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Um Contratempo


Há algum tempo me descobri apaixonada pelos cinemas argentino, espanhol, alemão e francês. Ricardo Darín e Leonardo Sbaraglia são dois nomes que ao ver em algum cartaz, eu já fico louca para assistir. Inclusive, o cinema nacional tem se encontrado com o cinema argentino e feito belas parcerias. Em setembro do ano passado, foi lançado o filme “O Silêncio do Céu” com a atriz Carolina Dieckmann, Leonardo e o filho de Ricardo, Chino Darín. Ainda não assisti, infelizmente. Mas teve uma boa repercussão. No mês passado, assisti no cinema “Neve Negra”, com os dois atores que citei primeiramente. Achei excelente. Um ritmo mais lento, que não agrada fácil, mas um roteiro e desenvolvimento bons.
A competência dos atores, a boa direção e os enredos fantásticos, fazem com que a gente saia um pouco do cinema hollywoodiano e se surpreenda com filmes europeus e com filmes que são produzidos do nosso lado. Se eu pudesse escolher, a rivalidade “Brasil x Argentina” seria cinematográfica, porque são dois países que trabalham muito bem a sétima arte. No entanto, aqui no Brasil, ainda não há o reconhecimento merecido. Não sei se para os “hermanos” funciona da mesma forma. Espero que não. Na Europa, felizmente, o reconhecimento é grande.
Esses dias, não tinha muito o que fazer e fui rodar sites para ler sinopses e descobrir filmes que não são tão populares no circuito, para sair do lugar comum. Queria algo que me surpreendesse. Fui para a categoria suspense, que é a minha favorita, se é que eu posso ter a ousadia de dizer que uma só é a favorita. Me bati com “Contratiempo”. A princípio, pensei que fosse argentino e já queria assistir, sem ler sinopse, nada. Geralmente eu faço isso: não leio sinopse, não vejo trailer. Vou pelo cartaz (aquelas que julgam o livro pela capa), pelo elenco ou pelo diretor. No elenco desse, vi que o nome do ator Mario Casas. Logo descobri que era um filme espanhol. Da Espanha, temos nomes fantásticos e que reconhecemos fácil: Javier Bardem, Antonio Banderas, Penelope Cruz, Eduardo Noriega e outros. Na direção, temos o fantástico Pedro Almodóvar. Agora, o meu favorito espanhol é Oriol Paulo. Apesar do trabalho dele como roteirista ser maior, os filmes que ele dirigiu (e também assinou o roteiro) são FABULOSOS!
“Um Contratempo”, como foi batizado aqui no Brasil, mostra Adrian Doria (Casas), um empresário jovem, muito bem sucedido, casado com uma bela mulher e uma filha pequena. Mas todo esse clima de “deu tudo certo na vida” muda quando Doria acorda num quarto de hotel e vê sua amante morta. Ele é acusado do assassinato dela e não tem nenhum álibi. Todas as provas estão contra ele. Para salvar seu pescoço, o empresário recorre a melhor advogada de defesa da Espanha e aí é que o jogo começa.
A história é contada por Adrian para a sua advogada. Ela não aceita furos, por isso eles conduzem a narrativa, indo e voltando, para poder encontrar os erros do que ele diz e reparar cada detalhe. No entanto, ela exige que ele diga a verdade para conseguir conduzir a defesa de forma que o juiz e promotor não consigam questionar. Ainda mais, quando eles descobrem que há uma nova testemunha, que está contra Doria. Um jogo de verdades e mentiras, de testes é iniciado e você não sabe o que aconteceu de fato. O filme inteiro é um mar de reviravoltas e quando alguma coisa começa a fazer sentido, não era bem como estava sendo apresentada. O final é um verdadeiro plot twist, que deixa qualquer Hitchcock chocado. O filme de Oriol não deixa você piscar, respirar ou fazer qualquer outra coisa que não seja assistir, definitivamente, ao filme.
É por isso que eu escolhi ele como dica. “Um Contratempo” é um filme de 2016, mas que não vi ninguém falar sobre, nem li sobre. Contudo, é, sem dúvidas, um dos melhores suspenses que já assisti. O final faz com que você coloque a mão na boca, fique com aquela cara de chocado e ria de nervoso. No Filmow, algumas pessoas disseram que gritaram. Não é o meme “o grito que dei”, foi literalmente mesmo. O cinema espanhol deu uma aula em “Um Contratempo”! Não duvido que, daqui a uns 2 anos, Hollywood queira fazer sua versão para o filme, assim como foi com o fantástico “O Segredo dos Seus Olhos”, filme argentino de 2009, que ganhou sua versão hollywoodiana “Olhos de Justiça” com Julia Roberts e Nicole Kidman, em 2015. O francês “Intocáveis” também ganhará seu remake hollywoodiano. Bryan Cranston, Kevin Hart e Nicole Kidman estão no elenco do filme que deverá estrear em março de 2018.
“Um Contratempo” está disponível na Netflix e é a sua melhor opção, hoje, no vasto catálogo do streaming. Separe a pipoca, o litrão de refrigerante e devore tudo no início, porque depois de um determinado ponto, você não conseguirá fazer mais nada.
Publicado originalmente aqui,

