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Pica-Pau - O Filme


Pica-Pau: O Filme

Um dos passarinhos mais danados e queridos do público, chega aos cinemas em live-action, com atores reais, para uma aventura na floresta onde vive. Pica-Pau precisará lidar com um casal, que quer colocar em prática um projeto para construir uma casa próxima ao lugar aonde ele vive, e que pode causar sérios danos ao ambiente. Além deles, tem uma dupla de caçadores, que quer pegar Pica-Pau de qualquer jeito para vende-lo no mercado negro e arrecadar milhões, já que o bichinho é raro e está em extinção.

Com roteiro de William Robertson e Alex Zamm, esse último é, também, o diretor do longa, “Pica-Pau: O Filme” tem aventura e momentos engraçados, principalmente quando ele apronta suas travessuras, mas não se compara ao desenho que conquistou tantos fãs aqui no Brasil. A sensação é de que é uma narrativa voltada exclusivamente para os pequenos. Não dá para matar a saudade do personagem, mas dá para inseri-lo no universo das crianças que, infelizmente, não tiveram a sorte de pegar o bom e velho Pica-Pau.

A interação dele com Tommy (Graham Verchere), filho do homem que quer construir a tal da casa, Lance Walters (Timothy Omundson), é divertida, mas os melhores momentos são quando ele apronta com o casal. A mulher, por sinal, é a “atriz” brasileira Thaila Ayala, que “interpreta” uma personagem bem chata. Até que o papel lhe coube bem, sendo que a sua participação não é duradoura. Inclusive, li que ela foi escalada para o filme porque Pica-Pau tem grande popularidade no Brasil. Será que houve alguma pesquisa para saber quem o povo brasileiro indicaria?

Pica-Pau diverte, apesar de extremamente bobo, mas não faz jus ao personagem, que merecia muito mais. A criançada irá se divertir, porque tem aquele humor que elas gostam de coisas caindo na cabeça, atrapalhadas e afins. Uma pena, porque o personagem tinha tudo para ser revivido com maestria e ficar no mesmo nível dos filmes dos outros estúdios. Talvez, numa próxima.

“Pica-Pau: O Filme” estreia hoje, dia 05 de outubro e vale a pena só para levar os pequenos. Não é o tipo de desenho que um adulto vai gostar de ir assistir sem um propósito.

Divórcio


Divórcio

Depois de uma leva de filmes excelentes (Como Nossos Pais, O Filme da Minha Vida, Bingo), o cinema nacional volta para sua zona de conforto e faz mais uma comédia. Não que isso seja ruim, não é. O cinema nacional é tão grandioso e competente, que pode voltar para suas comédias bobas e conseguir entreter o público.

Em “Divórcio” acompanhamos o casal Noeli (Camila Morgado) e Júlio (Murilo Benício). Como uma linda história de amor cinematográfica, eles ficam juntos de uma maneira extremamente romântica, crescem comercialmente juntos com o molho de tomate JUNO (união dos nomes), têm duas filhas e alcançam a estabilidade financeira que qualquer casal almeja. Mas nem tudo é perfeito e pequenos detalhes que no início do relacionamento são fofos ou relevantes, com a convivência se tornam insuportáveis. A partir daí, como o título diz, vem o divórcio. Noeli e Júlio travam uma guerra. Ele acha que ela gasta demais e não quer pagar tudo o que ela pede de pensão, ela acha que merece uma pensão digna para manter seu estilo de vida caro com roupas e sapatos caríssimos. Ambos contratam advogados TOP para alcançar o objetivo.

O filme começa com bastante gás, mas perde um pouco do ritmo do meio para o fim. As piadas são conhecidas e as falas são previsíveis. No entanto, algumas situações inusitadas conseguem arrancar risadas de quem está assistindo. As cenas de ação são muito boas, principalmente as de Júlio no carro pela estrada. O final, apesar de ser extremamente deduzível, não deixa o roteiro na mão e dá um bom desfecho para o longa.

O filme do diretor Pedro Amorim (Mato Sem Cachorro) não traz nenhuma surpresa, mas também não cria nenhuma expectativa em seu trailer / sinopse. Tem uma bela fotografia e o hino “Evidências” interpretado por Paula Fernandes em sua trilha.  Diverte o público, além de levar para as telonas as atuações maravilhosas da sempre fantástica Camila Morgado e de Murilo Benício, que parece se encaixar sempre muito bem no papel de homem besta. Detalhe para a risada dele, que mesmo sendo ridícula, me fez rir o tempo todo. Ponto alto: Paulinho Serra, que faz participação especial e está maravilhoso. O sotaque estereotipado do povo de Ribeirão Preto deve ser levado como hipérbole. Ninguém precisa se irritar! (Sou baiana e posso falar com conhecimento de causa sobre esse assunto.)

“Divórcio” estreia amanhã, 21 de setembro. É uma comédia para todas as idades que promete divertir o público, nada além disso. Vale a pena o combo da pipoca, o ingresso e a risada boba, principalmente se você assistir “Mãe!” primeiro e precisar espairecer depois.

Atômica


Atômica

Esperei ansiosamente para assistir a esse filme, desde que vi o seu cartaz: Charlize Theron e muito neon. Nem sabia do que se tratava, mas sentia que vinha coisa boa por aí. Evito assistir trailers, por causa de spoilers, já que alguns entregam o filme todo. Mas quando o diabo atenta, a gente não consegue se esquivar: assisti ao trailer e tive certeza de que correria para assistir “Atômica”. Enfim, o dia chegou!

Lorraine Broughton (Charlize Theron) é uma agente do MI6 (serviço secreto britânico) extremamente inteligente, ágil, esperta e boa de briga. Ela é enviada para uma missão na Alemanha, durante a Guerra Fria, pouco antes da queda do Muro de Berlin para investigar o assassinato de um oficial e recuperar uma lista, que tem informações de diversos espiões.  Para conseguir conduzir sua missão, Lorraine contará com a ajuda de David Percival (James McAvoy), um agente infiltrado.

