhoso para, de vez em quando, matarmos a saudade.


Livros:
1 – Depois a Louca Sou Eu – Tati Bernardi
A rainha das frases que rodam Facebook, Twitter e Tumblr, sempre me encantou, através dessas redes sociais. Me identificava com suas frases, sua fossa, seu amor implacável e sua maneira de falar verdades; verdades que estão dentro da gente, mas que não sabemos como colocar para fora e ela simplesmente coloca. Nesse livro, Tati fala por situações que passou por causa de sua ansiedade. É divertido demais. Mas tem sua tristeza. Apesar de tratar seu problema com leveza, ao pararmos para analisar as situações pelas quais ela passa, percebemos como é angustiante.
Um livro que recomendo a todo mundo, porque Tati Bernardi, ao meu ver, é o tipo de pessoa que agrada a todos.
Esse livro só me fez ficar mais apaixonada por ela. 101% fã.
2 – Tá Todo Mundo Mal (O Livro das Crises) – Jout Jout
Quem conhece Jout Jout sabe o jeito dela. O ano foi marcado por lançamentos de livros de YouTubers. Confesso que não li de mais nenhum, mas fiquei curiosa para saber se seguem a linha superficial ou se vão a fundo como Jout Jout.
Ela não teve medo de se mostrar, expor suas ideias. Gente como a gente. Pequenas coisas que passamos no cotidiano, que podem passar despercebidas, mas que nem as frases de Tati: a gente se identifica. Acho que meu ano literário foi marcado por uma identificação de pequenas situações pelas quais os autores passaram.
Há poucos dias saiu a triste notícia que Jout Jout e Caio, seu namorado que é um cara que qualquer pessoa desejaria ter no círculo de amizade, acabaram. Pois é, mais uma identificação: nem eu, nem Jout Jout saímos ilesas de 2016.
3 – A Garota do Calendário – Audrey Carlan
Na verdade, não é apenas um livro; é uma série. São dozes livros, correspondendo a cada mês do ano.
A história é de Mia, uma jovem mulher, que passa a ser acompanhante de luxo para tirar o pai da mira de um agiota, que por acaso, ela já teve um envolvimento.
Cada livro é curtinho, a leitura é fácil e rápida. A questão é que os cenários descritos pela autora, os clientes da personagem principal e a personalidade da própria, são fantásticos.
Erótico, sexy, divertido e, de vez em quando, emocionante, “A Garota do Calendário” me agradou por ser uma leitura leve e “hot”. Vale a pena investir algumas horas do dia e conhecer a protagonista “diferente” Mia.

Filmes:
1 – Capitão Fantástico – Diretor: Matt Ross
O tipo de filme que você se apaixona do início ao fim pelos personagens. Um pai e seus seis filhos levam uma vida meio hippie, longe de toda a sociedade. Uma vida rica em educação, saúde, mas que peca na preparação para a “vida real”.
Capitão Fantástico vai fazer você rever seus (pré)conceitos sobre família, sociedade e comportamento.
Com uma trilha sonora e fotografia impecáveis, com certeza, o melhor filme do ano.
PS: Está em cartaz nos cinemas. Aproveitem! Vale o ingresso, a pipoca e salvará 2016
2 – A Chegada – Diretor: Denis Villeneuve
A Chegada é um filme de ficção científica que vai agradar até mesmo quem não gosta do gênero (se a pessoa entender o filme, é claro).
Algumas naves aparecem em cantos diferenciados do planeta e não há nenhuma explicação. Com a ajuda de Dra. Louisa Banks, uma linguista e Ian, o governo vai em busca de respostas sobre a intenção dos alienígenas.
De uma clareza intensa e imensa, ele emociona ao mostrar como os seres humanos são ruins na hora de comunicar e procurar conhecer o desconhecido. Parece redundante, na verdade, é mesmo. Mas não há outra forma de chegar.
Um trabalho impecável, totalmente fora do clichê!
Para ser visto, revisto e admirado.
3 – Animais Noturnos – Diretor: Tom Ford
Suspense de qualidade inquestionável. Tom Ford apresenta um tipo de filme que está em falta nas telonas.
Susan recebe o manuscrito de seu ex-marido e começa a ler. Enquanto isso, sua vida vai desenrolando com descobertas que ela faz sobre si mesma e sobre o atual casamento.
Atuações impecáveis e, talvez, um grande nome para concorrer ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado.
Para quem está no segundo filme, Tom Ford já mostra uma grande evolução e a que veio. Tem grandes chances de se firmar como um cineasta de peso.
O filme estreia dia 29/12, por isso não dei maiores detalhes. A crítica estará disponível no blog, na madrugada de quarta para quinta. Fique esperto!