Orange Is The New Black – 5ª Temporada


Uma das séries mais populares da Netflix, retornou na sua 5ª temporada em um tom um tanto quanto diferente das anteriores. Em meio a tantos cancelamentos do canal de streaming, Orange sobreviveu e segue firme para, pelo menos, mais duas temporadas. Ufa!
A nova temporada de OITNB dá continuidade à rebelião que as detentas de Litchfield iniciaram após Poussey (Samira Wiley) ser morta por um guarda. O fato gerou um conflito maior entre as detentas e o sistema prisional deixando o final da 4ª temporada com Daya (Dascha Polanco) segurando uma arma e ameaçando um dos guardas. O início da 5ª é justamente a partir dessa cena. As respostas que ficaram no ar, são respondidas ao longo dos 13 novos episódios, que foram divididos entre as 72h que sucedem após a rebelião.
O que chama atenção é que OITNB saiu do seu lugar comum e ganhou um novo tom com mais ação e, mesmo assim, não perdeu suas pitadas de humor e seu potencial de falar sobre a vida das mulheres, seja dentro ou fora da cadeia. As tribos que haviam lá dentro, acabam se despeçando e todas as mulheres (negras, brancas, latinas, muçulmanas e outras), acabam por conviver em um ambiente que já não tem mais espaço para o individualismo; todas têm um consenso, que é garantir o cumprimento dos seus direitos, uma vez que os mesmos foram tolidos por um sistema mercenário, sem a preocupação da regeneração, muito menos da inserção dessas mulheres na volta para a sociedade. Além do mais, a forma bruta como são tratadas ali dentro, com desprezo e violência, precisa ser revista.
Quem assume a função de protagonista da vez é Taystee, interpretada pela atriz Danielle Brooks, que mostra um show de atuação. Sendo uma das melhores amigas de Poussey, Taystee luta para que o guarda acusado seja punido da mesma forma como qualquer um que comete um erro, é. Porém,é difícil de ver o que o guarda Bayley (Alan Aisenberg) passa após ter matado Poussey. De todos os guardas, ele era um dos mais simpáticos, tinha uma pureza visível. Um acidente fatal acabou por destruir duas vidas de formas distintas. Outros guardas que estão em Litchfield são tomados como reféns e algumas presas são designadas para ficar de olho neles. Os guardas, obviamente, não recebem o melhor tratamento, uma vez que eles contribuíram para a revolta daquelas mulheres.
Uma das coisas mais interessantes é ver como cada ser humano se comporta diante de uma situação nova. Os que têm poder, os que tinham e não têm mais, os que alcançaram o poder. Além disso, têm aqueles que preferem escolher um novo líder para seguir, por ser mais fácil do que contribuir com uma ideia nova ou propor melhorias nas ideias já apresentadas. Apenas concordam com tudo. Nada diferente do mundo fora das grades. É até doloroso de ver que, enquanto uma parte luta por justiça e direitos, a outra luta apenas por conforto, salgadinhos e desejos pessoais. Até quando?
Responsabilidade, companheirismo, direitos, humanidade, preconceito, traumas, sobrevivência, feminismo e, principalmente, sororidade. A quinta temporada de Orange Is The New Black ratifica explicitamente, em forma de reinvindicação de melhorias do direito que qualquer ser humano tem, tudo o que vinha sido apresentado nas suas temporadas anteriores e como quando as mulheres, que vivem atrás das grades de Litchfield, se unem por algo maior, podem conseguir.
Os flashbacks, já esperados por quem assiste a série, continuam a contar as histórias pessoais das detentas e ajudam ao público a entender o que as levaram até a cadeia. As personagens que são queridas desde a primeira temporada da série, como Red, Nicky, Lorna, Crazy Eyes, Big Boo e algumas outras, continuam marcando presença e tendo destaques ocasionais, mais que merecidos.
Piper (Taylor Schilling) e Alex (Laura Prepon), o casal lésbico que deu início a toda trama, está mais maduro e, pelo menos dessa vez, conseguem manter a paz, sem despertar a raiva de quem está assistindo. Dá para finalmente torcer por elas duas sem ter que tomar partido. Um grande alívio para quem não aguentava mais a relação conturbada das moças. No entanto, quem espera ver muito delas, pode desanimar. Apesar da importância das duas na história de Litchfield, elas seguem no elenco regular, com participação ativa, mas sem maiores destaques.
O final da quinta temporada de Orange, para variar, é de arrepiar a espinha e gerar a busca por novas respostas. O público, mais uma vez, terá que esperar um ano para obtê-las. A Netflix não cansa desse formato e os espectadores não cansam de esperar 365 dias de angústia para solucionar os finais sufocantes da série.
Orange Is The New Black é uma série própria da Netflix e todo o seu conteúdo está disponível para os assinantes do canal. Vale a pena assistir, principalmente para quem gosta de temas polêmicos e que geram um bom debate. Se vale a assinatura para sempre do canal, já são outros 500. Com tanto cancelamento dos seus produtos originais, confesso minha decepção com um dos meus canais favoritos, mas esse assunto fica para a próxima.
Para quem não sabe, a série foi inspirada no livro escrito por Piper Chapman, em que conta sobre o tempo que ficou presa. O livro foi lançado no Brasil pela editora Intrínseca e pode ser encontrado em qualquer livraria, nos formatos tradicionais ou ebook.
Publicado originalmente aqui.