A partir daí, o filme de David Leitch com roteiro de Kurt Johnstad (300), tem muita porrada, sangue, olho roxo, reviravolta, detalhes importantes, sensualidade e um humor irônico impecável. Baseado nos quadrinhos de Antony Johnston e Sam Hart, “The Coldest City”, será lançado aqui no Brasil, numa edição incrível, pela editora Darkside, no dia 6 de setembro (já está em pré-venda), o filme é uma obra que deixa outros filmes famosos de agentes para trás. A personagem de Charlize Theron tem uma energia, que só estamos acostumados a ver nos cinemas em personagens masculinos. Talvez, por ser do mesmo diretor (co-diretor em John Wick), Lorraine se assemelhe tanto a John Wick. E David não descarta um crossover desses dois personagens. Até então, o que impede, é que ambos vivem em épocas diferentes e os estúdios dos filmes. Química, já sabemos que Charlize e Keanu têm.

Para quem não sabe, David Leitch já trabalhou como dublê. Ninguém melhor do que um dublê para conduzir com perfeição cenas de ação e coreografias violentas. Charlize contou com a ajuda de especialistas em treinamento e combate, além de Keanu Reeves, que treinou junto com a atriz para “John Wick” e vários meses de exercício. Ela se empenhou tanto nas cenas, que teve dois dentes quebrados. Por essa adrenalina toda, “Deadpol 2” está nas mãos de David.

Destaque também para Sofia Boutella, que vem crescendo nas telonas. Além de ser uma atriz maravilhosa, inquestionavelmente a melhor coisa de “A Múmia”, Sofia consegue conquistar facilmente o público com sua Delphine Lasalle, uma “perseguidora” de Lorraine. Mas, se nem a própria Lorraine resistiu, quem somos nós, pobres mortais para fazê-lo? As duas criam uma atmosfera para lá de sensual, deixando qualquer marmanjo de queixo caído.

Com uma fotografia retrô, neon e uma trilha recheada de músicas dos anos 80, “Atômica” chega aos cinemas hoje, 31 de agosto, para mostrar que mesmo no fim, o mês mais longo, pode nos trazer surpresas maravilhosas e ser encerrado com chave de ouro. Vale o ingresso, o combo da pipoca e os não beijos na companhia, porque não é para perder nenhum lance.

Dominação


Dominação

O primeiro filme de terror que chega às telonas, em 2017. Poderia ser melhor, mas é um bom filme. Não cumpre sua função em ser do gênero “terror”, mas cumpre a função em ser um entretenimento com uma boa história, inclusive, diferente do que estamos acostumados ao assistir em filme de exorcismos.

Quando Cameron, um garoto de nove anos, é possuído por um demônio, o único que pode ajuda-lo é Dr. Ember, um exorcista que trabalha através do inconsciente do possuído, mostrando como o paciente pode voltar a dominar o seu corpo.

“Dominação” lembra muito (muito mesmo) “A Origem”, só que com um tema mais assombroso. Tem um toque de “Avatar” e, é claro, um pouco de “O Exorcista”, esse último, talvez, o que lembre menos; a associação só se dá mais, por causa do tema.

Brad Peyton dirigiu um bom filme, mas pecou na hora de inovar as cenas. Ele tinha uma história incrível nas mãos, mas fez, apenas, mais do mesmo. O que não significa que não ficou bom, é um bom filme, com seus furos e repetições. Mas é um filme que tinha a faca e o queijo nas mãos para revolucionar o terror/suspense nos cinemas.

O elenco é muito bom. Aaron Eckhart não decepciona, como sempre. Como o garoto possuído, David Mazouz (Bruce Wayne de Gotham) mostra, mais uma vez, que tem futuro como ator. Divertido ver o Duas Caras salvando o Batman de uma possessão. Brincadeiras à parte, “Dominação” chega aos cinemas hoje, 05/01 e merece um pouco de atenção por sua tentativa em inovar e por conseguir trazer algo novo. 

Passageiros


Passageiros

Uma viagem, só de ida, para colonizar um outro planeta. O planejado é dormir não sei quantos anos, mas você acorda noventa anos antes do planejado. O que fazer? Você é o único cercado pela escuridão do céu, tendo apenas a companhia de um androide barman e os computadores falantes. Você vai morrer sem qualquer contato humano. Então, você descobre como acordar outra pessoa. Uma pessoa que vai acordar no tempo certo, que não precisa passar pelo mesmo sofrimento que você. Que dilema!

Como o trailer já deixo bem claro, não vou considerar spoiler. Apesar de James Preston (Chris Pratt) vivenciar o dilema de acordar ou não a garota, ele decide pelo pior e acorda Aurora Lane (Jennifer Lawrence) para que os seus dias não sejam mais solitários. Uma história de amor tensa, que começa de uma forma completamente errada e que pode revoltar qualquer pessoa que tenha bom senso.

O início do filme, quando James vai descobrir a nave, procurar passar o tempo, é divertido e importante para termos ideia da situação dele naquele espaço grande, porém limitado. É angustiante e sufocante, porque todas as possibilidades que ele acha que podem ajudá-lo, são esperança para quem está assistindo, também. E cada vez que uma situação dá errado, é difícil não se colocar no lugar dele. Então, há um questionamento interno, aquele que está em diversos filmes e situações da vida: “e se fosse comigo?”

Então, quando Aurora desperta do seu sono, parece que a situação fica mais leve; mas não fica! É mais sufocante, porque é mais uma pessoa privada de chegar no seu destino final. E a forma canalha de como ela chega até aquela situação, sem saber, é mais revoltante ainda. Ele sabe muito; ela não sabe nada.

