A Guerra que Salvou a Minha Vida


QUANDO A GUERRA COMEÇA DENTRO DE CASA.

A GUERRA QUE SALVOU A MINHA VIDA é um daqueles romances que você lê com um nó no peito, sorrisos no rosto e lágrimas nos olhos entre um parágrafo e outro. Uma obra sobre as muitas batalhas que precisamos vencer para conquistar um lugar no mundo.

Ada tem dez anos (ao menos é o que ela acha). A menina nunca saiu de casa, para não envergonhar a mãe na frente dos outros. Da janela, vê o irmão brincar, correr, pular – coisas que qualquer criança sabe fazer. Qualquer criança que não tenha nascido com um “pé torto” como o seu. Trancada num apartamento, Ada cuida da casa e do irmão sozinha, além de ter que escapar dos maus-tratos diários que sofre da mãe. Ainda bem que há uma guerra se aproximando.

Os possíveis bombardeios de Hitler são a oportunidade perfeita para Ada e o caçula Jamie deixarem Londres e partirem para o interior, em busca de uma vida melhor.

Kimberly Brubaker Bradley consegue ir muito além do que se convencionou chamar “história de superação”. Seu livro é um registro emocional e historicamente preciso sobre a Segunda Guerra Mundial. E de como os grandes conflitos armados afetam a vida de milhões de inocentes, mesmo longe dos campos de batalha. No caso da pequena Ada, a guerra começou dentro de casa.

Essa é uma das belas surpresas do livro: mostrar a guerra pelos olhos de uma menina, e não pelo ponto de vista de um soldado, que enfrenta a fome e a necessidade de abandonar seu lar. Assim como a protagonista, milhares de crianças precisaram deixar a família em Londres na esperança de escapar dos horrores dos bombardeios.

Combinando a ternura de Em Algum Lugar Nas Estrelas, outro título da coleção DarkLove, com a realidade angustiante de O Diário de Anne Frank, A GUERRA QUE SALVOU A MINHA VIDA apresenta uma perspectiva da Segunda Guerra Mundial vista pelos olhos de uma menina que se transforma em refugiada no seu próprio país. Mais uma oportunidade perfeita para emocionar corações de todas as idades e relembrar os valores do companheirismo e da amizade em todos os momentos da nossa vida. Vencedor do Newbery Honor Award, primeiro lugar na lista do New York Times e adotado em diversas escolas nos Estados Unidos.

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A Lei da Noite


A Lei da Noite

Ben Affleck volta a dirigir mais um filme. Além de dirigir, para desespero dos haters, ele também atua. E produz. O roteiro também é dele. Enfim, nos créditos finais você só verá o nome de Ben Affleck subindo ali. E o de Leonardo DiCaprio, que a essa altura, eu realmente não lembro em que.

“A Lei da Noite” é baseado no livro “Os Filhos da Noite”, do autor Dennis Lehane, o mesmo de quem Affleck adaptou “Medo da Verdade”, Scorsese adaptou “Ilha do Medo” e Clint Eastwood adaptou “Sobre Meninos e Lobos”. Ou seja: um autor com um histórico já conhecido e uma atmosfera investigativa, meio noir.

No filme em questão, Joe Coughlin (Affleck) é um criminoso de carreira (com sucesso), apaixonado por Emma Gould (Sienna Miller). Mas essa paixão acaba o colocando em uma situação delicada. A mulher, além de se relacionar com ele, é amante de um dos maiores nomes do crime, Albert White. Mesmo sabendo dos riscos de viver esse romance, ele se arrisca. Então, o maior rival de White faz uma proposta, que ele recusa e aí... porrada, traição e cadeia.

Depois de anos na cadeia, ele sai e decide se vingar de White. E foi nessa hora que eu me perdi um pouco. Esse meio ficou tão confuso, que confesso: apaguei. Enquanto busca sua vingança, Joe se une a Maso Pescatore, um mafioso italiano e entra para o time que não queria: máfia. Acaba virando um gângster e vai para Tampa, Flórida, cuidar dos negócios locais, na época da Lei Seca. Se envolve com um contrabandista cubano e se apaixona pela irmã dele, interpretada pela sempre bela Zoe Saldana. Precisa conquistar o policial corrupto Figgis, interpretado pelo fantástico Chris Cooper, sair do foco da Klu Klux Klan e lidar com a filha do policial, interpretada por Elle Fanning.

O bandido Coughlin é aquele cara que é do mal, mas não quer ser mau a troco de nada. O que já cansamos de ver em Hollywood. O malvado que se torna bom moço, mas que quando mexem no seu calo, vira uma arma letal para os seus inimigos.

O meio do filme é arrastado, confuso, com muitos diálogos desnecessários. Já esteticamente o filme é perfeito. A fotografia linda, o figurino impecável, ambiente adequado a época... não tem nada de errado.