Big Mouth


Animações sempre me divertem. Sejam infantis ou para adultos, elas têm a minha atenção. Confesso que as com conteúdo adulto, estilo “South Park”, “Beavis and Butthead”, Simpsons e até mesmo o extremamente sádico “Three Little Friends” me divertem completamente. As tiradas irônicas, suas cenas violentas e verdades absolutas, mostradas por desenhos que poderiam ser inocentes, têm uma riqueza inestimável.
Essa semana, conversando com pessoas pela internet, me recomendaram “Big Mouth”. A série tem uma temporada com 10 episódios de quase meia hora cada e está disponível na Netflix. Curtinha, do jeito que eu gosto. Fui assistir e passei o dia com a cara na frente do computador. Simplesmente não conseguia parar para fazer mais nada.
A animação aborda os dramas da puberdade com muita naturalidade e humor. Contudo, preciso ser sincera e avisar que o humor é daquele tipo escrachado, com cara de adolescente que não pode ouvir “pinto”, que já começa a dar risada e fazer piadinhas infames. O que é aceitável, já que os protagonistas são adolescentes e a atitude está dentro do contexto da série. Tem palavrão o tempo todo, coisa que eu adoro, porque acho que torna ainda mais real. Para quem gosta de “American Dad” e “Family Guy”, adianto que “Big Mouth” saiu da cabeça de Andrew Goldberg, produtor delas.
Como 99% das pessoas já passaram pelos temas abordados, a risada vai ser ainda maior com a identificação, lembrando da fase “crítica”. Os personagens principais são Nick, Andrew e Jessi. Com os três e mais alguns personagens, que aparecem com frequência, a série trata de problemas em família, amizade, amor, sexualidade, masturbação e menstruação. Minha adoração maior é por Maurice, O Monstro do Hormônio. Nessa fase, sabemos que as coisas ficam fora de controle no corpo e, nesse caso, o culpado é personificado. Parece aquele diabinho que tenta, tenta até a pessoa cair em sua conversa. E a guerra é praticamente impossível de se vencer, afinal, quem controla os próprios hormônios?
Outra coisa super interessante da série é a forma como a adolescência feminina é abordada. É tanto tabu, que quando encontro um lugar que trata tudo com muita naturalidade, longe do “minha filha agora é uma mocinha”, não posso deixar de passar adiante. Quando Jessi fica menstruada, numa excursão da escola, usando short branco, a reação dos meninos é a esperada: desespero. Também, com Jessi, é mostrado que as meninas têm desejos e os meninos ficam mais assustados ainda, já que para eles nunca foi dito isso. O desejo da mulher é escancarado de forma que não haja dúvidas. Há uma cena dela conversando com a própria vagina que é maravilhosa. Para a menina também há alguém para perturbar suas emoções, que é uma monstra parecida com Maurice. Jessi tem a irritação da TPM, fica com raiva dos pais, não quer ver os amigos, se relaciona e não quer se relacionar mais. Uma bagunça de sentimentos que fazem questão de abafar para as garotas, parecendo que é errado. Spoiler: não é!
Os conflitos adultos também são abordados. Eles são representados pelos pais dos garotos. Tem um casal mais tranquilo, que aceita tudo dos filhos, um casal mais rigoroso, uma mãe que se envolve com outra mulher, um pai que só quer saber de fumar maconha e não liga para as responsabilidades, um pai que só pensa no trabalho e deixa sua família de lado… E, consequentemente, tem a forma como os filhos lidam com tudo isso.
Não é uma série para crianças! Mas é uma boa série para se assistir com os filhos pré-adolescentes e tirar qualquer dúvida que eles tenham. O diálogo aberto dentro de casa é a melhor maneira de se evitar que eles descubram na rua, sem proteção ou de forma errônea. É bom ver que cada dia que passa há mais meios de levar temas que foram tratados por muito tempo como tabus, como algo natural, intrínseco ao ser humano. Quebrar paradigmas e preconceitos enraizados, ditos como culturais, é uma coisa que leva tempo, mas não é impossível. As mudanças dos nossos corpos acontecem independentemente da vontade própria ou da de quem está ao nosso redor. Para os mais conservadores, não indico de forma alguma.
Assisti a versão dublada, já que animação prefiro assim. Até mesmo porque, as piadas são feitas com termos brasileiros e fica ainda mais divertido. Por isso, recomendo que assistam da mesma forma. No mais, se você não curtir a série em si (duvido muito), pelo menos, pode curtir a abertura com uma versão de Charles Bradley para “Changes”, música fantástica da minha queridinha Black Sabbath.