As atuações são ótimas, como já era de esperar. Chris e Jennifer têm uma química inquestionável. A participação de Michael Sheen só faz ratificar a fantástica escolha dos atores.

O roteiro é muito bom. A história é perturbadora por várias questões, mas, de certa forma, conseguimos ter um olhar mais amoroso, quando tantos outros questionamentos são apresentados. Além disso, é algo diferente. Apesar de parecer ser uma história de amor comum, “Passageiros” vai além, por fazer, o público que está acostumado a ter tudo “de bandeja”, pensar em diversos temas.

Bela estreia para o cinema de 2017.

“Passageiros” chega aos cinemas hoje, 05/01. 

Invasão Zumbi


Invasão Zumbi

Depois de “A Bruxa de Blair”, achei que 2016 não ia ter nada digno no gênero terror. No entanto, gostei de “A Maldição da Floresta”, “Ouija” e, até mesmo, de “Dominação”. Mesmo assim, ainda não tinha achado um terror para me deixar, verdadeiramente, sem ar. Ao assistir “Invasão Zumbi”, minha opinião mudou totalmente.

O filme coreano é um filme sobre os famosos zumbis, que não traz nada de novo, mas que tem um ritmo sufocante. Não foge dos clichês, no entanto, tem uma história que faz com que você se pergunte como os personagens vão sair dali. Depois de um certo ponto, você já aceita que eles não vão sair. E falta o ar, mais uma vez.

Tudo começa quando a filha de um empresário pede para que seu pai a leve para passar o aniversário com sua mãe. Ao embarcarem no expresso, que vai de Seul para Busan, o terror é iniciado sem demora, já que antes do trem começar a viagem, uma mulher contaminada e um homem suspeito entram despercebidos.

Para quem assiste “The Walking Dead” ou assistiu ao fantástico “Guerra Mundial Z”, o filme está no mesmo patamar de qualidade. Apesar dos zumbis correrem muito, o que me incomoda um pouco, já que estou acostumada com a lentidão dos mortos-vivos, “Invasão Zumbi” surpreende por ter uma história com drama, algumas vezes engraçada, mas que não deixa, em nenhum momento, de ser aterrorizante. E não é um terror qualquer, é muito mais psicológico.

Sem saber o que está acontecendo no país, sem notícias do mundo “além trem”, as pessoas que estão ali dentro, precisam enfrentar o desconhecido que vai para cima deles, sem piedade. E mesmo conseguindo sobreviver uma hora aqui e outra lá, precisam lidar, também, com a transformação dos amigos e parentes que estão naquela viagem. Como se isso não fosse tenso o bastante, é claro, há o fator ‘ser humano’. O ser humano que quer se salvar acima de tudo e prejudica o outro, sem pensar nas consequências.

Grande destaque para a pequena atriz, que interpreta “Soo-ahn”. Ao lado de tantos adultos, a garotinha é quem mais emociona e passa verdade para o espectador. Merecia um Oscar por sua interpretação tão intensa e bonita.

“Invasão Zumbi” chega hoje, 29/12, aos cinemas e pode ser a sua melhor chance de fechar 2016 com um excelente filme de terror. 

Minha Mãe é Uma Peça 2


Minha Mãe é Uma Peça 2

Eu não sei qual é o problema de Paulo Gustavo: mas ele é um dos melhores comediantes que o Brasil tem, atualmente. Tudo que o cara faz dá certo. O que talvez não seja exatamente um problema; mas um acerto de sua incrível capacidade de fazer humor.

Quem já assistiu suas peças sabe disso. As risadas são garantidas do início ao fim. No primeiro filme da mãe/dona de casa que mais grita no Brasil, a querida “Dona Hermínia”, personagem inspirada na mãe do comediante, Paulo Gustavo conseguiu conquistar um público maior ainda. O sucesso foi tanto, que resolveram investir num segundo filme.

O problema é que quando o cinema nacional pega o gancho de um sucesso, acaba errando feio do segundo em diante (quando tem a ousadia de fazer o terceiro). Mas não foi isso o que aconteceu com “Minha Mãe é Uma Peça 2”. A volta de “Dona Hermínia” não decepciona. Suas frases engraçadas, seu tom de voz elevado, seus dramas e, principalmente, seu amor pelos seus filhos, repetem o sucesso do primeiro longa.

Com Marcelina querendo ir para outra cidade, Juliano desempregado e bissexual, um programa de TV e duas irmãs malucas, Hermínia dá conta disso tudo jantando calmantes e divertindo o espectador.

Não dá para esperar uma trama completamente nova, mas o filme se propõe a divertir e cumpre sua função perfeitamente bem, do início ao fim. Além das risadas garantidas, há cenas para emocionar. Essas cenas, eu não gostei muito. Apesar de inseridas no contexto família, acho que as comédias não precisam ter um toque “emocionante fatal” para não perderem o foco (isso não acontece, por isso, pode-se até perdoar o choro forçado).

O filme do diretor César Rodrigues tem a fórmula de sucesso já esperada e não decepciona. Somos fãs de Dona Hermínia e já queremos, quem sabe, um terceiro filme dessa mãe histérica, que tem um pouco de cada mãe que conhecemos; afinal, são os filhos que as enlouquecem. Será mesmo?

Além de Paulo Gustavo, Mariana Xavier e Rodrigo Pandolfo, “Minha Mãe é Uma Peça 2” conta com as presenças de Samantha Schmutz, Herson Capri, Alexandra Richter e Patrícia Travassos.

Comédia brasileira de qualidade!

Etreia hoje, 22 de dezembro, em diversas salas do país. Confira! 



Capitão Fantástico


Capitão Fantástico

Um pai e seus seis filhos levam uma vida totalmente atípica: longe da civilização, Ben (Viggo Mortensen) educada suas crianças do jeito que acha que eles precisam, do jeito que ele acredita ser correto. Essa família vive em uma floresta, mas acaba precisando ir para a cidade, resolver um problema, e todo o modo de vida acaba por ser revisto.

