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Alien: Covenant


Alien: Covenant

Aos que cresceram sem ter a honra de dizer que assistiu “Alien: O Oitavo Passageiro” nos cinemas, a chance de reverter essa situação é agora. Ridley Scott, em 2012, iniciou uma era envolvendo os esquisitões extraterrestres. Em “Prometheus”,  é feita a descoberta de uma pintura feita em diversas cavernas pela terra, que aponta para um lugar específico, podendo revelar a origem da vida no planeta. Então, os exploradores Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) e Charlie Holloway (Logan Marshall-Green), convencem Peter Weyland (Guy Pearce) a bancar uma expedição interestelar. A nave tem o nome de Prometheus e leva ao espaço Shaw, Peter, algumas outras pessoas e o robô David (Michael Fassbender). O robô fica responsável por cuidar da nave, enquanto os demais hibernam em sono criogênico até o destino.

Obviamente, há muito mais coisa em “Prometheus”. O primeiro filme é extremamente necessário para quem quer acompanhar a história da trilogia. Inclusive, ele busca explicar quem são os Space Jockeys, apresentados no filme de 1979, “Alien: O Oitavo Passageiro”. Dá para assistir “Alien: Covenant” sem assistir ao primeiro? Sim. Mas você não vai entender as referências e detalhes. Vai gostar, porque é um filme bem narrado e não é uma história exatamente nova. Calma, que vou falar disso mais abaixo.

“Alien: Covenant” se passa alguns anos após o acontecido em “Prometheus”, os tripulantes da nave atual são despertados da hibernação, quando estão rumo a um novo planeta para iniciar uma exploração, mas acabam sofrendo um acidente. O robô que toma conta deles é Walter (Michael Fassbender também), que recebe ajuda daqueles que acordaram para fazer reparos na nave Covenant. Alguns tripulantes morrem, inclusive o capitão, que acaba sendo substituído por Logo Oram (Billy Crudup). Enquanto consertam Covenant, eles percebem que há um planeta próximo e resolvem explorá-lo, já que, aparentemente, ele oferece todas as condições para habitar vidas. É aí que o inferno começa.

O ritmo acelera, as situações ficam mais sufocantes até você se sentir claustrofóbico. “Alien: Covenant” funciona perfeitamente; do início até o fim. O maior problema é sua falta de inovação, inclusive no roteiro. O longa não traz nada de novo, nem sustos, nem surpresas. O que deveria ser um plot-twist, não passa de uma frustração para quem estava prestando atenção ao filme desde o início. Ou, até mesmo, para quem assiste a muitos filmes e sabe aonde cada minuto vai parar. As cenas que levam os personagens a morte são iguais a de outros filmes do gênero. Entretanto, a beleza do novo filme de Ridley Scott, não é perdida e pode-se sair do cinema com a sensação de “que filmão!” tanto pelo roteiro, como pela direção, trilha, fotografia, efeitos e, também, pela atuação dos atores. Especialmente a atuação de Fassbender, que melhora a cada filme. Nesse, ele duela com ele mesmo, interpretando dois androides com uma similaridade que é exigida, mas com personalidades completamente distintas. O embate “criatura x criador” é fantástico. “Alien” vai muito além da ficção-científica, se analisado mais profundamente.

“Alien: Convenant” estreia hoje, 11/05 e vale cada minuto, cada cena nojenta, cada segundo que falta o ar, mesmo a gente já sabendo que vai ficar sem ar e a hora. Separe o balde de pipoca, o refrigerante e confie no maravilhoso Ridley Scott, porque esse nome é, quase sempre, sinônimo de coisa boa.

Assassin's Creed



Assassin’s Creed

Depois de “Warcraft”, mais um filme baseado no fantástico mundo dos games, chega aos cinemas. Dessa vez, o game em questão é “Assassin’s Creed”. O filme traz a personagem Callum Lynch (Fassbender), um homem traumatizado com seu passado, onde viu sua mãe ser assassinada por seu pai. Cal está prestes a ser executado pelo Estado, através de uma injeção letal. Após “morrer”, Cal acorda em uma instalação em Madri, dentro da “Abstergo Foundation”, empresa que pede sua ajuda para encontrar a “Maçã do Éden”.

Cal é escolhido, pelo fato de ser descente de um membro da Irmandade dos Assassinos: Aguilar de Nerha (Fassbender também), o último homem a ter a “Maçã do Éden” sob cuidados, na época da Inquisição Espanhola. O material tão procurado, esconde o segredo de como acabar com o livre arbítrio, o que os Templários acreditam que pode ser bom para humanidade, em relação a violência. Para se conectar com o seu antepassado, Cal utilizará a máquina Animus e assim, poderá descobrir o que Aguilar fez com o artefato tão poderoso e levar a tão sonhada paz mundial, acabando com os assassinos.

