Liga da Justiça
O filme de herói mais esperado de
2017, finalmente, invadiu as telas, reunindo grandes nomes da DC Comics. Se a
expectativa estava alta, ela foi alcançada e a “Liga da Justiça”, talvez, se torne
a nova menina dos olhos da Warner, assim como foi com “Mulher-Maravilha", outro grande filme de herói do ano.
É inevitável dizer que nesse novo
filme, aquela áurea sombria que Snyder iniciou em “O Homem de Aço”, manteve em “Batman
Vs Superman”, foi posta de lado. Agora é a chance de agradar o grande público,
que tanto criticava a seriedade dos filmes da DC, muitas vezes comparando-os aos
da Marvel, já que esses mantêm sempre o tom humorado de suas produções de super-heróis.
Não é de se espantar que, após tantas críticas, a DC tenha tentado se adaptar
ao paladar exigente do público. Apesar de, particularmente, gostar do toque
sombrio, essa busca por leveza que “Liga da Justiça” assumiu, deixou o filme
mais divertido.
Não há nada para quebrar a cabeça,
a trama não é complexa; na verdade, é muito simples. Sem grandes questões humanas,
como foram levantadas em “Batman Vs Superman”, o novo filme da Warner é simplesmente
a reunião de seus heróis para salvar a humanidade, após os eventos
catastróficos anteriores. Além dos já conhecidos Mulher-Maravilha e Batman, o
time conta com três novos integrantes: Aquaman, Cyborg e Flash, esse último,
responsável por quase todo o alívio cômico das quase duas horas do longa.
Somado a tudo isso, tem a volta do Superman. E vos digo que a cena do retorno é
muito boa! Isso não me parece spoiler, já que é sabida essa volta. Contudo, não
entrarei em detalhes para não estragar a experiência. Vamos em frente!
O vilão feito em CGI não é um dos
grandes atrativos, mas dá para encarar ele e levar o filme na tranquilidade. Lobo
da Estepe está em busca das Caixas Maternas para destruir o planeta e para
conseguir alcançar seu objetivo, ele conta com exército de parademônios, uns
insetos alienígenas alimentados pelo medo. Bizarros todos eles.
A química entre os personagens é
boa. O Batman de Ben Affleck continua com a atmosfera dark, mas solta algumas
piadinhas. Consegue até exibir um sorrisinho! Marcante. Cyborg é o herói menos simpático, mas dá para relevar a meia antipatia dele por conta de sua
história. O roteiro também não tenta fazer dele um comediante, até mesmo porque
não caberia. Vai ser difícil ganhar a simpatia de quem está assistindo, mas ele
tem tudo para evoluir nos próximos filmes. O Flash de Ezra Miller é
incrivelmente carismático. Confesso que mesmo sabendo que não aconteceria, quis
muito que Grant Gustin, Flash da série, fosse levado para o filme. Mas Ezra
conseguiu me fez esquecer Gustin. Jason Momoa faz seu herói marinho ser maior do que é. Extremamente
divertido, Aquaman tem tudo para se tornar o novo queridinho. Quem
continua a reinar no Universo Estendido da DC é Gal Gadot com sua
Mulher-Maravilha. Desde que fez uma pontinha em “Batman Vs Superman”, a amazona
ganhou seus fãs e só conseguiu aumentar o número deles com seu filme solo.
No entanto, a grande surpresa do
filme é o Superman de Henry Cavill. O herói está mais carismático do que nunca
e preparado para assumir o seu papel de esperança da humanidade. Henry consegue
transmitir tudo através de sua fala e do seu olhar, que de feroz, como foi nos
longas anteriores, ganhou uma doçura. É o Superman que a gente pediu!
Em resumo, o filme de Zack Snyder,
Chris Terrio e Joss Whedon, restabelece a DC no cinema e ganha o respeito do
público, que andava desapontado. O ritmo acelerado não deixa
ninguém ficar sossegado e entre um erro aqui e uma confusão ali, é um belo
início para a reunião desses super-heróis. “Liga da Justiça” entrega o que
prometeu e deixa a promessa de muito mais. A DC, mais uma vez, fez bonito!
Para quem ainda não sabe, tem
duas cenas pós créditos. A primeira é para rir. E a segunda, traz uma
degustação do que teremos em seguida.
No início do longa, tem uma homenagem linda e sútil a David Bowie e Prince. Prestem atenção, porque vale a pena ver.
No início do longa, tem uma homenagem linda e sútil a David Bowie e Prince. Prestem atenção, porque vale a pena ver.
Vale o ingresso, o combo para
pegar os brindes relacionados aos heróis, vale pelo Henry Cavill sem camisa e
pela Gal Gadot, que só faz aumentar o meu amor pela Mulher-Maravilha. Como fã
da DC, não diga “é por isso”, porque eu também sou fã da Marvel, estou
satisfeitíssima com o resultado e ansiosa pelos próximos capítulos. Inclusive,
já quero assistir de novo.