Com muitas críticas ao modelo exemplar de família, capitalismo e religião, a família de Ben ganha o público sem muito esforço, despertando, inclusive, a curiosidade e vontade de passar por tal experiência. Além da reflexão se o modelo de vida que levamos é o bastante ou precisamos de mais. (Ou menos, se analisarmos somente pelo lado do filme.) A simplicidade é quase sempre cativante, principalmente quando mostrada sob uma ótica tão competente. De qualquer forma, mesmo ganhando a admiração de quem assiste, esse modo de vida alternativa tem também suas falhas, o que acaba por gerar cenas fantásticas.

De um modo geral, as cenas são extremamente inteligentes, não precisam de muito artifício para serem eficientes, apenas um bom diálogo, fabulosas atuações e uma paisagem compõem o filme. A fotografia é linda do início ao fim. A trilha sonora: única! A cena em que eles cantam Sweet Child O’Mine, clássico dos Guns N’ Roses, me fez derrubar um exército de lágrimas e sorrir junto. É de arrepiar!

A direção e roteiro do estreante Matt Ross, leva para o grande público um filme simples, engraçado, emocionante, que tem uma história totalmente cativante. Diferente de tudo que já foi visto, “Capitão Fantástico” arrancou aplausos no Festival de Cannes e de Sundance. As atuações, não posso deixar de ratificar: são impecáveis. Viggo Mortensen me surpreendeu, porque eu já sabia o quão bom ele era, mas não sabia que ele poderia ser melhor ainda; e ele foi. As seis crianças são extraordinárias. Além disso, há participação de Frank Langella, como avô das crianças, que discorda totalmente do modo de vida do seu genro e netos.

É um filme para ser visto, sentido e refletido. Um filme que você deve ter em casa e assistir, de vez em quando, para resgatar valores que vão se perdendo em meio ao caos do dia a dia problemático em que vivemos. Um filme que desperta a vontade de largar tudo e procurar um cuidado melhor com a sua vida, seja em relação a saúde ou ao ambiente que nos cerca.

Procurei não falar muito sobre a história do filme para que, assim como eu, você se surpreenda com tudo e tenha a mesma sensação incrível que eu tive: sem dúvidas, um dos melhores filmes que já vi vida, um dos melhores de 2016.

Se eu pudesse recomendar apenas um filme de 2016, “Capitão Fantástico” seria, sem dúvidas, o escolhido.

Estreia hoje, 22 de dezembro de 2016 e vale: o balde de pipoca, o refrigerante, o doce, o ingresso e a ida ao cinema. IMPERDÍVEL!





A Última Ressaca do Ano


A Última Ressaca do Ano
(Office Christmas Party)

A empresa de tecnologia de “Clay” precisa de uma festa inesquecível para que sua irmã “Carol”, CEO da empresa, não feche as portas e todos sejam demitidos. Com ajuda de “Josh”, seu amigo e colega de trabalho, “Clay” corre contra o tempo para fazer a melhor festa de Natal que sua empresa já teve.

“A Última Ressaca do Ano” é o tipo de filme que eu espero todo fim de ano. É aquela comédia que traz um problema de fim de ano e que deverá ser resolvido a qualquer custo pelos seus personagens.

É um bom filme, com risada fácil. Muita ação sem noção para fazer o público rir, mas que dá para relevar, porque convence. E se houvesse alguma lógica naquela situação toda, o filme seria, além de repetitivo, sem graça alguma. Com diversos pequenos problemas criados no início, o desenvolvimento vai resolvendo cada um deles, sem deixar passar nada.

Com atores não tão famosos, as atuações são boas. Jason Bateman já é presença garantida nesse tipo de filme. Apesar de parecer ser sempre o mesmo personagem, ele tem um carisma que convence a quem está assistindo. Jennifer Aniston aparece pouco e sua personagem é bastante problemática, mas sua participação vale a pena. A atriz nunca erra. Um destaque, para mim, é a atriz Kate McKinnon. A personagem dela é, talvez, uma das mais sem noção e consegue se meter em situações opostas ao que se espera dela, arrancando boas risadas de quem está assistindo.

O filme de Will Speck e Josh Gordon não é o tipo de filme que pode-se dizer “memorável”, mas que cumpre seu papel de comédia de fim de ano. É bom e vale a pena de ser assistido por quem gosta do gênero.

“A Última Ressaca do Ano” estreia hoje, 08/12.



Anjos da Noite - Guerras de Sangue


Anjos da Noite – Guerras de Sangue
(Underworld - Blood Wars)

A sexy “Selene” (Kate Beckinsale) está de volta aos cinemas. A vampira, inimiga da facção dos vampiros e do clã dos lobisomens, está em fuga para se proteger e proteger sua filha com “Michael”. Dessa vez, ela conta com a ajuda de “David” (Theo James).

Assim como os outros, o filme tem a tonalidade escura, com muita violência e sangue. Empolga por suas sequências de lutas. Para quem não assistiu aos quatro anteriores, a sensação de se sentir deslocado, tenho certeza, estará lá, apesar de no início ter uma breve explicação de como tudo chegou naquele momento. Há também flashbacks que tentam ajudar, mas servem para deixar as pessoas um pouco mais confusas.

Entretanto, o quinto filme da franquia soa como todos os outros. Não há muito o que ser esperado. “Anjos da Noite – Guerras de Sangue” é uma junção dos melhores momentos dos outros filmes, reformulado para uma “nova” história. Não há terror ou um enredo convincente, só fuga e porrada.

Para quem assistiu aos anteriores, vale a pena passar por mais um capítulo da história de “Selene”. Afinal, mesmo com tanta cara fechada, ela consegue conquistar o público e ter a torcida do mesmo. As armas fantásticas, também, são sempre bem vindas. Para quem quer uma boa história de vampiros e lobisomens, recomendo que assista aos outros anteriormente ou esse filme, solto, não vai te dizer nada.