A impressão que eu tive, é que o filme se salva por cenas boas. As interpretações de Elle Fanning e Chris Cooper, principalmente. Ben Affleck é um bom ator, mas Joe exige coisas que ele entrega com simplicidade e o personagem precisava de um pouco mais. Se isolarmos algumas cenas do filme, temos um produto fantástico. Acho que precisava, apenas, de uma edição melhor.

De qualquer forma, é um filme que vale a pena ser visto. Eu pretendo rever para entender as minhas “apagadas”. Mais um para a série: vá sem grandes expectativas, mas vá, porque tudo o que o diretor de arte traz nesse filme, sem dúvidas, merece ser contemplado numa sala de cinema.

“A Lei da Noite” estreia hoje, 23/02 e vale a escapada do carnaval para assistir a um filminho, comer uma pipoca (não vou fazer mais o trocadilho) e depois cair na folia (ou seguir para casa e assistir ‘Me You Her’, minha atual paixão da Netflix). 

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A Grande Muralha


A Grande Muralha

Matt Damon em um filme onde não precisa ser resgatado. Praticamente inédito isso. Se bem que em uma parte, se não fosse Pascal... é, não tem jeito, em um determinado momento, não importa o filme, alguém precisa resgatar Sr. Damon. Brincadeiras à parte, vamos ao que interessa.

“A Grande Muralha” é um filme sobre uma das lendas que se tem sobre a Grande Muralha da China. É um filme de época e fantasioso, dirigido por  Zhang Yimou, conhecido por “O Clã das Adagas Voadoras”. O diretor chinês leva ao público um filme com orçamento proporcional ao tamanho da muralha, muitos efeitos especiais e boas atuações.

A lenda, que é completamente cinematográfica, conta que a Muralha foi construída para evitar que criaturas invadissem a cidade e se alimentassem da população chinesa. Uma premissa interessante e que tem bom desenvolvimento no filme.

A primeira criatura aparece quando um grupo, que está em busca do “pó negro”, a pólvora (desconhecida até então), para levar para os EUA, Europa e conseguir dinheiro. Eles estão descansando e são atacados. Dentro do grupo, estão William, interpretado por Matt Damon e Tovar, interpretado pelo maravilhoso Pedro Pascal, os únicos que sobrevivem ao ataque. A mão da criatura fica ali e William, por precaução, resolve leva-la para o seu destino.

Ao chegarem na Muralha, William e Tovar são feitos de prisioneiros e passam a observar o funcionamento do exército. Os grupos são diferenciados por cores, incluindo um grupo de mulheres guerreiras.  O exército chinês tem como preocupação exterminar as criaturas ou, pelo menos, mantê-las afastadas.

O início do filme é cheio de ação e empolgante. Eu, que não tinha lido a sinopse, nem visto trailer, fiquei extremamente curiosa, louca para entender o que estava acontecendo. Quando percebi que era um filme de fantasia, me desanimei um pouco, por causa de “A Cura”, mas não tem nada a ver.

As criaturas são extremamente bizarras, me lembraram um pouco os lobisomens de “Anjos da Noite”, mas não tem nada um do outro. As cenas de luta são boas, mas achei um exagero o número de “Tao Tei”, nome das criaturas. E é aí que a magia acaba e entra o velho e bom clichê.

Confesso que uma das coisas que me desapontou na trama, foi a necessidade da ajuda do personagem de Matta Damon para arquitetar um plano. Achei mesmo que a Comandante Lin Mei ia despontar como protagonista feminina, que não erra nada, mas a dependência de um homem-americano me deixou amarga. Se fosse uma produção norte-americana, eu até entenderia, mas enfim.

Além disso, o personagem de William Dafoe e nada: idem. Não curti a participação do ator. A dupla vivida por Damon e Pascal estava boa demais, não precisava de mais um personagem de fora. Vida que segue.

Zhang Yimou não errou, mas também não acertou. É mais um filme de superprodução que dá para entreter fácil, mas que dificilmente será assistido com tanta empolgação pela segunda vez. Se não fossem as cenas de ação, os efeitos visuais maravilhosos e um enredo novo, apesar de uma resolução totalmente clichê, eu não ficasse tão envolvida com a tela.

Vale a pena assistir no cinema, porque ver toda a comunicação visual do filme na telona é fantástico, mas não vale a pena criar grandes expectativas, porque pode decepcionar um pouquinho.

“A Grande Muralha” estreia hoje, 23/02 e é uma boa pedida para quem só gosta de pipoca no cinema. (Trocadilho tosco, mas já fiz, já era.)

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A Cura


A Cura

Quando você começa a assistir a um filme, se ele for bom, dificilmente você quer que ele acabe. Em “A Cura”, o início do filme prende sua atenção. Você quer saber o que está acontecendo ali. Quer saber o que é a tal cura e qual é a doença que precisa da tal cura. Entretanto, em um determinado ponto você só faz se perguntar: não acaba nunca?