Publicado originalmente aqui.

Jogo Perigoso


Apesar da Netflix me afogar numa maré de decepções por conta dos cancelamentos de algumas de suas séries originais, não posso ser injusta e me negar a assistir ao conteúdo próprio do canal de streaming. A qualidade de seus filmes e séries é inquestionável, sendo assim, a Netflix entrega filmes dignos de serem vistos e revistos. Esse é mais um caso.
Entrando na onda da vez, o mais novo longa que o canal disponibilizou para o público, na última sexta-feira (29/09), foi “Jogo Perigoso”, baseado no livro homônimo de Stephen King, lançado em 1992. Como gosto de ler depois que assisto a um filme ou uma série a opinião do público, vi que para quem gosta da narrativa de King, “Jogo Perigoso” se tornou a melhor adaptação do autor norte americano. Após “IT: A Coisa” ter se tornado o filme de terror mais lucrativo da história e “Torre Negra” ter ficado a desejar, a nova adaptação faz jus à fama de King ser um gênio do terror e envolve o espectador em seu suspense psicológico.
Jessie e Gerald são casados e desejam apimentar a relação. Para isso, viajam para uma casa afastada da cidade aonde podem iniciar jogos sexuais sem incomodar ninguém. O que parece ser o início de uma história erótica e de fetiches, se torna um pesadelo. Gerald, após algemar Jessie na cama, enfarta e deixa a esposa presa, sem conseguir sair da cama para chamar socorro ou leva-lo a uma emergência. Sem conseguir achar uma saída para seu problema, Jessie passa a ter alucinações, revive traumas do passado e precisa lidar com um cachorro faminto e uma pessoa escondida na escuridão.
Tenho um certo problema com lugares fechados e em me sentir presa. Pode ser uma claustrofobia leve, porque sei que tem gente que não consegue de forma alguma e eu ainda entro num elevador, encaro uma multidão… enfim. No entanto, ao ver aquela mulher algemada, sem nenhuma previsão de quando seria socorrida, me sufocou! Foi uma experiência perturbadora, porque sempre comentei que essas fantasias de prender poderiam acabar mal. Nunca tinha lido ou ouvido falar desse livro, não comento nem do filme por ser recente, e não sei se fico feliz ou triste por ter uma mente que chegou a 1% da mente de King. Mas trama é passada quase que o tempo todo dentro do quarto, o que aumenta a atmosfera claustrofóbica.
O desenrolar da trama é envolvente, porque o espectador consegue encaixar as peças e entender tudo o que está acontecendo. Não fica nenhuma ponta solta, ponto para o diretor Mike Flanagan (Ouija: Origem do Mal), que também participou do roteiro de Jeff Howard. Mike consegue transmitir em seus filmes uma tensão na medida certa, sem apelos. Juntando isso a uma atriz, Carla Gugino, que leva o filme praticamente sozinha e com uma competência absurda, “Jogo Perigoso” só peca ao deixar as grandes explicações para a personagem narrar, de vez, no fim. Contudo, não prejudica o desfecho. A cena final é arrebatadora. Para quem capta a essência do filme, não há queixas. Um excelente filme para ser assistido em um fim de semana caseiro com o balde de pipoca e um litro de refrigerante ao lado. Para quem gosta de King, mais uma adaptação de sucesso!
Publicado originalmente aqui.