Li que há planos para um sexto filme. Espero que os produtores saibam a hora de terminar, antes de tornar a personagem principal em uma heroína chata, que não faz nada além de ser perseguida a vida toda. Existem muitas possibilidades de encerrar a vida de “Selene”, nos cinemas, sem que o público passe a odiar a franquia inteira. Em algum momento, a tão amada roupa de couro de Kate não vai conseguir salvar a protagonista.

“Anjos da Noite – Guerras de Sangue” estreia hoje.  

A Chegada


A Chegada

Um dos melhores filmes do ano chega aos cinemas hoje, quinta-feira (24/11).

Doze naves surgem em doze pontos distintos pela Terra. Os seres humanos logo sentem medo e começam a reagir àquela suposta ameaça. Eles precisam saber com urgência o que aqueles seres querem. A tarefa cabe aos governos; enquanto isso, a população enlouquece em surtos de violência e medo. O governo dos EUA, conta com a ajuda da linguista “Louise Banks” (Amy Adams em das suas melhores atuações) e do cientista “Ian Donnelly” (Jeremy Renner). Porém, os grandes males da raça humana são os seus maiores vilões no filme do brilhante diretor Denis Villeneuve: falta de clareza na comunicação, prepotência e medo do desconhecido.

A personagem de Amy avisa que precisará de algum tempo para conseguir se comunicar com os extraterrestres, iniciando um período de apresentação própria e da língua humana, tentando conhecer a língua deles, também. Enquanto a história se desenvolve, lembranças surgem a todo momento para “Louise”.

Há uma compreensão nítida de que as pessoas não sabem se comunicar. E quando há uma necessidade maior de união entre todos os povos da Terra, um tenta ser melhor do que outro, gerando conflitos desnecessários. É assim que se inicia uma guerra, que como todas outras, é completamente desnecessária. Responder de maneira hostil ao desconhecido ao invés de tentar compreender o que pode ser bom para todos.

Será que a humanidade precisa realmente de uma “visita de fora” para que a comunicação entre os povos faça sentido? Precisa ter uma “ameaça” para que se descubra que o bem maior são os habitantes, de um modo geral, e não o povo de um determinado país?

Para quem acha que é “mais um filme de aliens”, “ficção científica chata”, eu dou uma dica: desconstrua esse pensamento. Esse, talvez, seja o filme mais humano que você vai assistir em sua vida. Os aliens são apenas uma “desculpa” para a história.

Atuações marcantes, fotografia bela, trilha sonora bem elaborada e um roteiro impecável, “A Chegada” é, sem dúvidas, mais um dos grandes nomes da história do cinema. O tipo de filme que você vai assistir e vai ficar na sua cabeça para sempre. Caso não fique, assista de novo, porque você assistiu errado.

Vale o ingresso, a pipoca e as lágrimas.


Animais Fantásticos e Onde Habitam


Animais Fantásticos e Onde Habitam

Um dos filmes mais aguardados do ano finalmente chegou aos cinemas. Com roteiro da maravilhosa J.K. Rowling, “Animais Fantásticos e Onde Habitam” mostra um lado mais maduro do apaixonante mundo de “Harry Potter”.

Eddie Redmayne é “Newt Scamander”, bruxo que chega a Nova Iorque com uma mala cheia de animais estranhos e uma missão. Para conseguir completar o “serviço”, ele passará por diversos tipos de situação. Graças a essas aventuras, o filme tem uma boa dose de ação, o que anima bastante, já que sua duração é um pouco longa.

O carismático personagem de Eddie é agradável, mas consegue ceder com facilidade o seu posto a “Jacob Kowalski”, interpretado por Dan Fogler. “Jacob” é o galã atípico do filme. Tem bom humor, ajuda o personagem principal e ainda leva o coração de uma das mocinhas, além de arrancar risada e a torcida do público.

Katherine Waterson como “Porpentina Goldstein” e Alison Sudol como “Queenie Goldstein” ajudam a deixar a trama ainda mais divertida, já que estão próximas aos rapazes. O elenco em si é muito bom. A escolha de nomes famosos faz com que os espectadores tenham certa familiaridade com os personagens. Ezra Miller, por exemplo, só reforça o seu crescente talento como “Credence”, um rapaz que é tido como estranho e torturado por sua mãe adotiva.

Os tais animais fantásticos também são adoráveis. Extremamente bem feitos e garantem diversão. A vontade é sair do cinema e pegar, por exemplo, “Pelúcio”, um bichinho azul, bem ladrãozinho e apertar de tanta fofura. Se houver “surra” de bonecos, com certeza eu irei atrás. Um encanto!

David Yates, diretor do filme, conhece bem o mundo dos bruxos, já que dirigiu quatro dos oito filmes de Harry Potter. Ou seja: não tinha como errar.

Para os fãs do bruxo mais famoso do mundo, “Animais Fantásticos” será um retorno maravilhoso ao mundo criado por J.K.; para os que não conhecem, é uma boa porta de acesso, já que o spin-off não precisa de conhecimento prévio. A saga será dividida em cinco filmes, o que dá um pouco de medo, já que esse primeiro filme é praticamente redondo, deixando apenas um detalhe para ser resolvido num próximo. Aparentemente, não há necessidade de mais três, entretanto, a mente de J.K. pode ser mais surpreendente do que se imagina.

Além do conteúdo divertido, o longa passa uma mensagem bacana sobre aceitação, mostrando o que pode acontecer caso uma pessoa seja excluída por ser diferente ou dotada de dons que não são entendidos pelos outros ao seu redor. Como é um filme que vai atingir grande parte do público jovem, vale a pena reforçar esse lado, sempre.

Não posso dizer que “Animais Fantásticos e Onde Habitam” é um filme surpreendente; está longe disso. Mas é um filme que dá imenso prazer em assistir por tudo!