Lockhart, um executivo de finanças, precisa ir a um SPA, na Suíça, para buscar seu chefe. O SPA é em um castelo construído há séculos, cheio de histórias. Ao chegar lá, ele encontra dificuldades para falar com o homem. Sem poder voltar para Nova York e sem o objetivo cumprido, ele decide passar o dia na cidade. No entanto, quando está retornando, sofre um acidente e acorda no SPA, com a perna quebrada e possibilidade zero de retornar à cidade dentro do prazo planejado.

Para completar, não há sinal de celular. Lockhart não consegue se comunicar com ninguém de fora e começa a perceber coisas estranhas pelo castelo, inclusive uma jovem paciente chamada Hannah. O ritmo do filme é bom, o problema é que ele começa a ficar evidente desde a hora que o rapaz acorda com a perna quebrada. A gente percebe ali, que a coisa vai amarrar. E não dá outra!

O longa dá voltas e mais voltas no mesmo lugar, sempre trazendo as mesmas informações como se fosse um quebra-cabeça de nove peças: não quebra nada, irrita. A esperança é que haja um plot twist no final e que a gente diga: VALEU A PENA.

Com uma direção de arte maravilhosa, fotografia impecável e atuações que quase salvam o roteiro, “A Cura”, infelizmente, não sai do QUASE. Algumas cenas são sufocantes; incomodam, dão gastura... o suspense é bom, mas é cansativo. A vontade de querer achar que tem algo maior por trás daquilo tudo é frustrada, porque não há.

Talvez se o filme tivesse uns 40 minutos a menos, ele se salvasse. O final fantasioso poderia ser aceitável, porque acho interessante a possibilidade de sair do lugar-comum e, por mais esperado que fosse, não perdesse a graça por ter dado, o tempo todo, a esperança de algo maior.

Poderia ser um grande thriller, mas não agrada. Uma pena.

“A Cura” estreia hoje, 16/02. Não vale a pipoca, nem as duas horas na poltrona do cinema. A sensação de alívio quando ele acaba é a melhor parte.

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Aliados


Aliados

Um drama profundo e de surpresas entre espiões.

Através da direção de Robert Zemeckis, diretor de filmes grandiosos como “Náufrago”, “Contato” e “Forrest Gump”, o filme Aliados trouxe grandes expectativas através de suas campanhas publicitárias, assim como o casal do filme formado por Brad Pitt e a vencedora do Oscar, Marion Cotillard.

A história do longa se passa em meio à guerra contra os nazistas, onde somos apresentados a Max Vatan (Brad Pitt) e Marianne Beausejour (Marion Cotillard), dois espiões que se tornam um casal fictício para poder executar uma importante missão em Casablanca, no Marrocos. Os problemas acontecem anos depois, quando Marianne é acusada de traição e Max vai em busca de informações para provar a inocência de sua parceira.

O roteiro de Steven Knight consegue introduzir o espectador numa trama lenta que se desenrola através de um romance. O espectador é guiado de forma a permiti-lhe sempre o benefício da dúvida quanto à trama, deixando sempre pontos a serem conectados para o desfecho da obra.

O figurino é lindo e completo, refletindo com exatidão a ambientação característica dos anos 40. As cores escolhidas nas vestimentas dos personagens condizem sempre (ou em grande maioria) com seus sentimentos na cena, sendo roupas brancas ou de cores suaves quando estão felizes ou em paz e com cores fortes e coloridas quando estão confusos, nervosos. Faz jus a sua indicação ao Oscar de Melhor Figurino.

O tom do filme também é eficaz e as paletas de cores escolhidas casam com os momentos das cenas, com forte contraste em cores leves quando a romance do casal ou a contrastes fortes em cores escuras quando as cenas se passam em meio à guerra ou interrogatórios.

O som não passa despercebido e é bem explorado quanto a situação de determinadas cenas, onde fica de forma leve quando os personagens estão calmos e se intensifica quando o clima começa a esquentar, como na cena do casal dentro do carro em meio a tempestade de areia do deserto.

O diretor trabalha bem construindo a sensação de expectativa através de enquadramentos estratégicos e movimentos de câmera que despertam a curiosidade de quem assiste. Os focos nos detalhes e a atuação dos atores nos imerge aos seus sentimentos quanto personagens, como na cena em que Max entra na joalheria e Marianne começa a ficar inquieta, nos passando uma sensação de nervosismo e angustia.

A obra em si não tem grandes cenas de ação, a história é focada mais no romance do casal de espiões, porém o drama e as situações propostas conseguem prender o espectador do início ao fim. Aliados tem uma surpreendente conclusão, contudo, deixa um pouco a desejar pelo seu pouco clichê, no qual o amor é colocado acima de tudo, apesar dos problemas e dificuldades.