As atuações de Fassbender, Marion Cotillard, Jeremy Irons e Charlotte Rampling são as melhores coisas para se admirar no longa. Fassbender só reforça a sua capacidade de fazer qualquer tipo de personagem, porque ele está pronto para qualquer coisa, assim como Marion. A atriz francesa não precisa de esforço. A atuação dela é de uma sutileza tão encantadora... pode fazer o papel que quiser e sempre se sairá muito bem.

A trilha sonora também é maravilhosa. Combina com as cenas excelentes de ação, principalmente as boas cenas de luta e as que têm parkour. A fotografia também não deixa a desejar em nada.

O único problema do filme é que ele parece correr demais. Às vezes, não dá para acompanhar o que está acontecendo, fica a sensação de que faltou alguma coisa. Talvez fosse necessário fazer dois filmes, ao invés de um, para que a introdução da história fosse melhor detalhada, sem precisar de tanta correria.

Como nunca joguei “Assassin’s Creed”, não sei se ficou fiel ao game, mas o filme do diretor Justin Kurzel dá para divertir os amantes de ação.

Não sei se há uma sequência em vista, mas o final deixa uma possibilidade muito grande para isso. Caso haja, pode ser que o roteiro fique mais alinhado com a história, podendo desenvolver melhor e não deixar tantas lacunas.

“Assassin’s Creed” tem tudo para ser uma franquia de sucesso.

O filme estreia hoje, 12/01.

A Luz Entre Oceanos



“Você só tem que perdoar uma vez. Mas para se ressentir, você tem que fazer isso o dia todo, todo dia. Tem que ficar se lembrando de todas as coisas ruins.”

Baseado no romance homônimo de M.L. Stedman, “A Luz Entre Oceanos” chega às telonas sob a direção e roteiro de Derek Cianfrance; com Michael Fassbender, Alicia Vikander e Rachel Weisz.

“Tom Sherbourne” trabalha num farol e mora com a esposa, na região costeira da Austrália, isolado do resto da cidade. Após tentativas frustradas de terem um filho, “Tom” e “Isabel” encontram um barco à deriva com um bebê e um homem morto. Com tanta tristeza por conta dos abortos de “Isabel”, eles decidem ficar com a criança e cuidar dela, como se fosse filho deles.

O filme é um drama pesado e a tristeza paira nas duas horas e meia, até mesmo nas cenas felizes. Talvez seja o tom melancólico dele, que está ali, do início ao fim. Não li o livro, mas caso o filme seja fiel, imagino que deva ser uma leitura difícil e arrastada, para que se tome fôlego e possa seguir em frente.

Contudo, o filme é muito bom! Um pouco longo, mas bom. Algumas vezes, torci para que acabasse logo, porque é difícil digerir. Digerir, inclusive, os seus princípios ali. Você torce para uma personagem que é errada, mas não chega a ser uma vilã. Deseja que outra, que é a certa, mas não chega a ser a mocinha, deixe tudo do jeito que está e siga sua vida. Entretanto, ao se por no lugar dela, a gente se pergunta se faria isso. É complexo!

Me arrancou da minha zona de conforto, no cinema e me fez ir para Austrália, tentar resolver tudo pacificamente. Impossível.

A fotografia do filme é uma atração à parte. Vale a pena ser vista e admirada.

Alicia Vikander ratifica o motivo de ter ganhado um Oscar (atriz coadjuvante) esse ano. Sua interpretação é a certeza de que, em pouco tempo, ela receberá o maior prêmio do cinema, mas dessa vez, como melhor atriz. Sua personagem que tem, a princípio, a ousadia da juventude, vai se transformando em uma mulher feliz, depois numa mulher deprimida e, em seguida, numa mulher desesperada, cheia de remorso e raiva. Trabalho impecável da atriz.  Michael Fassbender como um homem cheio de traumas, que segue sua vida com poucas palavras, mas cheio de bondade, princípios e amor, ratifica, também, a frustração por ele não ter uma estatueta em casa. Ele fica melhor a cada dia! Rachel Weisz não fica atrás. A personagem tão cheia de dúvidas e certezas sobre como lidar com a situação, passa o sofrimento com muita facilidade para quem assiste. É quase impossível não se colocar nos lugares de todos.


Para quem gosta de um drama intenso, onde as chances de derramar lágrimas são de 99,9%, “A Luz Entre Oceanos” entrega de forma bonita, mas triste, um dos filmes mais pesados que já assisti.