A Lei da Noite


A Lei da Noite

Ben Affleck volta a dirigir mais um filme. Além de dirigir, para desespero dos haters, ele também atua. E produz. O roteiro também é dele. Enfim, nos créditos finais você só verá o nome de Ben Affleck subindo ali. E o de Leonardo DiCaprio, que a essa altura, eu realmente não lembro em que.

“A Lei da Noite” é baseado no livro “Os Filhos da Noite”, do autor Dennis Lehane, o mesmo de quem Affleck adaptou “Medo da Verdade”, Scorsese adaptou “Ilha do Medo” e Clint Eastwood adaptou “Sobre Meninos e Lobos”. Ou seja: um autor com um histórico já conhecido e uma atmosfera investigativa, meio noir.

No filme em questão, Joe Coughlin (Affleck) é um criminoso de carreira (com sucesso), apaixonado por Emma Gould (Sienna Miller). Mas essa paixão acaba o colocando em uma situação delicada. A mulher, além de se relacionar com ele, é amante de um dos maiores nomes do crime, Albert White. Mesmo sabendo dos riscos de viver esse romance, ele se arrisca. Então, o maior rival de White faz uma proposta, que ele recusa e aí... porrada, traição e cadeia.

Depois de anos na cadeia, ele sai e decide se vingar de White. E foi nessa hora que eu me perdi um pouco. Esse meio ficou tão confuso, que confesso: apaguei. Enquanto busca sua vingança, Joe se une a Maso Pescatore, um mafioso italiano e entra para o time que não queria: máfia. Acaba virando um gângster e vai para Tampa, Flórida, cuidar dos negócios locais, na época da Lei Seca. Se envolve com um contrabandista cubano e se apaixona pela irmã dele, interpretada pela sempre bela Zoe Saldana. Precisa conquistar o policial corrupto Figgis, interpretado pelo fantástico Chris Cooper, sair do foco da Klu Klux Klan e lidar com a filha do policial, interpretada por Elle Fanning.

O bandido Coughlin é aquele cara que é do mal, mas não quer ser mau a troco de nada. O que já cansamos de ver em Hollywood. O malvado que se torna bom moço, mas que quando mexem no seu calo, vira uma arma letal para os seus inimigos.

O meio do filme é arrastado, confuso, com muitos diálogos desnecessários. Já esteticamente o filme é perfeito. A fotografia linda, o figurino impecável, ambiente adequado a época... não tem nada de errado.

A impressão que eu tive, é que o filme se salva por cenas boas. As interpretações de Elle Fanning e Chris Cooper, principalmente. Ben Affleck é um bom ator, mas Joe exige coisas que ele entrega com simplicidade e o personagem precisava de um pouco mais. Se isolarmos algumas cenas do filme, temos um produto fantástico. Acho que precisava, apenas, de uma edição melhor.

De qualquer forma, é um filme que vale a pena ser visto. Eu pretendo rever para entender as minhas “apagadas”. Mais um para a série: vá sem grandes expectativas, mas vá, porque tudo o que o diretor de arte traz nesse filme, sem dúvidas, merece ser contemplado numa sala de cinema.

“A Lei da Noite” estreia hoje, 23/02 e vale a escapada do carnaval para assistir a um filminho, comer uma pipoca (não vou fazer mais o trocadilho) e depois cair na folia (ou seguir para casa e assistir ‘Me You Her’, minha atual paixão da Netflix). 

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