13 Reasons Why


Eu estava decidida a falar sobre “Big Little Lies”, série fantástica da HBO, baseada no livro homônimo de Liane Moriarty. Entretanto, “forças maiores” me fizeram tomar um desvio no caminho e comentar sobre a série polêmica “13 Reasons Why”, também baseada em um livro homônimo; este de Jay Asher. A série estreou dia 1º de abril, na Netflix, e trata de diversos temas polêmicos como suicídio, estupro e bullying. Deu o que falar. Procurei ler o livro antes de assistir aos episódios e achei muito bom. Me emocionou bastante e me fez voar para a série.
Precisei me ater ao fato de que a série é baseada no livro e muita coisa foi modificada. Parecia que o que comecei a assistir, não tinha a ver com o livro, exceto o básico: Hannah, uma garota de 17 se suicidou e deixou 7 fitas gravadas, com os 13 porquês que a levaram a cometer tal ato. A dor já começa daí. Para mim, o suicídio é uma forma muito triste de morrer. Sempre me perguntei se é um ato de coragem absurda ou uma covardia extrema. Acho que é uma das respostas que nunca terei.
E por qual motivo eu resolvi desviar de uma série tão maravilhosa e falar dessa (que também é maravilhosa)? Porque tenho lido muitos comentários nas redes sociais sobre ela. Uns dos que mais me incomodaram são sobre os porquês de Hannah. Parece que as pessoas não entenderam a adolescente ou a mensagem da série. Continuam falando que os motivos da personagem são bobos, que ela é exagerada, sentimental demais. O que a maioria dessas pessoas não consegue perceber é que as situações são vividas individualmente e cada ser humano sente as coisas de uma forma. Talvez Hannah fosse sensível demais mesmo. Isso não diminui o peso da culpa dos outros.
A maldade com que Hannah foi tratada no colégio, começando pelo boato do garoto, que ela tinha ficado, de que a saída deles havia ido além dos beijos, rendeu uma fama desagradável. Era só o primeiro beijo dela. Depois surgiu uma lista maldosa e vingativa, falando que ela tinha a melhor bunda da escola. Muitas pessoas disseram que isso era um elogio; será? Mas, por causa do “simples elogio”, Hannah, que já era vista pelos outros de forma sexual, se tornou ainda mais um objeto de desejo. As piadinhas nos corredores e as mãos tentadas a tocá-la, sem sua permissão, somaram negativamente e resultaram em um dos porquês, que as pessoas consideram mais bobos; eu vejo como um dos piores. Um rapaz tenta chama-la para sair e ela é grosseira com ele; ela não tem motivo para acreditar na boa intenção de ninguém. Ele retribui a grosseria e rouba umas coisas que ela gostava de receber, que a ajudavam a se sentir bem. Quando desconfia dele, ela o envia um recado pedindo que ele a devolva aquilo; ele ignora. O egoísmo desse garoto foi tão grande, que se analisarmos, ele foi o único à quem ela havia pedido ajuda; um pedido claro, que ele não considerou.
Os fatos isolados parecem pequenos; mas somados causam danos. Uma bola de neve sempre começa pequena; porém, você já percebeu o estrago que ela faz, a partir do momento em que ela começa a se mover, vai ganhando tamanho, força e velocidade de pequenas partículas que estão no caminho? A série fala de uma personagem fictícia; mas pense: quantas garotas “reais” se matam, após terem um vídeo íntimo compartilhado, pela internet, por alguém de sua confiança? Até a sensação de segurança, que a menina tinha em casa, roubaram dela. Como ter paz diante disso tudo? Os pais dela não tinham condições para mudarem de cidade; ela não conseguia se abrir com eles ou com qualquer pessoa, porque não era levada a sério. É normal que adolescentes se sintam incompreendidos, perdidos, porém não é normal que todas as pessoas lhe deem as costas. O conceito de comunidade, a qual vivemos, está bem distante disso.
Outro fato polêmico da série são as cenas de estupro, que acontecem com mais de uma personagem. São cenas fortes e entendo a comoção, por causa delas. É óbvio que nem todo mundo tem estômago para assistir aquilo, assim como tem gente que não consegue assistir a um filme de terror, porque sabe que vai ficar com a cena na cabeça, por dias, e sem dormir direito. Por outro lado, penso que as cenas são necessárias, que o “chocar” é necessário, principalmente quando serve para alertar possíveis agressores e possíveis agredidos. Não dá para passar uma vida acobertando o que é errado. Do ponto de vista psicológico, não sei realmente se não funciona; somente um profissional da área para explicar. Ao meu ver, não dá para mostrar aos adolescentes como o mundo funciona de verdade, o que é certo e o que é errado, se tudo não for apresentado, de fato. É importante que cada um saiba o seu limite.
