Beleza Oculta


Beleza Oculta

É o tipo de filme piegas. A maioria vai odiar, porque é mais fácil odiar o que todo mundo odeia do que procurar as coisas boas. Acontece com a maioria dos filmes de Will Smith, já me pergunto se ele está na mesma escala de ódio que Ben Affleck ou se o nosso atual Bruce Wayne ainda é, disparado, o número da lista.

Eu achei “Beleza Oculta” muito bom. Porque se formos parar para analisar, é um filme que pode falar da vida de qualquer um. E eu gosto disso! Como já disse em outras resenhas, eu adoro me identificar com algo no filme. É claro que quando nesse tal filme tem uns atores que sou fã, minha predisposição é maior ainda.

Howard, personagem de Will Smith, é um homem bem sucedido que após a morte da filha de seis anos, passa a escrever cartas para a “Morte”, o “Amor” e o “Tempo”. Ler isso soa ridículo e talvez seja mesmo, mas quantas pessoas não gostariam de fazer o mesmo? Melhor ainda: quantas pessoas gostariam de fazer o mesmo e obter uma resposta?

Howard consegue um “encontro” com suas três desavenças. A Morte vem em forma de Helen Mirren (que pode fazer o papel do que quiser e sempre dará um banho de interpretação): filosófica, insistente e dispensável. O Tempo vem em forma de Jacob Latimore: jovem e inconsequente. O Amor vem em forma de Keira Knightley: linda, triste, alegre e gentil.

Enquanto isso, Whit (Edward Norton), Claire (Kate Winslet) e Simon (Michael Peña) lutam para que a empresa onde trabalham, que é de Howard, amigo deles, não perca todos os clientes. Além disso, eles tentam ajudar o amigo a sair da depressão.

Não posso negar que os diálogos parecem ter sido feitos para dar efeito e o filme para fazer chorar, mas a questão é que funciona. Talvez, algumas das respostas clichês da trindade seja resposta para mais pessoas. Em uma época em que o ser humano anda tão sem tempo, sem amor ao próximo e cada vez mais perto do “fim”, parar para refletir um pouco sobre essas três “divindades”, mesmo que seja em forma de filme, é válido.

Pode ser que não se leve nada para a vida pessoal, mas pode ser que alguns questionem algumas coisas internas. Eu pensei: para “quem” eu escreveria cartas? E pensei quais seriam as respostas. Será que eu consigo enxergar a Beleza Oculta?

Um bom filme para ser assistido e refletido.

“Beleza Oculta” estreia hoje, 26/01. 

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