                                                                                  Por: Matheus Santana


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John Wick – Um Novo Dia Para Matar


John Wick - Um Novo Dia Para Matar

John Wick está de volta! Ainda bem. Mais sangrento, mais violento, mais furioso e mais calado, o assassino interpretado por Keanu Reeves dá uma aula de como matar seus inimigos com uma arma ou... um lápis. O importante é ter a mira certa.

Quem assistiu ao primeiro filme, sabe o estilo de Mr. Wick: objetivo. Após ter sua casa invadida, levado uma surra, carro roubado e, pior ainda, seu cachorro assassinado, Wick busca vingança e nada mais. Nesse segundo filme, ele vai atrás do seu carro e tenta, mais uma vez, ficar em paz, curtindo (dentro das possibilidades) sua vida de aposentado. Mas é aquele ditado, né... vamos fazer o que?!

Wick ainda tem um código a seguir. Então, precisa pausar forçadamente suas férias e cumprir sua missão final: ir a Roma finalizar um nome poderoso. Mas as coisas nunca saem como planejado e, ao tentar retornar ao lar, o assassino se vê obrigado a ir atrás de uma nova vingança. É nessa hora que a gente percebe que não os dedos de todas as pessoas que estão na sala de cinema não são suficientes para a contagem de mortos que o cara deixa para trás.

É tanto sangue, é tanta porrada, é tanto tiro... que a gente fica sem reação. Mentira! Temos uma reação, sim: queremos mais. Queremos que Wick acabe com todos que estão em seu caminho, atrapalhando seus planos de viver em sociedade. Parece um vídeo-game, onde a gente vai mirando nos inimigos e os corpos vão caindo aos montes e o sangue explodindo em paredes, chãos e etc.

Quem está no filme, no pé de Wick, é Ares, personagem interpretada pela atriz Ruby Rose. Já comentei que essa menina está em tudo, né? Mas ela ainda precisa me convencer de algo. Não sei direito o que, talvez no próximo filme eu descubra. Além de Ruby, quem está no filme é Laurence Fishburne. SIM! Morpheus e Neo estão juntos mais uma vez. Sinceramente, para quem cresceu apaixonada por Matrix, poder ver esses dois juntos novamente é, no mínimo, emocionante.

Keanu Reeves está fantástico no papel principal. Acredito que ele não precise provar, há muito tempo, mais nada a ninguém. Ele é um ótimo ator e fim. Pode passar por diversos gêneros e sempre sairá muito bem. E não sei... Wick parece ser o “número dele”. Aquele jeito calado, a tentativa de se encaixar numa vida pacata e toda aquela raiva que explode e não deixa pedra sobre pedra lhe caem bem.

A direção de Chad Stahelski, que dirigiu também o primeiro filme, parece ter melhorado. Talvez tenha se familiarizado mais com o personagem. Ponto para ele e para quem é fã. Recomendo que antes de assistir “Um Novo Dia Para Matar”, assista “De Volta ao Jogo” para ter uma introdução maior à atmosfera do filme.

É exagerado? Sim. É cheio de absurdos? Sim. É muito violento mesmo? Sim. A violência é justificável? SIM. Se o cachorro fosse meu, eu trataria todos da mesma forma. John Wick é um ídolo!

“John Wick – Um Novo Dia Para Matar” estreia hoje, 16/02 e vale a pena DEMAIS. Vale a pipoca mista, o refrigerante, o chocolate, o estacionamento e a briga por não dar atenção ao crush durante o filme, porque é impossível tirar os olhos das telas.


E que venha logo o terceiro!

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LEGO Batman - O Filme


LEGO Batman – O Filme

Sempre desconfiei que Bruce Wayne não fosse um cara muito certo. Essa coisa de defender Gotham, de noite, meio morcego, meio mocinho, meio vilão... sei lá, é um super-herói, mas que alguma coisa não bate ali, isso é fato. Quando fui assistir “LEGO Batman – O Filme”, comprovei todo minha teoria: Bruce Wayne é louco, mas é impossível não gostar desse cara.

O herói, recheado de gominhos, o mais solitário de todos os tempos, o que não sabe trabalhar em equipe... surge nas telonas em mais um filme maravilhoso. Apesar de sua figura ser um pouco mais quadrada e menor do que estamos acostumados, o Batman do LEGO não deixa nada a dever em relação ao Batman, por exemplo, de Nolan.

Ok, é claro que não podemos comparar, mas podemos dizer que para uma história de Batman, a animação é muito boa. Não me entenda mal. Parece que estou dizendo que as histórias do Batman são ruins, não. Ao contrário. São tão boas, que jamais imaginaria que um filme animado, em formato de LEGO, sobre o Batman com apresentação do Batman e Batman sendo Batman, ficou fantástico.