A cena mais chocante, para mim, é a que Hannah corta os pulsos. Eu, que sou sanguinária, senti agonia. Não somente pelo fato de ver a navalha rasgando a pele dos seus pulsos, o sangue jorrando com tanta intensidade, uma cena de extrema violência. Minha agonia foi por desejar fortemente que alguém entrasse ali e socorresse a garota desesperada e a mostrasse que há outro caminho. Entretanto, assim como outros diversos jovens, Hannah, que se sentia sozinha, e era mais sozinha do que as pessoas ao seu redor conseguiam enxergar, morreu sem ninguém por perto. Hannah não teve chance de ser socorrida. Ela se precipitou diante de tantas coisas ruins; por não enxergar uma saída.
“13 Reasons Why” é uma série muito boa, que aparentemente não se preocupa em pegar leve. A sua intenção em chocar, talvez não seja a mais nobre, mas se ajuda a levar esses temas para dentro das casas e salas de aula, se quebra um pouco do tabu, vale a pena. A informação precisa correr, ser espalhada. Mas se ela for prejudicial, conforme já li em algumas matérias, se serve de gatilho para que muitos jovens imitem inconsequentemente o que acontece ali, deveria haver algum tipo controle para quem a assiste. Entretanto, procuro pensar que a série serve de alerta aos pais e a quem tem amigos que se comportam da mesma forma que Hannah, mas que não tinham consciência do que significava. A série tem seu lado positivo e negativo. Caso você tenha depressão, esteja passando por problemas psicológicos ou ache que não aguenta, por favor, não assista. Procure ajuda. É importante ressaltar que, após o lançamento série, a procura por ajuda aumentou 445%. É óbvio que por ser o assunto do momento, haverá uma busca; mas se isso for poupar diversas vidas, já valeu a pena.
São 13 episódios de quase uma hora cada, que valem a pena ser assistidos e refletidos mesmo. No livro, Clay ouve as fitas em um dia só, como a maioria de nós faríamos. Na série, ele leva vários dias, causando nervoso a quem assiste; foi assim comigo. Sem contar a ferida em sua testa, que não cicatriza. A tal ferida só parou de me perturbar, quando li uma boa explicação para ela: como o tempo da série vai e volta e as vezes se encontra, a ferida é para diferenciar os momentos. Ok, deu para perdoar.
A trilha sonora de “13 Reasons Why” é fantástica! A cantora Selena Gomez é produtora executiva da série e tem duas faixas garantidas na trilha. Uma é com “Only You”, regravação do sucesso da dupla britânica Yazoo, que se tornou a música oficial da série. A outra faixa é “Kill Em Kiss Kindness”, versão acústica de uma música que estava no último álbum da cantora. Além de Selena, a trilha tem Joy Division, The Cure e cover de Neil Young. No mínimo, a trilha vai lhe ganhar fortemente.
Os atores combinam com os personagens e fazem um trabalho excelente. As cenas de maior carga emocional são capazes de levar o espectador às lágrimas. Algumas cenas e diálogos são dispensáveis; daria para fazer episódios um pouco menores; a direção de um modo geral é muito boa. A Netflix acertou mais uma vez em produzir série.
Para quem tem curiosidade, mas acha que as cenas podem lhe fazer mal, eu recomendo o livro. Por ter muitas coisas diferentes, apesar de ser fantástico e emocionante, acredito que mesmo mexendo com o emocional, não choca tanto. Jay Asher tem uma forma de escrita leve, mesmo para abordar temas tão pesados. É um livro fácil de ler, difícil de desgrudar e que infelizmente uma hora acaba. Eu queria mais.
O final da série deixa muitas questões em aberto e muitas teorias estão rodando as redes sociais. Algumas com bastante lógica, mas que não vou citar para evitar spoilers. Recomendo que procure no Facebook um grupo voltado para os fãs da série, e leia. Ou pode me chamar no Messenger, que terei prazer em contar sobre as teorias que já li ou, se preferir, procure ouvir algumas novas. Uma segunda temporada não foi confirmada mas, devido ao sucesso, eu acredito que possa ter. As possibilidades de mais uma temporada são claras; contudo, se a série se encerrar ali, também dá para agradar e as respostas ficarem por conta da imaginação de quem assistiu.
Uma das coisas que o personagem Clay Jensen fala é que precisamos ser mais gentis com os outros. A gente não sabe pelo o que as pessoas passaram e / ou estão passando internamente; e fotos de redes sociais, muitas vezes, não refletem a realidade de quem está postando. Evite julgar, maltratar, falar mal. O ser humano anda cruel demais, sem qualquer necessidade. Se eu já tinha o maior respeito pelas pessoas, especialmente, que me cercam, depois dessa série redobrei o cuidado com o próximo. Se estiver precisando de ajuda ou se quiser se voluntariar para ajudar, acesse o site do CVV, envie e-mail, converse através do chat do site ou ligue. O número é o 141. O site: http://www.cvv.org.br/  É importante saber que existem pessoas disponíveis para um chamado, sempre que for preciso, mesmo que seja um desconhecido. Hannah não conseguiu enxergar uma saída, porque não teve ajuda; contudo, ninguém mais precisa passar pelo o que ela passou. #NãoSejaUmPorquê
Publicado originalmente aqui.

