Antes Que Eu Vá
Adoro quando um livro é adaptado
para o cinema. Diferente de muitos críticos de plantão, eu acho sensacional
poder assistir a visão de alguém e comparar as diferenças e semelhanças com a
minha visão. Bom, isso é bom quando eu já li o livro, o que não foi o caso,
dessa vez.
No entanto, fui com a promessa de
que o filme era “muito bom”, pois minha Tia já tinha assistido, numa sessão
especial e adorado. Só que quando o filme chega nos seus 25 minutos, talvez, eu
me perguntei: “jura?” Vou explicar o que
acontece: Samantha Kingston é uma jovem privilegiada, que tem do bom e do
melhor, é popular na escola, mas trata com indiferença a mãe, não tem paciência
para a irmã e não dá papo para alguns colegas do colégio. Tudo normal no
colegial de filmes tipicamente que tratam sobre escolas e garotas populares. A
questão é que, ao voltar de uma festa com suas amigas, no dia 12 de fevereiro,
Samantha sofre um acidente e sabe que sua vida chegou ao fim. Ao fim, se não
fosse por acordar na manhã seguinte, no dia 12 de fevereiro. De novo.
A chatice inicial do filme está
na repetição dos dias de Samantha, sem muitos acontecimentos que façam com que
tal repetição valha a pena para quem está assistindo. Algumas repetições
depois, nem a própria Samantha aguenta mais aquilo e começa a modificar o seu
dia repetido. E aí, o filme vai tomando outro rumo. Uma mistura de “Efeito
Borboleta”, “Os 13 Porquês” e “Se Eu Ficar”, “Antes Que Eu Vá”, apesar de ter a
atmosfera adolescente do início ao fim, tem uma mensagem bonita e que fica para
quem está disposto a recebe-la.
Não é o tipo de filme que
agradada a todos, ao contrário. É mais fácil você ver gente falando mal do que
bem, como a maioria dos filmes do gênero. No entanto, se você não sofre de
nenhum PRÉ-CONCEITO, é um filme que merece ser assistido, porque é muito bem produzido,
dirigido e conta com uma trilha sonora muito boa.
Exceto por Jennifer Beals, não
conhecia mais ninguém do elenco e gostei da atuação de Zoey Deutch, que vive
Samantha, de Halston Sage, amiga de Samantha e de Elena Kampouris, que vive uma
personagem essencial na história.
Filme bonitinho, perfeito para
uma sessão de cinema descompromissada e para bater aquela vibe filosófica, que te faz refletir sobre o rumo da própria vida.
“Antes Que Eu Vá” estreia hoje,
18 de maio e vale a pena o combo da pipoca com o refrigerante e as lágrimas que
irão rolar.