Águas Rasas
Estou longe de ser fã do trabalho de Blake Lively. Quem me conhece, sabe como acho a atuação da atriz fraca, desde "Gossip Girls". Depois da série, acho que só vi a atriz em "Lanterna Verde", que convenhamos, não fez bem a nenhum ator envolvido. Entretanto, quando vi o trailer de "Águas Rasas", pensei: "é agora que essa menina decide a carreira dela". Mas quem assistiu "A Incrível História de Adaline" garantiu que a atriz havia evoluído. Como ainda não assisti, não vou emitir nenhuma opinião.
Em "Águas Rasas", Blake vive Nancy, uma jovem que vai para uma ilha isolada no México, lugar que sua mãe conheceu quando estava grávida dela. A ilha, que ninguém diz o nome, é paradisíaca. Li em algum lugar que as filmagens foram feitas na Austrália. Cara! Que lugar lindo, bicho. Dá uma vontade louca de ir atrás, porém, nunca entrar na água, por motivos de... calma que a gente chega lá. Então, essa criatura vai para essa ilha e aproveita para surfar. Sua amiga, que não a acompanha na exploração da praia, mas que está na viagem pois elas se comunicam por mensagem, alega ressaca e deixa que Nancy vá sozinha se aventurar. Essas amizades são ótimas. Se for para viajar com alguém assim, fica a dica: arrume outra companhia.
Nancy pega carona de um nativo e se manda para o lugar. Sozinha. Foca nessa parte: sozinha. O cara ainda pergunta como ela vai voltar e ela diz de "Uber". Ele faz aquela cara de "WTF?" e, mesmo com todos os sinais ali, ela continua a jornada. Entra na água, pega várias ondas, conhece dois caras que dão dicas sobre o local, sai para descansar, faz videoconferência com a irmã. SIM! Na praia deserta paradisíaca, que não se pode citar o nome, tem sinal. Ou seja: dá o check in no Facebook e descobre logo o nome do lugar, né?! Não. Ninguém em filme pensa nisso, porque se pensasse, estaria tudo resolvido. Se bem que nesse caso... não estaria, não.
Depois do papo emocionante com a irmã e o pai, essa parte do filme a gente releva, mas descarta se puder, ela volta para a água. Os rapazes estão indo embora, ela diz que vai pegar só mais uma onda, porque aproveitar a carona deles é bobagem, ali é deserto, então conseguir carona vai ser mais fácil do que conseguir um WTF Uber. Nancy vai mais para o fundo e descobre uma baleia morta. Pronto! É a partir daí que sua tensão vai começar e você só vai conseguir respirar quando as letras dos créditos finais começarem a subir.
Um tubarão morde Nancy, que só tem uma pedra para se salvar. Ela consegue chegar até a pedra, que tem uns corais que queimam, porque ficar pior faz parte do contrato. Quando a maré baixa, a pedra parece uma ilha, ou seja: ela só tem até o dia seguinte, a hora da maré encher para se refugiar ali. Ela e um pássaro.
A tensão, meus amigos, é louca. O filme tem uma hype que deixa seu coração apertado. Principalmente, porque, pela primeira vez, eu me vi torcendo por um ser humano e não pelo bicho. Óbvio que eu não torci para que algo de ruim acontecesse com o tubarão, mas torci para que mesmo toda estropiada, ela conseguisse nadar até a praia ou alguém a visse e conseguisse salvá-la, enfim. Fato que se fosse eu ali, já estaria mortinha da Silva desde a primeira mordida. Entretanto, é sempre empolgante ver como o instinto de sobrevivência do ser humano sobressai nas horas de aperto.
É claro que há muito exagero no filme. Essa coisa do tubarão ficar cercando a menina, ao invés de ir saborear a baleia deliciosa ali, prontinha para ele. Mas, gente! É UM FILME!!! Para de exigir 100% de realidade. Falo isso, por causa dos comentários chatos (usei essa palavra para atenuar o que eu queria dizer de verdade) que li a respeito: "nossa, um tubarão ficar cercando um humano assim, nossa, nossa".
O fato é que "Águas Rasas", com todo seu clichê e previsibilidade, apesar de surpreender em algumas cenas, consegue ser um ótimo filme e tomar o fôlego de quem o assiste. A atuação de Blake Lively está convincente e o carisma dela ajuda, ainda mais, as pessoas a gostarem da personagem. A trilha sonora é orquestrada de acordo com o que a cena pede, criando um casamento perfeito. E a fotografia... é impossível não se encantar. O cenário é maravilhoso.
Demorei a assistir "Águas Rasas" e só me arrependi por não ter assistido no cinema. É o tipo de filme de que PRECISA de uma telona, de um som encapetado e um balde gigante de pipoca, nem que seja para esmagar na mão de nervoso.
Recomendado para os fãs de um bom thriller!
Acho que você, Café com Alice, está inspirando a muitos! Veja... "O que é mais difícil: fugir de um tubarão ou terminar o mês sem usar o cheque especial? Na dúvida, assista à ÁGUAS RASAS, às 16h35, na #HBOBR." Postado, hoje, na página https://www.facebook.com/HBOBR/
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