Atômica
Esperei ansiosamente para
assistir a esse filme, desde que vi o seu cartaz: Charlize Theron e muito neon.
Nem sabia do que se tratava, mas sentia que vinha coisa boa por aí. Evito
assistir trailers, por causa de spoilers, já que alguns entregam o filme todo.
Mas quando o diabo atenta, a gente não consegue se esquivar: assisti ao trailer
e tive certeza de que correria para assistir “Atômica”. Enfim, o dia chegou!
Lorraine Broughton (Charlize
Theron) é uma agente do MI6 (serviço secreto britânico) extremamente
inteligente, ágil, esperta e boa de briga. Ela é enviada para uma missão na
Alemanha, durante a Guerra Fria, pouco antes da queda do Muro de Berlin para
investigar o assassinato de um oficial e recuperar uma lista, que tem informações
de diversos espiões. Para conseguir
conduzir sua missão, Lorraine contará com a ajuda de David Percival (James
McAvoy), um agente infiltrado.
A partir daí, o filme de David
Leitch com roteiro de Kurt Johnstad (300), tem muita porrada, sangue, olho
roxo, reviravolta, detalhes importantes, sensualidade e um humor irônico
impecável. Baseado nos quadrinhos de Antony Johnston e Sam Hart, “The Coldest
City”, será lançado aqui no Brasil, numa edição incrível, pela editora
Darkside, no dia 6 de setembro (já está em pré-venda), o filme é uma obra que
deixa outros filmes famosos de agentes para trás. A personagem de Charlize
Theron tem uma energia, que só estamos acostumados a ver nos cinemas em
personagens masculinos. Talvez, por ser do mesmo diretor (co-diretor em John
Wick), Lorraine se assemelhe tanto a John Wick. E David não descarta um
crossover desses dois personagens. Até então, o que impede, é que ambos vivem
em épocas diferentes e os estúdios dos filmes. Química, já sabemos que Charlize
e Keanu têm.
Para quem não sabe, David Leitch
já trabalhou como dublê. Ninguém melhor do que um dublê para conduzir com
perfeição cenas de ação e coreografias violentas. Charlize contou com a ajuda
de especialistas em treinamento e combate, além de Keanu Reeves, que treinou
junto com a atriz para “John Wick” e vários meses de exercício. Ela se empenhou
tanto nas cenas, que teve dois dentes quebrados. Por essa adrenalina toda, “Deadpol
2” está nas mãos de David.
Destaque também para Sofia
Boutella, que vem crescendo nas telonas. Além de ser uma atriz maravilhosa, inquestionavelmente
a melhor coisa de “A Múmia”, Sofia consegue conquistar facilmente o público com
sua Delphine Lasalle, uma “perseguidora” de Lorraine. Mas, se nem a própria
Lorraine resistiu, quem somos nós, pobres mortais para fazê-lo? As duas criam
uma atmosfera para lá de sensual, deixando qualquer marmanjo de queixo caído.
Com uma fotografia retrô, neon e
uma trilha recheada de músicas dos anos 80, “Atômica” chega aos cinemas hoje,
31 de agosto, para mostrar que mesmo no fim, o mês mais longo, pode nos trazer surpresas
maravilhosas e ser encerrado com chave de ouro. Vale o ingresso, o combo da
pipoca e os não beijos na companhia, porque não é para perder nenhum lance.