O enredo principal é: super solitário, egocêntrico e super famoso, Batman resolve qualquer problema em Gotham. Quando Gordon resolve se aposentar, é substituído por sua filha, Barbara, que propõe que a polícia trabalhe junto ao Cavaleiro das Trevas, não que seja dependente dele. Enquanto isso, Coringa, arrasado por causa do descaso do Homem-Morcego com sua posição de arqui-inimigo, conduz um plano violento que deixará a cidade devastada.

Divertido, emocionante, cheio de aventuras, com um roteiro fantástico e direção maravilhosa, além de dublagens excelentes (assisti a versão dublada e amei), “LEGO Batman – O Filme”, chega como segundo filme de personagens em forma de LEGO; o primeiro foi “Uma Aventura LEGO”, que foi super bem recebido pelo público e pela crítica.

O filme estreia hoje, 09 de fevereiro e eu recomendo para toda a família. Mais para os adultos do que para as crianças, inclusive.

Vale a pipoca, o refrigerante e a camisa para mostrar que você é fã do maluco do Batman.

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Cinquenta Tons Mais Escuros


Cinquenta Tons Mais Escuros

Christian Grey e Anastasia Steele foram apresentados ao público através do livro “Cinquenta Tons de Cinza”, da autora E.L. James. Um livro polêmico, que deu o que falar e levantou muitos seguidores. Seja pelo amor ao livro, seja pelo ódio, “Cinquenta Tons de Cinza” tem um mérito que poucos autores conseguem: repercussão grande.

Obviamente, um sucesso literário desse tamanho acabaria por virar um dos filmes mais esperados. E, também, um dos mais odiados, mesmo sem ter sido lançado. A escrita de E.L. James, eu sempre disse que não era das melhores. Pobre, repetitiva, apelativa e extremamente clichê tinha tudo para ser um fracasso. Ao levar a público uma fanfic baseada no livro/filme (também amado/odiado ao extremo) “Crepúsculo”, tenho certeza que a autora já estava preparada para todos os ataques. No entanto, é um produto bom, é uma história de amor que pode ser aproveitada e entreter o público. Sem mais. Nem todos os livros são para salvar a humanidade. Quando as pessoas vão conseguir entender isso?

Como é difícil agradar alguém nesse mundo moderno!

Mas não importa. Mesmo com uma leva imensa de haters, a curiosidade foi despertada, a sexualidade foi levada para dentro das casas de família e deu o que falar. O primeiro filme, recordes de bilheteria, odiado com paixão pelos haters, e pelos os que têm vergonha de assumir que gostaram, foi uma versão da trilogia mal escrita, melhorada. Com direção de Sam Taylor, o primeiro filme serviu para que algumas pessoas mudassem de ideia e passassem a ver a história com menos rancor no coração, apesar de alguns furos aqui, outros ali...

E então, o fenômeno mundial de bilheterias retornou para desgosto da família tradicional brasileira, dos moralistas e dos cults. E voltou ainda mais clichê, mais sensual, com mais furinhos e com mais chance do público se apaixonar pelo casal bizarro.

O milionário traumatizado, que curte bater nas suas submissas e a virgem que espera o príncipe encantado, após o término do relacionamento, procuram se entender e entender o limite e desejos um dos outros, além do ego enorme ($$$) de Mr. Grey.

Muita gente alega que ali não tem nada de BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo – sim, procurei no Google), mas para quem não é do “ramo”’, não tem problema. A intenção não é aprofundar no universo masoquista e sim em como o rapazinho foi enveredar por aí, a relação dele com Anastasia e o amor deles. Não exijam de um filme o que ele não é!

E então, voltando ao filme, eles se entendem, mas ainda precisam enfrentar medos, receios, ex-submissa e ex-dominante ciumentas e um chefe ordinário. Muito problema para ser resolvido em duas horas de filme.

Trilha sonora excelente, fotografia bonita, roteiro e direção bons. Pode melhorar? Sim. Mas convence.  Saí do cinema ainda mais apaixonada pelo casal “sombrio”. No Filmow, dei nota 5, porque eu realmente gostei do filme e acho de extremo mal gosto quem já vai ao cinema predisposto a criticar. Se não faz seu gênero, beleza. Todo mundo respeita. O que não entendo, é ir para uma sala de cinema, pagar por isso e ficar atrapalhando quem, de fato, gosta. Ninguém é melhor por não gostar de “Cinquenta Tons”, nem pior. Mas é um babaca quem fica rindo alto ou criticando o filme durante a exibição. Mais respeito, gente.

Não vou entrar no mérito de: “só dona de casa assiste” ou “só virgem gosta” ou “ela só deixa ele bater, porque o cara é rico”, porque isso não é de fácil entendimento de quem está a fim de atacar. Como eu disse aqui no blog anteriormente: é mais fácil odiar. Entender é mais complexo, nem sempre vale a pena “pensar” nisso.

Então, recomendo esse filme gostosinho a todos que não têm preconceito, que gostam de entretenimento e que não falam durante o filme. Recomendo aos casais recém-apaixonados e aos que precisam se apaixonar novamente.