You Me Her


Uma das maiores indecisões que a gente tem na vida é: ASSISTIR O QUE NO NETFLIX? São tantas opções e é tão divertido ficar olhando o que tem disponível ali, que a gente passa mais tempo olhando filmes e séries do catálogo, do que assistindo a qualquer coisa. Parece surreal, mas a maioria das pessoas que conheço é assim. Ou seja, pela minha pesquisa mundial (entre amigos) essa é uma conclusão mais confiável do que as pesquisas sobre eleições presidenciais.
Então, em uma bela madrugada devastadora, cheia de fome e tédio, abri o famigerado canal de streaming e apareceu, de cara, um homem no meio de duas mulheres quase se beijando e o nome: “Eu Tu e Ela” (me pergunto o motivo de ainda traduzirem os nomes de algumas séries). Eu pensei naquele filme de Regina Casé, mas não era. Era uma série com os dez episódios disponíveis para uma maratona ou uma decepção parcelada em 10x. Choices. Eu escolhi, com aquela cara de desgosto, assistir e perder mais 30 minutos de sono naquele primeiro episódio. O impacto foi imediato: arriei os quatro pneus e apaixonei. Parti para o próximo.
No segundo episódio, eu já achando que a série era diferente de tudo que já tinha visto anteriormente, já louca para assistir ao terceiro, quarto, quinto… todos(!), minha internet, que é daquela empresa que não vou dizer o nome (mas que tinha três letras e agora tem quatro), simplesmente parou. O “embuste” simplesmente não voltou. Fui dormir aceitando que a vida era algo incompreensível, que talvez a internet não voltasse nunca mais ou que o mundo poderia acabar e eu nunca soubesse o fim daqueles três humanos. Vida que segue, não é mesmo?!
Mas vou resumir tudo para ir direto ao assunto: no dia seguinte, de madrugada, eu assisti aos oito episódios que faltavam. Seguidos. Sem parar. Num vício frenético e já desesperada porque queria mais. “Mas, Rafa, do que se trata a série, mulher? Você fala, fala e não diz nada.” Verdade. Vou falar! Agora se sente confortavelmente, que eu vou te contar tudinho. E não se atreva a largar a leitura para correr para o pc. Vá até o fim, do contrário nem com… desculpa, me empolguei.
Jack e Emma Trakarsky são um casal que se ama. Vivem no subúrbio, uma casa boa, empregos estáveis, amigos divertidos e… sem tesão. Sem filhos, planejando um, mas sem sucesso algum, o sexo para eles acaba se tornando uma rotina frustrada do que eles tentam há tanto tempo, mas não conseguem. Eles são acompanhados por uma terapeuta, mas nada muda. A vida do casal só tem uma grande virada quando Jack é aconselhado por seu irmão a sair com uma acompanhante. Entenda: não é uma prostituta, é uma acompanhante. Ele vai conversar com ela, dar uns amassos (talvez), mas transar não está em questão.
Essa acompanhante é a estudante Izzy Silva (Priscilla Faia); tem vinte e poucos anos, mora com uma amiga e é linda. Jack fica louco com a estudante. Arrependido, porém sem tirar a menina da cabeça, ele conta para Emma o que aconteceu. Emma decide se vingar e chama a menina, sem Jack saber, para um jantar, no qual ela revela a “amante” do marido quem é. Sem muitas opções, Izzy seduz a mulher que, veja só: fica louca com a estudante.
E é desse jeito natural, sem grandes alardes, mas com sutilezas, que Izzy é introduzida, de vez, na vida do casal. Sendo assim, temos uma questão tão pouco abordada na TV: o poliamor. Afinal, isso existe? Pode dar certo? Como a sociedade encararia uma situação atípica dessas? Os diálogos são construídos com verdade e humor. Tiradas inteligentes, que quando a gente percebe, são falas que a gente usaria numa conversa com os amigos, colegas de trabalho, vizinhos chatos e adolescentes infestados de arrogância.
O acerto de “You Me Her” é levar para o público um tema atual, mas que pouco se vê sendo comentado. O desenrolar dos episódios se mostra em perfeita sintonia, não tendo nada para que o público questione. Nem mesmo a forma de amor. O questionamento que o público poderia fazer já está dentro da série em forma de amigos que não entendem, mas tentam ajudar e não julgar, em forma de preconceito da família tradicional, em forma de “vou perder meu emprego se descobrirem”… em forma de todas as formas que a mente sombria dos seres humanos poderia ter. Percebemos aí, inclusive, que o maior medo do casal ao inserir uma nova pessoa no relacionamento, não é dessa pessoa, nem de como eles vão se sentir; é de como os outros vão se comportar diante daquela nova estrutura familiar.
No entanto, até os menos liberais, vão acabar torcendo para que o trio dê certo. Os três possuem uma química invejável a muito casal protagonista de filmes românticos. Olhares, sorrisos, gestos e suspiros. Está tudo ali. Evidente e sútil. Escondido nas ruas, aberto dentro de casa.
Um dos pontos altos da série é a relação de Izzy com a amiga Nina (Melanie Papalia) e de Emma com a amiga Carmen (Jennifer Spence). As conversas entre elas são sempre prazerosas de assistir e, mais ainda, se identificar. A seleção de elenco dessa série é louvável, porque não tem ninguém que não esteja em sintonia. Assim como trilha sonora, ambientação, fotografia… tudo muito bem feito e de ótimo bom gosto.
“You Me Her” é uma daquelas séries que vai fazer você se apaixonar, querer fazer parte da vida do trio, torcer por eles, ter amigas como Nina e Carmen, dar muita risada e perceber que não temos nada a ver com a vida dos outros. As escolhas que lhe fazem bem só dizem respeito a quem as toma. E é assim, de forma leve e impecável que a gente descobre mais uma forma de amor, sem tabus, sem preconceito. Porque feio não é amar; feio é ser intolerante. É matar. É machucar. É roubar a liberdade de escolha do outro. Enquanto for por amor, que todos amem muito e cada vez mais.
Já levei algumas pessoas para a maratona “You Me Her” e garanto: só tive retorno positivo. Como diria Rita Lee: “agora só falta você”.
Publicado originalmente aqui.