Sob Pressão


Sob Pressão

Mais um filme nacional, nesse fim de ano, para dar orgulho. O título já diz, claramente, o que vem pela frente. Ficamos sob efeito de uma tensão sem fim, por diversos motivos.

Júlio Andrade é “dr. Evandro”, chefe de emergência de um hospital público, no Rio de Janeiro. Um lugar que por si só já é um caos, piora quando começa uma guerra, no morro, entre policiais e bandidos e todos vão parar na mesma emergência. Além do militar e do traficante, há uma criança; um menino que é filho de um homem poderoso, dono de um jornal e que pode destruir a imagem do hospital. Todos baleados, correndo risco de perder a vida.

Três pessoas com sérios problemas e o hospital com um centro cirúrgico só! O capitão da polícia quer que seu colega seja atendido logo. Afinal, a preferência com certeza não é do bandido. O pai do garoto grita aos quatro cantos que vai falar mal do hospital. E o bandido... não tem companhia, mas é o que dá para salvar logo.

A situação, que já é ruim o bastante, fica mais sufocante quando é evidenciado o vício químico de “dr. Evandro”, seu tempo sem dormir e uma equipe com membros excelentes e outros nem tanto, deixando escapar detalhes importantes.

O filme de Andrucha Waddington é uma realidade sem floreio, levada ao cinema para dar um soco na boca do estômago de quem vive às cegas, culpando os médicos por mortes e demoras em filas intermináveis. É difícil perceber que com o recurso que lhes são passados, eles trabalham fazendo milagres. Impossível não tomar partido.

De uma competência imensa, o filme é tenso da primeira sirene que ecoa pela sala até a última. Fiquei com a sensação de que poderia ser feito um seriado desse meio, já que o filme consegue ser melhor do que muito seriado médico que tem por aí, cheio de romances e mortes bonitas para fazer o público ir às lágrimas.

Ponto alto para Marjorie Estiano, que a cada trabalho mostra o seu crescimento como atriz. Ícaro Silva como o competente “Dr. Paulo” e Andréa Beltrão como “Ana Lúcia”, administradora do hospital, só reforçam o grande elenco que compõe o longa. A participação do carismático “Samuel”, vivido por Stepan Nercessian, dá um pouco de leveza, em algumas cenas, ao filme.

Uma orquestra regida da melhor maneira possível, com um resultado impecável.

“Sob Pressão” estreia hoje, 17/11.


Pequeno Segredo


Pequeno Segredo

Baseado em fatos reais, “Pequeno Segredo” traz três histórias que se conectam. O filme do diretor David Schurmann, que errou feio anteriormente em “Desaparecidos”, é uma parte da história de sua família, o que talvez tenha o ajudado a realizar um filme tão bonito e emocionante.

O possível representante do Brasil no Oscar, tem uma fotografia impecável e atuações maravilhosas, como das veteranas Júlia Lemmertz (Heloisa Schurmann), Maria Flor (Jeanne) e Fionnula Flanagan (Barbara). As mulheres estão indiscutivelmente fantásticas.

O roteiro, a princípio, pode ser um pouco confuso. Entretanto, quando você o entende, ele flui sem maiores problemas. É um pouco do que estamos acostumados a ver em dramas: amor arrebatador, família, problemas internos etc.

Por ser um drama real, não pude deixar de me envolver, principalmente quando comecei a entender o que aconteceria. Quem conhece a história da família, não terá surpresa, talvez ache o filme até monótono, mas ele é, na verdade, bastante comovente.

O amor entre “Jeanne” e “Robert” é pouco convincente, talvez porque os atores não tenham nenhuma química, apesar da bela atuação, como eu citei anteriormente, de Maria Flor, ou pelo fato de ser mostrado superficialmente; uma base para chegar ao fim, sem aprofundamento.

A personagem sem-noção “Barbara” cumpre bem o seu papel de ser extremamente irritante, mas tem um certo carisma. O tipo de parente que a gente só vê graça, porque é da família dos outros; se fosse da nossa...

A relação entre “Heloisa” e “Kat” e o desenrolar de como elas chegaram nessa relação-parceria de mãe e filha, é tão bonito, que é injusto dizer que “Pequeno Segredo” apela para a emoção. A emoção está ali, simplesmente. Um filme que narra uma história baseada em fatos reais, principalmente, quando dirigido por alguém que esteve no meio dessa narrativa, não tem como não ser aprofundado sem nenhum sentimentalismo. Dura do jeito que já é, essa história precisava sim de um pouco de “floreamento e borboletas”.

O livro de Heloisa Schurmann, “Pequeno Segredo – A Lição de Vida de Kat para a Família Schurmann”, foi adaptado de uma maneira bonita e honesta pelo seu filho, David.

Ponto alto para a estreante Mariana Goulart, que entrega um trabalho maravilhoso! Por ser uma criança passando por momentos tão difíceis e descobertas que muitos adultos não aguentariam, mesmo assim, com uma leveza surpreendente.

A garotinha “Kat” merecia mesmo uma homenagem dessa!

Mais um bom capítulo na história do cinema nacional, “Pequeno Segredo” estreia hoje, dia 10 de novembro.


Inferno


Dan Brown não decepciona. A primeira vez que li um livro dele foi quando “O Código Da Vinci” estourou aqui no Brasil e só se falava em Dan Brown pra lá, Igreja Católica pra cá. Coisa, certamente, dos Illuminatis. Pesquisei sobre e vi que havia um livro com “Robert Langdon” (personagem principal), mas que a história era passada antes de “O Código”. Meu avô me deu meu presente de Natal “in cash” e eu decidi descobri o motivo de tanta polêmica. Como sou filha de virginiana, tinha que ser “na ordem”. Parti para “Anjos e Demônios” e devorei o livro rapidamente. Era muito suspense, muita falta de ar, muitas paradas para olhar para a parede e ficar “meio que tipo assim, sei lá”.

