TOC - Transtornada Obsessiva Compulsiva


TOC – Transtornada Obsessiva Compulsiva

Tatá Werneck é Kika: uma atriz que está no auge de sua carreira. Diversos trabalhos, grana, um namorado bonito e famoso, uma empresária que cuida de todos os seus assuntos profissionais, milhões de fãs que a idolatram, inclusive, um fã que a persegue, Kika parece ter tudo o que a maioria das pessoas sonha ter, mas a verdade é que ela está insatisfeita.

Ao descobrir que vai lançar um livro, escrito por um Ghost Writer, que fala milhares de maneiras de ser feliz, Kika percebe que sua vida não vai tão bem quanto aparenta e começa a se questionar se está fazendo o que realmente quer.

Óbvio que por ser um filme de comédia, a forma como o tema é retratado é completamente escrachada. Cheio de palavrão e situações absurdas, apelando para o humor exagerado de Tatá, o Transtorno Obsessivo Compulsivo da personagem não é encarado, de fato, como uma doença séria, o que pode irritar os haters de plantão.

Entretanto, não é um filme 100% besta. Ele tem um conteúdo e críticas ao mundo da fama. Não posso nem dizer que é de maneira sútil, porque é tão evidente, que não tem como passar despercebido. Mas se você focar apenas nas cenas cômicas, acabará perdendo mesmo o tom crítico.

Com uma trilha sonora que te faz cantar dentro do cinema e boas atuações (apesar de Tatá ser a mesma personagem desde o início da carreira, mesmo assim, me faz rir sempre, talvez seja por isso que ela não mude), o filme arranca boas risadas e prende a atenção. E o final...

Vale ressaltar alguns atores do filme: Bruno Gagliasso, o namorado sem noção de Kika, provando, mais uma vez, que pode fazer qualquer tipo de personagem porque talento não falta. A participação de Ingrid Guimarães, que já esteve anteriormente com Tatá na divertida comédia “Loucas Para Casar”, também é boa. A atriz interpreta uma rival de Kika e está muito bem na sua personagem. Ponto alto para Luis Lobianco, o fã número 1 da atriz. Luis vem mostrando que merece mais reconhecimento pelo seu excelente trabalho.

TOC estreia hoje, 2 de fevereiro, vale o ingresso, a risada por tantas coisas bestas, a reflexão e a trilha sonora.

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