Gypsy

Gypsy

O drama psicológico "Gypsy" teve suas primeiras imagens divulgadas essa semana. Dirigido por Sam Taylor-Johnson (Cinquenta Tons de Cinza) e criado por Lisa Rubin, a série ainda não tem data de estreia.

Naomi Watts estrela a série de 10 episódios, que trará a história de Jean Holloway, uma psicóloga que se desenvolve relações com pessoas importantes das vidas de seus pacientes. O ator Billy Crudup viverá o marido de Jean. 

Coisa boa vindo por aí!

Confira as imagens:





Sense 8


Recomendo ler essa crítica ao som da música What’s UP da banda 4 Non Blondes.
Sense 8 é uma série diferente de tudo que você já viu. Imagine oito pessoas de diferentes lugares do mundo, se conectando mentalmente e se ajudando? Pessoas com personalidades adversas, estilos de vidas que em nada combinam, mas uma interferindo na vida da outra, mesmo sem saber como e o motivo.
A princípio, eu não me interessei pela série. Achei que era mais uma, com muita cena de sexo, por isso que as pessoas estavam surtando com ela. Mas duas pessoas estavam decididas a me convencer de que não era esse o motivo, que a série era boa mesmo e que eu iria gostar.
O primeiro passo foi colocar a cena do 4º episódio, batizado com o nome de “What’s Going On”. Qual é a cena? Lembra daquela música de “4 Non Blondes”? “I said, hey! What’s going on?” Pois é; essa é a música da cena. Os oito personagens, inteiramente conectados, cantando juntos essa música. Não sei quantas vezes eu assisti a essa cena, repetidas vezes. Mas ainda não estava 100% convencida.
O segundo passo foi receber um vídeo de Jout Jout, falando sobre a série. Êxito obtido com sucesso. Depois desse vídeo, acessei minha conta do Netflix e devorei a série.
Como essas oito pessoas se conectam? Após a visão da morte de uma mulher chamada Angelica (Daryl Hannah), que eles não conhecem, aos poucos, os sensates vão descobrindo que seus pensamentos podem ter interferências de outras pessoas. Além dos pensamentos, o ambiente. De vez em quando, eles se pegam (como se tivessem se teletransportado) em lugares aonde nunca estiveram, como por exemplo África, Coreia, EUA e outros. Além dos pensamentos e ambiente, de repente, eles se veem falando outras línguas; línguas que nunca estudaram ou se interessaram anteriormente.
É tudo muito surreal, mas há uma mágica que a gente se surpreende querendo viver aquela situação toda.
Enquanto eles vão se descobrindo, descobrindo o motivo de passarem por tudo isso e como aquilo é possível, um homem chamado “Jonas” (Naveen Andrews) aparece para ajuda-los. Como nada é perfeito, paralelo a isso, “Whispers” (Terrence Mann) caça os oito sensates com o objetivo matar ou neutralizar o grupo.
São 12 episódios em que conhecemos cada um dos personagens e nos apaixonamos por eles. Queremos todos no nosso dia a dia. Os personagens secundários também são cativantes e torcemos para que tudo dê certo.
A série das irmãs The Wachowskis (as diretoras da trilogia de sucesso mundial Matrix) e J. Michael Straczynski é um sucesso mundial. Produzida e lançada pela NetflixSense 8 tem sua segunda temporada garantida. Um episódio especial será lançado em dezembro deste ano e os demais episódios chegarão no início de 2017. Não faria mal nenhum aos fãs, uma antecipação. Mas aguardamos pacientemente, cantando o hino da série e procurando teorias para ajudar na aceitação da amarga espera.
Se meus argumentos não te convenceram 100%, vou fazer o que fizeram comigo; assista a cena do hino:

Ficou ainda nos 99% de convencimento? Jout Jout vai te ajudar a chegar no 100%!


O conteúdo, a princípio, é confuso, mas quando tudo vai fazendo sentido (ou não) tenha cuidado: é altamente viciante.
Obrigada a Bruna Madeira e Lazzáro Fernandes pela árdua batalha de me convencer a assistir Sense 8. Ponto da vida para vocês.
Série norte-americana: Sense 8
Todos os episódios disponíveis: Netflix
Criador: Lana Wachowski, Lilly Wachowski e J. Michael Straczynski
Gênero: Ficção científica, drama
Produção: Netflix
Publicado originalmente: http://femininoealem.com.br/22694/sense-8-a-serie-que-te-fazer-querer-ser-um-sensate/