O Shaolin do Sertão


Comédia brasileira com jeitinho antigo, humor “inocente” e muito sotaque, “O Shaolin do Sertão” tem a direção de Halder Gomes, que conquistou os brasileiros com a comédia “Cine Holliúdy”, em 2013.

No longa, acompanhamos a história de “Aluísio Li” (Edmilson Filho), personagem carismático, que trabalha na padaria da cidade, fanático por lutas marciais e sonha em ser um grande lutador, se vestindo e se comportando como tal. O filme se passa na década de 80, em Quixadá, interior do Ceará.

“Aluísio” encontra sua grande chance quando uma emissora desafia os moradores de sua cidade, uma vez que passam por diversos locais do sertão nordestino, a lutar contra “Toni Tora Pleura” (Fábio Goulart); lutador que não deixa nenhum adversário “em pé”. Sabendo que precisa de um treino adequado e com o incentivo financeiro do candidato a prefeito do lugar, ele vai atrás de um mestre das artes marciais para passar uns dias aprendendo todos os segredos para uma boa performance.

Com a ajuda de “Piolho” (Igor Jansen), a jornada de “Aluísio” para a realização do seu sonho é construída de forma simples, mas fantástica. Um filme leve, que cumpre com eficiência o que promete, arrancando boas risadas de quem sabe se divertir de coisas bobas. Tem um “Q” dos filmes dos Trapalhões e, também, de “O Auto da Compadecida”, esse último, para mim, é um dos melhores filmes de comédia que o cinema brasileiro já produziu.

É impossível não torcer para que o carismático padeiro acabe com a raça dos seus rivais, “Toni Tora Pleura” e o mauricinho “Armandinho” (Marcos Veras). Além disso, há um romance inocente que envolve o nosso herói e a filha do dono da padaria “Anésia Shirley” (Bruna Hamú), que tem a medida certa para nos arrancar boas risadas e encantar.

Direção, roteiro, trilha e atuações maravilhosas; mas não posso deixar de dar um destaque para algo que me encantou do início ao fim: a fotografia. Uma das fotografias mais belas que vi nas telonas, nos últimos tempos.

Confesso que quando li o nome no filme, torci a boca, mas tive a sorte de me arrepender logo no início. Valeu a pena! Não é à toa que mesmo estando em cartaz, apenas no Ceará, a comédia brasileira já levou mais de 55 mil pessoas aos cinemas. A estreia nacional é dia 20 de outubro, hoje.

De 0 a 5, eu dou 6!

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