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Oficina Gratuita de Dança Movimenta o Cenário Cultural de Salvador


OFICINA GRATUITA DE DANÇA MOVIMENTA O CENÁRIO CULTURAL DE SALVADOR

No próximo dia 21 de agosto, o projeto Atitude Bahia abre inscrições gratuitas para oficinas de DanceHall, estilo musical popular jamaicano que nasceu no fim dos anos 70 e hoje se caracteriza por um DJ ou um “MC-jay” que canta e produz as próprias batidas com colagens de reggae ou com recursos musicais originais. A estrutura musical é enraizada no reggae embora os ritmos jogados digitalmente o tornem consideravelmente mais rápido.


As oficinas, que acontecerão no Espaço Xisto Bahia, nos dias 25, 26 e 27 de agosto e 01, 02, 03 de setembro, são voltadas para dançarinos e interessados e as inscrições realizadas através do site www.atitudebahia.com.br Vagas limitadas.

As atividades serão ministradas pelo coreógrafo, produtor e dançarino Davi Barros (BA) e pela dançarina e coreógrafa Nayane Fernandes (GO), que trarão uma abordagem histórica e teórica, além de debates e rodas de conversas. Serão trabalhados com os participantes noções de espaço, direções, níveis e lateralidade, além de coordenação motora, ritmo, improvisação, fluência, musicalidade, agilidade e sensualidade. Tudo com base nos passos originalmente Jamaicano e estudos técnicos, criando uma relação com a musicalidade (na voz, na batida, na melodia).

Além das oficinas, o evento contempla a exposição fotográfica "Atitude Bahia" idealizada pelas fotógrafas Shai Andrade e Juh Almeida. Pensando o corpo enquanto matéria divina de vida e não somente de gênero, a exposição exalta a dança e suas reverberações poéticas no corpo dançante através de imagens que revelam a diversidade de estilos na cena da dança contemporânea e destacam a liberdade com que esses corpos ocupam/dançam (em) seus espaços, também de forma política. Ocupar é um ato político e o Atitude Bahia é uma ocupação de corpos livres. Visitação gratuita e aberta de segunda a sábado 9h às 19h, no foyer do Espaço Xisto Bahia

Sobre os ministrantes da oficina
Com formação técnica em Danças Urbanas no Brasil e no exterior, Davi Barros é professor de danças urbanas na Cia de jazz Viviane Lopes, na Escola contemporânea de dança e no Studio A – em Salvador. Participou de importantes festivais como o Festival Internacional de Curitiba e o Rio H2K e produz o FiNU - Festival iNsight Urbano. Nayane Fernandes é fundadora do grupo The Real e ministrou aulas por todo Brasil como: Goiânia, Mineiros, Porangatu, Brasília, São Paulo, Sorocaba, Três Rios, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Rio de Janeiro e outros. Abriu shows do Afrika Bambata, Negra Li, Marcelo D2 e Gabriel o Pensador, além de atuar como professora particular do cantor Cristiano Araújo. Tem vasta carreira internacional e foi Integrante do Grupo Zeronation, conhecido pelo estilo diferente no dancehall, com a produção frequente de vídeos, batalhas e realizando vários shows por NY. Atualmente ministra aulas por todo Brasil e participou da Rock in Rio Dance Crew no Palco Street Dance no Rock in Rio 2015. 


Atitude Bahia é financiado pelo Fundo de Cultura da Bahia e tem como proposta democratizar o acesso a essas técnicas possibilitando quedançarinos interessados em ampliar seus conhecimentos nessas estéticas tenham contato com profissionais de referência no cenário brasileiro, além de artistas baianos que têm se destacado na atuação profissional.


Serviço
O que: Oficinas Dance Hall | Projeto ATITUDE BAHIA
Quando: inscrições a partir de 21 de agosto
Quanto: Gratuito 
Informações e inscrições:  http://atitudebahia.com.br 
Fotos: Shai Andrade e Juh Almeida
Realização: PROJETO ATITUDE Bahia 
Apoio financeiro: Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.

Meus 15 Anos


Meus 15 Anos

Larissa Manoela é aquela menina que as pessoas amam odiar. Não importa o que ela faça, seu nome estará nas redes sociais, seja pelo bem, seja pelo mal. No entanto, não há como negar que a garota de 15 anos é um fenômeno e arrasta uma legião de fãs por onde passa. Além do sucesso da TV, de shows, a atriz agora desponta em um filme que tem tudo para dar certo. E deu. 