Após essa química sem explicação, corri para as páginas de “O Código da Vinci” e, de novo, passei por uma experiência de amor intenso por um livro. Achei que tinha me apaixonado por Dan Brown e que ele era o melhor autor do mundo. O jeito como ele liga um assunto a outro, como ele detalha as coisas nos livros... você viaja facilmente por todos os cenários. As personagens são bem construídas; é fácil querer conhecer “Robert Langdon”; quem não gostaria de ter um cara tão brilhante como amigo? Ao menos, um autógrafo em um dos seus livros, por favor.

Mas aí, veio o livro “Ponto de Impacto” e eu o peguei emprestado com alguém, que eu não lembro quem é. Só sei que era amigo de uma amiga e bem... desculpa, mas seu livro está comigo até hoje. Juro que está bem cuidado, afinal, já é meu (?). Só que eu comecei a ler e eu tenho um problema: não consigo ler livro emprestado. Ou seja: não li. Talvez, agora, depois de tantos anos comigo, eu já me sinta íntima (dona) e consiga ler. Mas não é esse o foco. O fato é: minha paixão platônica por Dan Brown passou. E eu o deixei de lado. Piriguete literária.

Meu avô se encantou com “O Símbolo Perdido”, eu fiz ele me presentear com um exemplar e, mais uma vez, não li. Veio “Inferno” e eu nem me empolguei mais. Não pedi, não fiz menção de comprar. Era apenas mais um livro sendo lançado.

Começaram os filmes. Assisti a adaptação cinematográfica de “O Código da Vinci” e, apesar de ter gostado, não foi o suficiente para ter me levado ao cinema mais uma vez e assistir a adaptação de um livro que eu tinha gostado tanto: “Anjos e Demônios”. Eu e “Robert” tínhamos rompido brutalmente.

Então, estou eu na sala de cinema e eis que surge Tom Hanks e Ben Foster num mesmo trailer. “Langdon” estava de volta à minha vida, porque o trailer me fez sentir uma vontade imensa de assistir e voltar ao mundo cheio de símbolos e suspense de Dan Brown.

A chama se acendeu de uma forma tão forte, que quando fui ao Centro Assis, vi no seu pequeno sebo “Inferno”, praticamente intacto, por 10 reais, achei que eram os espíritos me guiando de volta para o caminho que eu havia trilhado há alguns anos, mas desviei. Comecei a ler o livro e fui abrindo aquele sorriso que só quem é apaixonado por tramas vai entender. Mas não consegui ler em uma semana. Comprei o livro na terça-feira (04/10/16) e tinha uma Cabine de Imprensa na terça seguinte (11/10/16). Fui só com o início lido e não me arrependi. Fiquei nervosa, remexi na cadeira, me choquei.

O filme traz “Robert Langdon” acordando no quarto de hospital, em Florença, sem se lembrar de como foi parar ali e, principalmente: o que estava fazendo tão longe de casa. Após uma policial tentar mata-lo, o professor recebe ajuda da médica Sienna Brooks. Eles descobrem que um bilionário desenvolveu um vírus para aniquilar metade da humanidade. A história é construída através de flashbacks e de sonhos, que acompanham “Langdon”, enquanto ele foge e tenta descobrir aonde está o vírus.

 Confesso em que um determinado momento do filme senti muito sono, porque a narrativa fica um pouco amarrada, lenta. Mas não foi nada que tenha prejudicado o meu reencontro com o professor de Harvard.

Um time composto, como citei anteriormente, por Tom Hanks e Ben Foster, já é motivo forte para saber que é coisa boa, ainda acrescentam Felicity Jones e Omar Sy... é um time completo de puro talento. Tom Howard só fez ratificar o seu talento como diretor e ganhar ainda mais a minha admiração e respeito.

“Inferno” chega aos cinemas com uma paisagem magnífica, suspense bem construído, a humanidade correndo risco e muita mensagem oculta em artes históricas. Fiquei curiosa para conhecer mais sobre Dante, seu inferno e sua Beatriz. Impossível dizer que Dan Brown não traz nada de bom, que sua obra não acrescenta em nada. No meu roteiro de viagens, estão todos os cenários dos seus livros que li e os que, com certeza, lerei até o fim do ano.

Para quem quer ir ao cinema, no fim de semana, assistir a algo MUITO BOM... “Cerca Trova”.

Kubo e as Cordas Mágicas


“Você é minha jornada.”

Mais uma animação que me arrebatou! Sempre fui apaixonada por animações. Cores, desenhos, todos os tipos de criaturas com vida... achava o máximo! Depois que cresci, e passei a entender suas mensagens, me apaixonei novamente por elas. Ouso dizer que as animações são feitas, na verdade, para os pais. É uma forma de levar os adultos ao cinema e enviar uma mensagem que eles precisam "ouvir", mas que não iriam se soubessem que era para eles. Como fazem (quase) tudo pelos filhos, é a melhor hora de “atacá-los”.

“Kubo” é um filme em stop motion, que conta a jornada de um garotinho, que vive em uma pequena vila, no Japão. Inteligente e carinhoso, "Kubo" ganha uns trocados contando histórias para o povo de sua aldeia. Além disso, ele cuida de sua mãe e a obedece precisamente. Um dia, "Kubo" tenta resolver um mistério e acaba por desobedecer um dos grandes pedidos de sua  mãe. A partir daí, começa a aventura do nosso pequeno herói.

Ele sai em uma jornada ao lado de uma macaca e um besouro, para encontrar uma armadura, que pertenceu a seu pai, um grande samurai, e conseguir enfrentar o "Rei Lua" e as terríveis "Irmãs Gêmeas".