“Cinquenta Tons” está longe de ganhar o Oscar, mas cumpre o que promete. E, às vezes, é só isso o que importa.

O longa estreia hoje, 09 de fevereiro.

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TOC - Transtornada Obsessiva Compulsiva


TOC – Transtornada Obsessiva Compulsiva

Tatá Werneck é Kika: uma atriz que está no auge de sua carreira. Diversos trabalhos, grana, um namorado bonito e famoso, uma empresária que cuida de todos os seus assuntos profissionais, milhões de fãs que a idolatram, inclusive, um fã que a persegue, Kika parece ter tudo o que a maioria das pessoas sonha ter, mas a verdade é que ela está insatisfeita.

Ao descobrir que vai lançar um livro, escrito por um Ghost Writer, que fala milhares de maneiras de ser feliz, Kika percebe que sua vida não vai tão bem quanto aparenta e começa a se questionar se está fazendo o que realmente quer.

Óbvio que por ser um filme de comédia, a forma como o tema é retratado é completamente escrachada. Cheio de palavrão e situações absurdas, apelando para o humor exagerado de Tatá, o Transtorno Obsessivo Compulsivo da personagem não é encarado, de fato, como uma doença séria, o que pode irritar os haters de plantão.

Entretanto, não é um filme 100% besta. Ele tem um conteúdo e críticas ao mundo da fama. Não posso nem dizer que é de maneira sútil, porque é tão evidente, que não tem como passar despercebido. Mas se você focar apenas nas cenas cômicas, acabará perdendo mesmo o tom crítico.

Com uma trilha sonora que te faz cantar dentro do cinema e boas atuações (apesar de Tatá ser a mesma personagem desde o início da carreira, mesmo assim, me faz rir sempre, talvez seja por isso que ela não mude), o filme arranca boas risadas e prende a atenção. E o final...

Vale ressaltar alguns atores do filme: Bruno Gagliasso, o namorado sem noção de Kika, provando, mais uma vez, que pode fazer qualquer tipo de personagem porque talento não falta. A participação de Ingrid Guimarães, que já esteve anteriormente com Tatá na divertida comédia “Loucas Para Casar”, também é boa. A atriz interpreta uma rival de Kika e está muito bem na sua personagem. Ponto alto para Luis Lobianco, o fã número 1 da atriz. Luis vem mostrando que merece mais reconhecimento pelo seu excelente trabalho.

TOC estreia hoje, 2 de fevereiro, vale o ingresso, a risada por tantas coisas bestas, a reflexão e a trilha sonora.

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Armas na Mesa


Armas na Mesa

Existem alguns artistas, que quando a gente ouve o nome já sabe que vem coisa boa pela frente. Em “Armas na Mesa”, quando li o nome de Jessica Chastain no elenco, quando a vi no cartaz, já sabia que ia assistir a um filme excelente. Não errei.

A lobista Elizabeth Sloane (Chastain) é uma das pessoas mais respeitadas na sua profissão. Apesar de usar de estratégias duvidosas para alcançar o seu objetivo, é o tipo de pessoa que não aceita perder nenhum desafio, mas está sempre um passo à frente do seu oponente.

Quando chamada para integrar o time de senadores pró-armas, Sloane pede demissão, por não concordar, e se junta ao time oposto, declarando uma verdadeira guerra contra pessoas poderosas, que colocam em jogo sua carreira e sua vida.

São duas horas de filme de estratégia em cima de estratégia, o que pode ser cansativo em um momento ou outro, mas não deixa a desejar, porque as sacadas dos dois times são tão inteligentes e interessantes, que você simplesmente não quer perder uma palavra do que é dito. É muito diálogo durante o filme. Se você espera um filme de ação, compre o ingresso para Resident Evil, mas se você quer um filme inteligente, cá está ele.

Jessica Chastain está em uma das suas melhores performances; a mulher fica melhor a cada filme, é incrível! Além dela, tem Gugu Mbatha-Raw, que vem me surpreendendo em cada trabalho que vejo dela. Um nome para se apostar em novos filmes.

Com um roteiro excelente e uma boa direção, “Armas ne Mesa” tem um final surpreendente e uma história, que mesmo mais lenta, é de deixar qualquer um agoniado na cadeira do cinema.

O filme estreia hoje, 02 de fevereiro, e merece ser visto porque vale o ingresso, o combo da pipoca, a gasolina e tudo mais. Eu AMEI!

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Estrelas Além do Tempo


Estrelas Além do Tempo


Não há nada mais difícil de fazer do que um clichê de qualidade. Ainda mais, quando baseado numa fantástica história real. 

Três mulheres negras, na década de 60, não podiam nem usar o mesmo banheiro que os demais, imagine se destacarem por inteligência, na Nasa. O preconceito era tão evidente, que é difícil engolir as situações, pelas quais, essas mulheres e milhões de outras passaram. É revoltante. É triste. 