Fui para a Cabine de Imprensa de "Meus 15 Anos", esperando um besteirol total, algo monótono e me surpreendi. 

Não que seja um filme fantástico, mas é um filme cativante, fofinho. Ele é o que se propõe a ser: um filme para crianças / adolescentes com um tema que, não importa a década, sempre haverá um longa abordando o tema. 

É impossível dizer ao contrário: é um filme que já vimos milhões de vezes, como por exemplo: "10 Coisas que Odeio em Você". Lembra também a famosa novela global "Malhação". 

Dois casos de sucesso que, por mais que a gente cresça, assiste e se encanta (mesmo que seja a reprise de uma temporada antiga de "Malhação" no Canal Viva, porque as temporadas atuais, infelizmente, não posso opinar, não assisto), gostamos de assistir. 

A atuação de Larissa Manoela é convincente. Nunca vi outro trabalho da menina, mas gostei. 

Rafaela Infante faz o papel do pai (que trabalha se vestindo com fantasias sensacionais) de Bia (Larissa), que coloca ela no contexto da festa de 15 anos, sorteada por um shopping, que ela insiste em dizer que não quer, pois não terá a quem convidar. 

Fora eles dois, tem outros atores jovens, que não são profissionais espetaculares, mas que a gente "aceita", porque não tem outra opção. 

Por exemplo: o garoto, que é o melhor (único) amigo dela (Daniel Botelho), tem como melhor cena a que ele toca e canta. O garoto que é do terceiro ano (Bruno Peixoto) e quer usar ela para participar da festa, é bonito e fim. 

O pior do filme, mas que de tão ruim consegue arrancar risada, é a participação do YouTuber Victor Meniel. No papel de ajudante de "fada madrinha", o menino não faz nada significante. Um papel que não acrescenta nada no filme, nem no humor por ser forçado, mas que dá para ignorar e seguir adiante. 

Sem soltar nenhum spoiler, preciso salientar o final do filme, que me surpreendeu. Esperava que fosse cair no lugar comum e fugiu à regra. Talvez isso, além da participação de Anitta, tenha sido o motivo de eu ter gostado do filme. Achei um momento propício para a conclusão que ele tem. 

"Meus 15 Anos" é um filme teen que vai agradar o seu público-alvo e só por isso, já tem o seu mérito. Uma boa produção do SBT para as telonas e um momento excelente para consolidar a carreira de uma estrela que tem tudo para continuar no caminho do sucesso. 

Denny Denan

Foto do Instagram @dennydenan 

“Não vou sair da Timbalada para acabar com ela. A Timbalada é muito maior que eu; é meu ventre; é patrimônio da Bahia” Denny Denan

E assim Denny Denan se despede do útero, do colo, do berço, dos primeiros passos, do caminhar de mãos dadas até sair correndo, como faz todo filho, quando entende que aprendeu a andar sozinho. E todas essas etapas foram vividas da melhor forma; por isso ele deixa bem claro que sai, hoje, como entrou há 25 anos: com amor! A família do Candeal foi anfitriã, para aquele menino de Camaçari que não conhecia a capital, nem a vida; e lá, ele aprendeu prestando atenção aos que tocavam, cantavam, em particular Carlinhos Brown, que o ensinou muita coisa, não somente sobre a carreira artística, mas sobre a própria vida.

Estreando carreira solo, aquele menino que era magrinho quando chegou, conforme todos citam, é um homem grande, forte, carismático, inteligente, com um conhecimento enorme sobre música, percussão, ritmo, voz, e cheio de talento. Ao contrário do possa parecer, ama música clássica e fala de Tchaikovsky como quem fala de um “velho companheiro”!

Foram 25 anos até sentir-se “maior de idade”, independente e acreditar com segurança que poderia dar esse passo; além de ter certeza de que todos alçam voo em algum momento. “A Timbalada é a porta de apresentação dos artistas”, diz ele. Contudo, quando abre-se a primeira porta, a tendência é querer outras novas.