É uma aventura gostosa, que te faz se perder no filme. Você esquece que há vida além da tela e se entrega à jornada de "Kubo". São cenas lindas e muito bem feitas. Uma fotografia que te faz suspirar e pensar em quanto queria passear por aqueles lugares. A trilha sonora então, nem se fala. A versão de Regina Spektor para “While My Guitar Gently Weeps” é absurdamente fantástica. A música de George Harrison é uma perfeição, que a gente pode sempre “redescobrir”.

Espero que todas as crianças tenham possibilidade de assistir a esse filme; que seus pais consigam captar a mensagem linda que é passada e, no momento certo, façam os filhos entenderem. Espero, também, que eu nunca perca a capacidade de me emocionar com animações.

“O fim de uma história é simples o início de outra.”

MARAVILHOSO!



Assassino a Preço Fixo 2: A Ressureição


ASSASSINO A PREÇO FIXO 2– A RESSURREIÇÃO 




Comentar um filme de ação, com Jason Statham e Tommy Lee Jones é até suspeito, da minha parte!


Começando com a fotografia do Rio de Janeiro, em plena Baía de Guanabara e "Arthur Bishop" em ação, já fica aquela coisa de primeira impressão espetacular!


Ainda que os enredos tenham o mesmo propósito, é sempre uma nova história, novos lugares espetaculares, trilhas sonoras de primeira... E muita ação; penso que seja o que todos, que vão assistir a um filme com Jason Statham, estejam esperando.


É estimulante a gente ver toda aquela sucessão de acontecimentos, de ideias, de decisões, de invenções, por "Bishop"... Assisti-lo nos faz "participar" de cada movimento e resultado, sempre vibrando pelo o que achamos ser o óbvio, mas que adoramos ver acontecer. Naquele momento a ficção é a realidade que estamos "participando", mesmo sentados.


Conforme coloco nos meus comentários, ir ao cinema é para nos divertirmos, esquecermos do mundo do lado de fora. Logicamente que temos opinião, impressão, podemos gostar ou não. Contudo, no primeiro momento o que precisamos fazer é relaxar na poltrona e nos permitirmos o envolvimento; ali dentro, precisamos ser parte do que estamos assistindo, para sentirmos e, assim, podermos julgar, gostar ou não!


"Bishop" é forte, imbatível, corajoso... Mas é um homem charmoso e sensível; está sempre lutando para defender alguém, algo... Ele é incrível!!!


Sem spoiler... Super recomendo!


Assista, envolva-se, lute, vença, namore... Depois passe aqui e me conte o que achou!


Sinopse

"Arthur Bishop, interpretado por Jason Statham, está de volta em ‘Um Assassino a Preço Fixo 2’, sequência do primeiro filme de ação lançado em 2011. A partir das ações enganosas de uma mulher astuta e bonita, interpretada por Jessica Alba, Bishop se vê forçado a voltar para a vida que havia deixado para trás. A vida de Bishop está novamente em perigo e ele precisa cumprir a difícil tarefa de assassinar os homens mais perigosos do mundo."


CURIOSIDADES DAS FILMAGENS

Projeto pessoal


"O primeiro Assassino a Preço Fixo (2011) não foi um grande sucesso. Mesmo assim, o ator Jason Statham revelou em entrevista que, após ser coadjuvante em tantos projetos, quera entregar novamente, aos fãs, uma de suas performances de protagonista de ação do jeito que eles gostam. Resultado: o filme foi financiado independentemente e a resposta do mercado foi morna, tendo arrecadado até o momento ainda menos que o filme original."


Título Original: Mechanic: Resurrection

Ano: 2016

Diretor: Dennis Gansel
Elenco: Jason Statham, Tommy Lee Jones, Jessica Alba, Michelle Yeoh
Duração: 94min
Origem: EUA
Categoria: Ação, Lançamentos
Distribuidor: PARIS FILMES






A Maldição da Floresta



Há tempos eu espero por um filme de terror, que eu possa sair do cinema e dizer UAU!!! Tudo bem que não assisti, ainda, o elogiado ‘Invocação do Mal 2’, mas posso dizer que não ando nada satisfeita com os que me propus a gastar uma hora e meia. Para a minha felicidade, ‘A Maldição da Floresta’, me surpreendeu.

O filme conta a história de um casal inglês, que se muda para um lugar distante, na Irlanda, com o seu filho (recém-nascido) e seu cachorro. A cidade toda está contra a família, já que o trabalho de “Adam Hitchens” é convencer a população, de que a região pode ser desmatada. O porém é que os moradores do local têm uma crença: existem criaturas terríveis que habitam a floresta. Se ela for destruída, essas criaturas serão libertadas.

A partir daí, coisas estranhas começam a acontecer ao redor da casa da família. A princípio, acredito que a intenção do diretor seja nos deixar em dúvida, já que as ações parecem ter sido feitas por outra pessoa e há um vizinho mais implicante. Mas não é nada que a gente já não saiba, principalmente para quem já assistiu ao trailer. Às vezes, o melhor de um filme de terror é não assistir ao seu trailer; talvez, assim, tenhamos mais surpresas ao longo do filme.

A trama vai ficando mais tensa, mas quando as perseguições começam, o filme parece estagnar. Fica na mesma coisa de foge-corre-se-esconde-ele-está-maluco-socorro-meu-Deus. Mesmo assim, ficando nesse ciclo sem fim, acho que não fica chato, somente previsível.

Corin Hardy, diretor do filme, estreia seu primeiro longa com um ar macabro, história interessante, sem apelação para sustos. Uma fórmula que tornou o filme bom e que já o coloca na minha lista de: assistir aos seus próximos filmes.

Pelo fato de serem criaturas e pela excelente atmosfera criada durante o filme, me lembrei um pouco de ‘Não Tenha Medo do Escuro’, que tem o roteiro assinado por Guillermo del Toro.

‘A Maldição da Floresta’ chega, hoje, aos cinemas e vale a pena conferir.