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Aliados


Aliados

Um drama profundo e de surpresas entre espiões.

Através da direção de Robert Zemeckis, diretor de filmes grandiosos como “Náufrago”, “Contato” e “Forrest Gump”, o filme Aliados trouxe grandes expectativas através de suas campanhas publicitárias, assim como o casal do filme formado por Brad Pitt e a vencedora do Oscar, Marion Cotillard.

A história do longa se passa em meio à guerra contra os nazistas, onde somos apresentados a Max Vatan (Brad Pitt) e Marianne Beausejour (Marion Cotillard), dois espiões que se tornam um casal fictício para poder executar uma importante missão em Casablanca, no Marrocos. Os problemas acontecem anos depois, quando Marianne é acusada de traição e Max vai em busca de informações para provar a inocência de sua parceira.

O roteiro de Steven Knight consegue introduzir o espectador numa trama lenta que se desenrola através de um romance. O espectador é guiado de forma a permiti-lhe sempre o benefício da dúvida quanto à trama, deixando sempre pontos a serem conectados para o desfecho da obra.

O figurino é lindo e completo, refletindo com exatidão a ambientação característica dos anos 40. As cores escolhidas nas vestimentas dos personagens condizem sempre (ou em grande maioria) com seus sentimentos na cena, sendo roupas brancas ou de cores suaves quando estão felizes ou em paz e com cores fortes e coloridas quando estão confusos, nervosos. Faz jus a sua indicação ao Oscar de Melhor Figurino.

O tom do filme também é eficaz e as paletas de cores escolhidas casam com os momentos das cenas, com forte contraste em cores leves quando a romance do casal ou a contrastes fortes em cores escuras quando as cenas se passam em meio à guerra ou interrogatórios.

O som não passa despercebido e é bem explorado quanto a situação de determinadas cenas, onde fica de forma leve quando os personagens estão calmos e se intensifica quando o clima começa a esquentar, como na cena do casal dentro do carro em meio a tempestade de areia do deserto.

O diretor trabalha bem construindo a sensação de expectativa através de enquadramentos estratégicos e movimentos de câmera que despertam a curiosidade de quem assiste. Os focos nos detalhes e a atuação dos atores nos imerge aos seus sentimentos quanto personagens, como na cena em que Max entra na joalheria e Marianne começa a ficar inquieta, nos passando uma sensação de nervosismo e angustia.

A obra em si não tem grandes cenas de ação, a história é focada mais no romance do casal de espiões, porém o drama e as situações propostas conseguem prender o espectador do início ao fim. Aliados tem uma surpreendente conclusão, contudo, deixa um pouco a desejar pelo seu pouco clichê, no qual o amor é colocado acima de tudo, apesar dos problemas e dificuldades.

                                                                                  Por: Matheus Santana


Assassin's Creed



Assassin’s Creed

Depois de “Warcraft”, mais um filme baseado no fantástico mundo dos games, chega aos cinemas. Dessa vez, o game em questão é “Assassin’s Creed”. O filme traz a personagem Callum Lynch (Fassbender), um homem traumatizado com seu passado, onde viu sua mãe ser assassinada por seu pai. Cal está prestes a ser executado pelo Estado, através de uma injeção letal. Após “morrer”, Cal acorda em uma instalação em Madri, dentro da “Abstergo Foundation”, empresa que pede sua ajuda para encontrar a “Maçã do Éden”.

Cal é escolhido, pelo fato de ser descente de um membro da Irmandade dos Assassinos: Aguilar de Nerha (Fassbender também), o último homem a ter a “Maçã do Éden” sob cuidados, na época da Inquisição Espanhola. O material tão procurado, esconde o segredo de como acabar com o livre arbítrio, o que os Templários acreditam que pode ser bom para humanidade, em relação a violência. Para se conectar com o seu antepassado, Cal utilizará a máquina Animus e assim, poderá descobrir o que Aguilar fez com o artefato tão poderoso e levar a tão sonhada paz mundial, acabando com os assassinos.

As atuações de Fassbender, Marion Cotillard, Jeremy Irons e Charlotte Rampling são as melhores coisas para se admirar no longa. Fassbender só reforça a sua capacidade de fazer qualquer tipo de personagem, porque ele está pronto para qualquer coisa, assim como Marion. A atriz francesa não precisa de esforço. A atuação dela é de uma sutileza tão encantadora... pode fazer o papel que quiser e sempre se sairá muito bem.

A trilha sonora também é maravilhosa. Combina com as cenas excelentes de ação, principalmente as boas cenas de luta e as que têm parkour. A fotografia também não deixa a desejar em nada.

O único problema do filme é que ele parece correr demais. Às vezes, não dá para acompanhar o que está acontecendo, fica a sensação de que faltou alguma coisa. Talvez fosse necessário fazer dois filmes, ao invés de um, para que a introdução da história fosse melhor detalhada, sem precisar de tanta correria.

Como nunca joguei “Assassin’s Creed”, não sei se ficou fiel ao game, mas o filme do diretor Justin Kurzel dá para divertir os amantes de ação.

Não sei se há uma sequência em vista, mas o final deixa uma possibilidade muito grande para isso. Caso haja, pode ser que o roteiro fique mais alinhado com a história, podendo desenvolver melhor e não deixar tantas lacunas.

“Assassin’s Creed” tem tudo para ser uma franquia de sucesso.

O filme estreia hoje, 12/01.