Apesar de haver especulação, todos os anos após o carnaval, sobre sua pretensa saída da Timbalada, ele garante que isso não era real e que a decisão só aconteceu há poucos dias; confessou que o charuto foi seu companheiro conselheiro, que lhe permitiu pensar e decidir, imagino eu, sem dar palpite...  Esses são os melhores! E logo após a sua decisão recebeu uma ligação de Brown o desejando boa sorte, inclusive, pelo grande artista que ele é.

Denny é de Camaçari, caçula de cinco filhos, cresceu em um ambiente com muita música, onde toda a família, pais e irmãos, tocavam e cantavam. Também participou de um projeto sociocultural que ensinava arte e cultura. E no Centro de Formação Cultural Casa da Criança e do Adolescente aprendeu a cantar e tocar instrumentos, marcenaria, capoeira, dança e teatro.

Aos 12 anos a sua estrela brilhou, a sorte o encontrou no lugar certo, quando recepcionou Carlinhos que visitava o projeto em que ele integrava; e ele já tocava e cantava. Brown se encantou por aquele protótipo de timbaleiro e lhe disse que queria vê-lo no ensaio da Timbalada. Mesmo sem nunca ter ouvido falar da banda, uma semana depois lá estava ele, no palco do Candeal, surpreso com aquela multidão, sem entender nada sobre o significado daquele movimento cultural. Naquele momento nascia o vocalista que cresceu, cativou, ganhou credibilidade, conquistou a “tribo” dos fãs trabalhistas e, nessa mesma onda, foi premiado, cruzou oceanos, fronteiras, sempre engajado, estudando, aperfeiçoando-se, aprendendo... criando asas, para este dia em que voará alto, muito alto!

Neste momento, além do artista de carreira solo brotando, muita novidade nasce junto, como a Casamata Produções, que se apresenta ao mercado para gerenciar a carreira de Denny Denan e seguir junto na nova estrada, nesse desfio.

Muita novidade já está sendo projetada e produzida; ensaios de verão, shows, que ele já recebeu convite ao comunicar a carreira solo, CD sendo ensaiado, música germinando, ideias fervilhando...  “Estou muito feliz, cheio de novidades e ansioso para estrear com esse novo projeto, no verão.” Denny Denan

Sem dúvida a saída do vocalista da Timbalada foi, de algum modo, um presente para o público que, a partir de agora, além de ter a banda, ganhou um novo espetáculo, uma estrela com brilho especial, cantando e tocando com a batida e o ritmo que todos amam, prometendo chagar com a pegada do reggaeton... E que venha Denny Denan, solo, com a mesma simpatia, o mesmo carisma, carinho, atenção de sempre, com garra nova, vontade explodindo, com velhos companheiros o acompanhando, e sucesso garantido, oxalá será assim, para fazer o mundo mais feliz! Que Ogum esteja sempre com você, lhe protegendo! Patakori Ogun! Ogunhê!


O Que é, o Que é?

“E a vida? E a vida o que é, diga lá, meu irmão?
É a vida! É bonita e é bonita!”
Viver e não ter a vergonha de ser feliz...”

Primeira música que Denny cantou na Timbalada... E assim ele profetizou a sua carreira, que hoje “É bonita e é bonita!”



Texto: Ana Paula Berenguer Icó

Elis


Elis – O Filme

Elis Regina é um dos maiores nomes da música brasileira. Quem nasce no Brasil, cresce ouvindo, pelo menos, uma de suas grandes interpretações. A mais famosa, talvez, seja a belíssima letra de Belchior “Como Nossos Pais”.

Hoje, chega aos cinemas a cinebiografia da cantora. São 115 minutos para contar uma história forte, que a gente já conhece. Hugo Prata, diretor do filme, fez um trabalho digno de ser aplaudido de pé. É claro que muitos fatos marcantes da vida de Elis ficaram de fora ou foram retratados com superficialidade, mas é impossível aprofundar em todos os temas da vida de uma artista tão intensa e importante.

O longa passa por sua ascensão, quando ela vai ao Rio de Janeiro e inicia sua carreira, levando sua brilhante voz ao país, deixando a Bossa Nova de lado e firmando a MPB no gosto nacional; seu posicionamento político contra a ditadura, o polêmico episódio em que cantou para os militares; amores, problemas na família, filhos... aspectos essenciais, que não poderiam deixar de ser citados.