Séries:
1 – Black Mirror – Todas as temporadas disponíveis na Netflix
Ok, não é uma série nova. Mas eu só descobri esse ano. Foi, sem dúvidas, minha melhor “ah, vou ver para entender do que se trata, já que tão falando tanto”.
A terceira temporada foi lançada e levou muita gente a “surtar”. Por que elas surtaram? Porque elas se identificaram. Eu me identifiquei. De alguma forma bizarra, todo mundo que assiste se identifica com algum episódio.
São episódios isolados, você pode assistir fora da sequência, porque não há ordem. Mas como eu sou “organizadinha”, comecei da primeira.
Apesar de ser uma série contínua, há um tema em comum, que prevalece em todos os episódios: tecnologia.
Como essa tecnologia influência o modo de viver da sociedade. Como estamos nos deixando “ir” e aonde vamos parar com isso tudo.
Bizarro, indigesto e extremamente real.
“Black Mirror” é uma série que vai destruir sua cabeça e, mesmo assim, você implorar por mais.
2 – Stranger Things
Década de 80, The Smiths de trilha sonora, elenco com crianças que atuam fantasticamente bem, Winona Ryder, um pouco de suspense misturado com ficção científica e muitas, mas muitas referências!
Indicada para quem gosta de clássicos, mesmo que sejam novos.
3 – Especial de Natal de Sense 8
Após uma longa espera, a Netflix resolveu dar um presente aos fãs de uma das séries que mais conquistou fãs em 2015. Para deixar com o gostinho de quero mais, o reencontro com esses oito personagens não poderia ter uma mensagem mais bonita. A duração de pouquinho mais de duas horas, serviu para matarmos a saudade dos sensates. Pouco para quem espera há tanto tempo.
Para quem não assistiu a série, não recomendo que comece pelo especial. Para quem assistiu e largou no meio, recomendo que tente terminar, porque só especial, já vale a pena ter assistido tudo. Enfim: se eu já amava “Sense 8” antes, agora é um relacionamento mais que sério.
A primeira temporada de Sense 8 está disponível na Netflix e a segunda temporada chega no canal de streaming a partir de 5 de maio de 2017.
Para o ano novo…
É isso, galera. Ao meu ver, teriam mais filmes, livros e séries para entrarem na lista, mas esses que eu coloquei aqui, podem ter certeza que foram escolhidos a dedo, com muito carinho. Não poderia recomendar nada antes deles.
Espero que o ano de 2017 comece repleto de boas novidades na área da cultura e que eu possa trazer mais dicas bacanas.
Desejo a todos um excelente Ano Novo e que nosso reencontro seja breve.
Publicado originalmente: http://femininoealem.com.br/24200/os-tres-melhores-de-2016/

A Garota do Calendário


A Garota do Calendário


A base da história é triste: “Mia Saunders” precisa pagar uma dívida de um milhão de dólares. Ela tem apenas um ano para conseguir arrecadar esse dinheiro e salvar a vida de seu pai, um homem viciado em jogo. A maneira que “Mia” encontrou para juntar essa grana e se livrar do agiota que está ameaçando sua família não é difícil, mas também não é fácil: acompanhante de luxo na empresa da tia. Ela não é obrigada a fazer sexo com os clientes, mas se quiser pode e será compensada por isso.

De janeiro até junho, os meses que li, é fácil entender o sucesso da série escrita por Audrey Carlan. São livros curtos, linguagem fácil e, a cada mês, “Mia” está em uma cidade com um homem extremamente sexy, rico e divertido. Fácil de mexer com o imaginário feminino.

A protagonista é uma mulher “normal”. Faz questão de citar suas curvas, seu peso acima do esperado para uma personagem principal. Tem muita atitude, marra e determinação, o que torna mais fácil de se identificar ou idealizar. “Mia” é dona de um carisma arrebatador; apesar de sua personalidade ser forte, não deixa de ser apaixonante para quem vive com ela, para quem está a conhecendo e para quem está lendo. Sem contar o fato de ser uma amiga fantástica e uma irmã que queremos ter/ser.

Os personagens masculinos também são construídos de uma forma que você pensa: eu preciso conhecer esse cara! Porém, mais uma vez, é uma paixão literária. Esse cara não existe e, caso exista, certeza que ele está com alguma outra “Mia” por aí. Não é fácil encarar a realidade depois de conhecer, por exemplo, um “Wes” ou um “Tai”. Alguém me leve para o Havaí, por favor.

A série “A Garota do Calendário” é um romance erótico que não foge do lugar comum do gênero, mas que cativa por ter um enredo e cenários interessantes. Não se deve esperar profundidade das histórias, entretanto, é divertido ver como a protagonista evolui de um mês para outro. O modo como ela encara a vida antes e durante (certamente haverá a visão do depois) esse processo que aconteceu repentinamente em sua vida. Os laços que ela cria com os clientes, que acabam se tornando amigos, e como interfere na vida deles, assim como eles na dela, são deliciosos de se acompanhar.

Pretendo devorar os próximos seis meses com urgência para saber o que vai acontecer com “Mia” e seu coração apaixonado (ou não?).  É o tipo de leitura que eu indico para quem, assim como eu, anda sem tempo de pegar um livro mais profundo para ler. De um mês para o outro, apesar de só termos seis meses ‘de amizade’, “Mia” me faz ter saudades imensas de suas aventuras. Minha mais nova ‘heroína’.
Não posso dizer que “A Garota do Calendário” é um livro imperdível. Principalmente, quando eu havia jurado não ler mais nenhum livro que tivesse mais de dois volumes. Se você jurou isso, não siga esse caminho, não terá mais volta. Uma exploração de leitores viciados, que não conseguem desapegar e contam os dias para começar o volume seguinte. Mas garanto que é um passatempo divertido, sensual, romântico e acessível. O preço dele não passa dos vinte reais e pode ser encontrado em diversas livrarias.

Publicado originalmente: http://femininoealem.com.br/23378/a-garota-do-calendario/