O Filho Eterno
Muitas pessoas esperam pelo
momento de se tornarem pais. Carregar seu filho no colo, fazer planos, imaginar
o futuro... Mas quando seu filho nasce com um problema, como lidar?
“Roberto” (Marcos Veras) e “Cláudia”
(Débora Falabella) são um casal beirando os 30 anos, nos 80. Ao receber a visita
do médico, após o nascimento do seu primeiro filho, o casal fica sabendo que o
garotinho Fabrício tem Síndrome de Down.
O filme leva para o público a
dificuldade que o pai tem em aceitar o seu próprio filho. Se uma pessoa com Down
tem suas limitações, fica claro que o preconceito, que há na própria casa, é o
maior inimigo de qualquer família.
Além de buscar várias
alternativas para “consertar” o seu filho, tratar o menino com frieza e chegar
a comemorar a baixa expectativa de vida da criança, “Roberto” põe de lado seu
casamento, gerando um conflito ao tentar encontrar um culpado pelo o que “Fabrício”
é.
O trabalho de Marcos Veras é
surpreendente. O público, que está acostumado a vê-lo em comédias, ficará pasmo
com a sua capacidade de fazer um trabalho tão sério e impactante. Débora
Falabella é uma atriz inquestionável. Já conhecida pelo grande público, ela
mantém seu trabalho impecável, mesmo o foco maior sendo na relação “pai x filho”.
Pedro Vinicius, ator que dá vida ao fofo Fabrício, mostra uma química forte com
Marcos, tornando o filme mais real.
Paulo Machline, diretor do filme,
leva aos cinemas um produto nacional maduro e muito bom, apesar de ser, em
alguns momentos, um pouco maçante. Quando o filme acaba, deixa a sensação de
que poderia ter tido algo mais.
“O Filho Eterno” estreia hoje,
01/12. Vale a pena ser conferido, principalmente para quem gosta do gênero
dramático e com uma boa mensagem.