Já a relação da cantora com as drogas é retratada de forma rápida e sua morte não tem um tom apelativo. É triste, porque não poderia ser diferente. A impressão que dá, é que quando Elis decidiu se livrar das “amarras” que a incomodavam, ela ficou sem rumo e não aguentou. Precisou trilhar o caminho que a tirou de cena.

A atuação de Andreia Horta é indiscutivelmente perfeita. O jeito de cantar, boca, gestos... é como ver Elis, novamente. Não tenho total propriedade no assunto, mas pelos vídeos que já vi da Pimentinha, não há diferença. O estudo e dedicação da atriz para esse trabalho é admirável. Andreia Horta se entregou ao papel e merece todo o respeito por um trabalho sublime.

Quem também está no filme é o sempre fantástico Júlio Andrade. O ator, que não precisa provar sua capacidade de interpretar qualquer personagem, assume o papel de Lennie Dale, bailarino americano, que ajuda Elis a se expressar melhor, no palco. A ligação dos dois é bonita de ser ver, pena que as cenas são poucas.

Além deles dois, o competente elenco conta com os nomes de Lúcio Mauro Filho, Gustavo Machado, Caco Ciocler e Rodrigo Pandolfo.

A trilha sonora é magnífica; não poderia ser diferente. A abertura com “Como Nossos Pais” já vale o ingresso. A cena em que ela interpreta “Atrás da Porta” é de arrepiar. “Fascinação”, “O Bêbado e o Equilibrista”, “Upa, Neguinho”... enfim. Todas as músicas. Um trilha para ser lembrada para sempre.

“Elis” é uma bela homenagem a uma artista que partiu há 34 anos e continua viva! Uma artista que faz parte da história de um país que é carente de lembranças boas. O longa é um jeito de perpetuar o nome de uma cantora que nunca deverá ser esquecida. Belíssima apresentação aos jovens.



O Shaolin do Sertão


Comédia brasileira com jeitinho antigo, humor “inocente” e muito sotaque, “O Shaolin do Sertão” tem a direção de Halder Gomes, que conquistou os brasileiros com a comédia “Cine Holliúdy”, em 2013.

No longa, acompanhamos a história de “Aluísio Li” (Edmilson Filho), personagem carismático, que trabalha na padaria da cidade, fanático por lutas marciais e sonha em ser um grande lutador, se vestindo e se comportando como tal. O filme se passa na década de 80, em Quixadá, interior do Ceará.

“Aluísio” encontra sua grande chance quando uma emissora desafia os moradores de sua cidade, uma vez que passam por diversos locais do sertão nordestino, a lutar contra “Toni Tora Pleura” (Fábio Goulart); lutador que não deixa nenhum adversário “em pé”. Sabendo que precisa de um treino adequado e com o incentivo financeiro do candidato a prefeito do lugar, ele vai atrás de um mestre das artes marciais para passar uns dias aprendendo todos os segredos para uma boa performance.

Com a ajuda de “Piolho” (Igor Jansen), a jornada de “Aluísio” para a realização do seu sonho é construída de forma simples, mas fantástica. Um filme leve, que cumpre com eficiência o que promete, arrancando boas risadas de quem sabe se divertir de coisas bobas. Tem um “Q” dos filmes dos Trapalhões e, também, de “O Auto da Compadecida”, esse último, para mim, é um dos melhores filmes de comédia que o cinema brasileiro já produziu.

É impossível não torcer para que o carismático padeiro acabe com a raça dos seus rivais, “Toni Tora Pleura” e o mauricinho “Armandinho” (Marcos Veras). Além disso, há um romance inocente que envolve o nosso herói e a filha do dono da padaria “Anésia Shirley” (Bruna Hamú), que tem a medida certa para nos arrancar boas risadas e encantar.

Direção, roteiro, trilha e atuações maravilhosas; mas não posso deixar de dar um destaque para algo que me encantou do início ao fim: a fotografia. Uma das fotografias mais belas que vi nas telonas, nos últimos tempos.

Confesso que quando li o nome no filme, torci a boca, mas tive a sorte de me arrepender logo no início. Valeu a pena! Não é à toa que mesmo estando em cartaz, apenas no Ceará, a comédia brasileira já levou mais de 55 mil pessoas aos cinemas. A estreia nacional é dia 20 de outubro, hoje.

De 0 a 5, eu dou 6!