O Vendedor de Sonhos
Nunca li um livro de Augusto
Cury, mas sempre ouvir falar muito bem. Tinha curiosidade, mas achava que não
fazia meu estilo. Gostava de frases que lia pela internet, mas, mesmo assim,
nunca quis pegar um livro para ler. Se ganhasse, tudo bem. Mas não aconteceu.
O que aconteceu é que fui ao
cinema assistir a um filme baseado na sua obra. E o filme é muito bom! A
mensagem é maravilhosa. O tipo de filme que a gente assiste e sai com a
sensação de que precisa mudar o rumo da vida.
Após tentar se suicidar, “Júlio
César”, um psicólogo renomado, segue o mendigo que o impediu de tirar a própria
vida, tornando-se amigos. Chamado de “Mestre”, esse mendigo mostra ao psicólogo
que a vida é muito mais do que ele tem ou do que ele perdeu. Essa jornada de
descoberta sobre as possibilidades que se pode ter todos os dias, é a história
do filme. Paralelo a isso, tem a história do “Mestre”, que vai sendo revelada
aos poucos e, apesar de ser facilmente entendida e comum, tem um desfecho
inesperado. É triste ver como as pessoas ficam doentes por problemas que são
criados por uma vida apressada, onde valorizamos as coisas e deixamos as
pessoas que amamos em segundo plano.
Emocionante em diversos momentos,
principalmente nos momentos em que há identificação de quem assiste com os
personagens do filme, e com muita frase de efeito e muita lição, “O Vendedor de
Sonhos” tem as boas atuações de Dan Stulbach (Júlio César) e César Troncoso
(Mestre). O elenco também conta com os nomes de Thiago Mendonça, Leonardo
Medeiros e Mallu Valle. A direção de Jayme Monjardim tem seus erros
consideráveis, mas que não interferem diretamente na história.
Não posso dizer que o longa é
fiel ao livro, mas li que, pelo menos, o final foi modificado. Entretanto, o
livro com esse novo final foi publicado pela Editora Planeta. A capa é o cartaz
do filme. Mais cinco filmes baseados nas obras de Cury estão por vir. Agora
fiquei mais curiosa para saber o final “original”.
“O Vendedor de Sonhos” não é um
filme com uma história nova, com problematização inédita e com atuações surpreendentes.
Mas é bom para darmos uma parada e pensar em tudo que está fora da ordem e como
arrumar. Certamente, muitos não terão paciência, já que é passada a sensação de
“filme de autoajuda”. Mesmo assim, eu recomendo. Não é o estilo que as pessoas
vão assistir muitas vezes, então vale a pena vê-lo na telona, porque além da
história em si, há uma paisagem urbana belíssima.
O longa estreia dia 08/12.