Em "Estrelas Além do Tempo", acompanhamos a história de três mulheres magníficas, que trabalham na Nasa, graças ao seu talento, mas sabem que jamais deixarão de ser "computadores". 

No entanto, entre a guerra dos americanos e russos, os EUA precisam provar o valor de seus engenheiros e seguir rumo ao espaço para mostrarem ao mundo (principalmente aos russos) que são mais capazes. Conquistar o espaço virou questão de honra. Mas os maiores engenheiros brancos não conseguem resolver questões simples, então, não há possibilidade de mandar ninguém para o espaço.

Katherine Johnson (Taraji), Dorothy Vaughn (Octavia) e Mary Jackson (Janelle) mostram, nesse momento, o valor das suas mentes brilhantes e ajudam, cada uma em sua área, a Nasa a enviar o astronauta John Glenn em sua viagem pela órbita terrestre.

Um filme inspirador, porque mostra a luta de três mulheres para vencerem o preconceito descabido e sem lógica alguma de toda uma sociedade e da maioria dos seus colegas de trabalho. É gratificante ver o quão pessoas subestimadas podem ir longe e deixar os que desconfiam de sua capacidade chocados. É o tipo de reviravolta da vida, que eu adoro ver.

“Estrelas Além do Tempo” tem uma história baseada em fatos reais e por isso inspira muito mais do que outros filmes que seguem a mesma linda. Sem contar que o roteiro adaptado do livro homônimo merece aplausos, de tão bem que é feito. A direção de Theodore Melfi, que tem alguns filmes bom em sua filmografia, consegue se destacar por um trabalho excelente.

As atuações de Taraji, Octavia, Janelle são maravilhosas. Taraji, que eu não conhecia, me deixou apaixonada pelo seu trabalho. Já quero essa grande artista em mais filmes, porque ela tem uma maneira de se expressar fantástica. Além dessas três grandes atrizes, o elenco conta com Kevin Costner, Jim Parsons, Mahershala Ali e Kirsten Dunst, essa última, quase irreconhecível, mas sempre fazendo um trabalho impecável.

O filme estreia hoje, 2 de fevereiro, e, recentemente, faturou o SAG de Melhor Elenco, além de concorrer ao Oscar de Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Atriz Coadjuvante. Emocionante e IMPERDÍVEL! 


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É Por Aqui que Vai Pra Lá



Caio Castro: “o cara que é ator, mas não gosta de teatro”! “O cara que escreveu um livro, mas não gosta de ler”! Afinal, o sucesso desse menino vem de onde?
Muita gente vai responder sem pensar duas vezes: beleza.
Mas beleza não é tudo. Caio Castro pode não ser o melhor ator da atualidade, contudo, ele funciona perfeitamente bem nos papéis que lhes são dados.
Outro ponto alto do paulista de 27 anos é o carisma.
Dono de um sorriso que derrete qualquer garota, Caio Castro parece ser aquele menino gente boa, que topa tomar uma “gelada” sem problema algum.
Em seu livro “É Por Aqui Que Vai Pra Lá“, o ator conta sobre suas viagens, durante o ano que tirou para descansar, após anos de trabalho sem férias.
O livro tem uma edição impecável, digna de se colocar na estante e admirar. Mas, e o conteúdo? Bem, o conteúdo não fica atrás.
Tenho certeza de que Caio Castro não quer ser nomeado para a Academia Brasileira de Letras. Ele só quer contar um pouco das suas experiências. Que mal há nisso? Se eu pudesse, e tivesse meu público fiel, faria o mesmo, ora bolas! É um diário de viagens, que foi a público. Ressaltando que, esse público, adora saber sobre a vida das celebridades!
A linguagem informal ajuda o autor a se conectar, ainda mais, com o público. Parece que ele está “trocando uma ideia” com você.
Li em muitos lugares que ele pegou o Instagram e publicou. Mais uma vez eu pergunto: que mal há nisso?
E se você acha que eu sou fã do cara, engana-se. Sempre achei ele uma gracinha, mas nada que virasse minha cabeça.

A noite de autógrafos foi, sim, decepcionante. Nos termos do evento havia o recado de que o fotógrafo seria, exclusivamente, o contratado, não haveria selfies. Até aí tudo bem. Mas ao se deparar com diversas adolescentes histéricas, chorando e ansiando pelo encontro com o ídolo, foi passado que o autógrafo seria um CARIMBO. Sim! Ele não assinou nenhum livro. (Noite de Carimbos!)
O que é uma pena, porque as pessoas não pensam: “foi a editora”, “foi a produtora”, apenas pensam que foi má vontade do rapaz. Então, acrescentam isso no currículo dele e… Espero que ele saiba lidar com os “haters”.
De qualquer forma, mesmo que você não seja fã, vale a pena ler o livro e conhecer, antes de criticar deliberadamente.

