O Último Virgem


O Último Virgem

American Pie ganhou uma versão brasileira e ainda mais tosca.

Dudu (Guilherme Prates) está no último ano do Ensino Médio e, talvez, seja o único garoto virgem do colégio. Com a ajuda de mais três amigos, o nerd sai em uma aventura para perder o “cabaço”.

Sim, o “cabaço”. Esse é o vocabulário do filme. Com direito a muito trocadilho e palavrões, “O Último Virgem” é um filme cheio de clichês, com basicamente nada para ser aproveitado, mas que diverte do início ao fim.

É claro que para se divertir num filme bobo como esse, o público tem que ter o bom senso de ser receptível a qualquer tipo de besteira; afinal, bom senso falta ao filme, do início ao fim. Não há grandes atuações, parece mais uma “Malhação” com uma dose a mais de “sacanagem”.

Se for aprofundar cada situação boba que passa no filme, o filme se tornará pior do que parece: o desespero para perder a virgindade, o machismo de ter que perder a virgindade, as garotas que são usadas apenas para satisfação do rapaz, o orgulho em dizer que não é gay... diversos assuntos que tentam desconstruir todos os dias. Sem contar os estereótipos, claramente forçados, como: amigo pegador-burro, amigo maconheiro-zen, amigo gordo-bobo, garoto nerd-virgem...

Entretanto, como disse anteriormente, se o público tiver o bom senso de levar o longa como apenas mais um besteirol, dessa vez “não-americano”, mas brasileiro, pode se divertir facilmente.

O tipo de filme que só tem um objetivo: arrancar risadas com situações forçadas e estereotipadas. Certamente agradará mais o público adolescente e o público despretensioso. Vale o ingresso e a pipoca, sim.

Lembro que “As Branquelas”, um dos melhores filmes de comédia que já vi, foi um filme bastante criticado, mas que hoje bate recordes de audiência na TV fechada. Não estou comparando, apenas dando um exemplo de que um besteirol que cumpre sua função (divertir) não precisa de mais nada.

“O Último Virgem” estreia hoje, 01/12. 

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