Emoji – O Filme
O bom de assistir a um filme que
é massacrado, é que você vai esperando a pior coisa do mundo e pode ser
surpreendido. Foi o que aconteceu com “Emoji – O Filme”. Depois de um
bombardeio de críticas negativas, eu nem sabia qual tipo de roteiro esperar,
como a história se desenrolaria. Enfim! Esperei por algo vazio, sem lógica, sem
nexo, mal feito. Não é nada disso.
Existe um lugar aonde estão todos
os emojis que usamos no dia a dia: Textopolis. Nessa cidade, os emojis moram e
trabalham. Cada um tem sua característica única e espera o humano se comunicar
através do smartphone para entrar em ação. Quase 100% das pessoas, em algum
momento, utilizam as carinhas para expressar seus sentimentos. Contudo, até em
Textopolis, existe alguém que não se encaixa, o caso de Gene. Ele, que deveria
ser um simples “eh”, aquele emoji que expressa a falta de impressão com algo, é
bugado e consegue expressar várias carinhas. Por ter uma condição inaceitável,
Gene se une a um emoji de mão, que está abandonado pelo o usuário do celular, e
eles vão em busca de um hacker para conseguir uma reprogramação. A aventura
acontece por dentro de aplicativos, que usamos no dia a dia.
O filme está longe de ser uma
animação da Pixar ou da Disney. Só tem uma grande mensagem, que está apenas no
final. Ele aparenta ser um grande comercial dos APPs que são citados, mas que
fazem sentido na trama. Então, considera-se um espaço comercial bem utilizado.
As crianças vão se divertir,
principalmente as que já têm algum contato com o universo tecnológico. Tem
também umas músicas conhecidas na trilha. Apesar de algumas piadinhas sem
graça, a animação não deixa de ter a sua diversão e ter suas alfinetadas, bem
sutis, ao universo das redes sociais. Não vejo ele como um filme para ser além
do que se propôs a ser.
“Emoji – O Filme” estreia hoje,
31 de agosto, e infelizmente já está flopado antes mesmo de chegar aos cinemas
brasileiros. Mas se quiser ver a criançada se divertindo, pode ir sem medo.
Vale o combo da pipoca, se você já for disposto a não gostar, porque vai
distraindo.