Não é nada demais, mas também não é nada que mereça a “inquisição”. Em algumas partes, até, quis saber mais. Como por exemplo, no Rock In Rio Lisboa. Pode parecer desnecessário, mas fiquei curiosa para saber quais artistas ele viu por lá. Quando ele fala de uma das garotas com quem se envolveu…. pequenos detalhes, que só quem é chato sente falta.
A internet se tornou um lugar de críticos, que não sabem o que estão criticando, mas querem criticar (sempre de forma negativa). E se esse é o erro de Caio Castro, fazer o que não admira, bem-vindo ao mundo da hipocrisia.
Então, repito: vale a pena ler o livro; ler sempre vale a pena, até mesmo se a finalidade for criticar! Para isso, também precisamos estar bem informados sobre o assunto.
Publicado originalmente na coluna "Café com Alice", no site "Feminino e Além".
http://femininoealem.com.br/22987/caio-castro-e-por-aqui-que-vai-pra-la/

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Depois a Louca Sou Eu


“Se eu sobreviver, vou escrever um livro sobre o medo.” E ela escreveu. Sem medo de expor o que a perturbava, Tati colocou em brilhantes páginas como é viver, sendo uma pessoa que sofre de síndrome do pânico e ansiedade.
Sempre fui fã de Tati Bernardi, pelas coisas que lia na internet (que, de repente, não eram exatamente dela, mas por colocarem o nome dela embaixo, eu já ficava ainda mais encantada), pela sua coluna na Folha de S. Paulo, por ser publicitária e roteirista de cinema (meu sonho).
Sempre quis ler um livro de sua autoria, mas por circunstâncias da vida, demorei e só consegui há um ano; e me apaixonei de vez. Comecei uma paixão platônica pelas palavras de Tati (as verdadeiras) e acho que não tem mais volta. Quero todos os livros dela. Quero conhecê-la!
Em “Depois a Louca Sou Eu” Tati fala sobre seus medos, suas tarjas pretas, sua ansiedade e crises de pânico com muito bom humor. Eu nunca passei por nada disso, mas conheço pessoas que já passaram por situações parecidas. O que mais me espanta é que esse número cresce a cada dia e a dependência pelas tarjas pretas também.
Infelizmente, não é todo mundo que encara, como Tati consegue encarar atualmente. Dei muita risada; mas ao pensar na mente 220w, que ela tem, fiquei de coração partido. Não deve ser fácil ter tantos conflitos dentro de si, com as coisas que, para mim, são básicas, como por exemplo: viajar no fim do ano para a praia, andar de avião, tomar decisões sem tantas preocupações irrelevantes (lendo você entenderá) e, entre outras, ir à padaria ou correr no parque.
Ao ler esse livro, criei uma simpatia maior por quem precisa que sejamos mais solidários. Doenças psicológicas não são bobagens. São doenças como qualquer outra, que necessitam de cuidados, acompanhamento e medicação. Fiquei feliz quando ela disse que está há cinco meses sem usar nenhum remédio. Acredito que seja um passo altamente significante, para quem precisa de suas drogas farmacêuticas por perto. Espero que todos consigam trilhar esse mesmo caminho e libertem-se.
Um livro maravilhoso para quem deseja uma leitura leve, sem rodeios, mas que manda a real. Uma real tão bem escrita, que parece que ela está ali, em sua frente, conversando com você. É quase impossível parar de ler, a não ser, que seja para rir. Diversas vezes eu parei só para ler para minha mãe o que estava me fazendo rir tanto.
Porém, com todos esses conflitos, inseguranças, fobias… Ela é uma mulher forte, que soube usar suas particularidades de forma inteligente e transformar em sucessos, seja através de livros, cinema… Rir de si mesmo é um privilégio para poucos.
Esses detalhes só comprovam, que quando há oportunidade, quando há cuidados, carinho, atenção… e algumas tarjas pretas, é claro, os quadros patológicos podem ser revertidos em bom humor, dinamismo e “tocar” as pessoas, não somente as distraindo, mas também as alertando, porque tudo o que é escrito, apresentado, é a sua própria realidade.
PS: Quando comecei a ler o livro, não sabia do que se tratava; foi uma surpresa. Talvez eu precisasse, para conseguir ser melhor comigo mesma e com quem precisa.
PS: Nunca vou esquecer da questão viajar X molhar as plantas. Acho que nunca ri tanto em minha vida.
Tati, OBRIGADA!
Livro: Depois a Louca Sou Eu
Autora: Tati Bernardi
Ano: 2016
Editora: Companhia das Letras
Valor / Média: R$ 25,00
Onde encontrar: Livrarias físicas e online
Formato: Impresso ou digital

Publicado originalmente na coluna "Café com Alice", no site "Feminino e Além".
http://femininoealem.com.br/24647/depois-a-louca-sou-eu/

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