Ultra Carem

Fui fazer uma foto para participar de uma promoção da DarkSide Books​ e acabei fazendo esse vídeo. Como dei risada, não resisti e publiquei ele também. 

Acho que vou investir mais nessas leituras, me acabo na hora de filmar. 

Obrigada pela filmagem, Um Pouco de Cada - Vitrine Virtual​. 

"O Inferno, queridinha, é como o que seus olhos mostram. Você precisa ver para acreditar que existe. Às vezes é como um espelho, você se move e ele se move de volta. Quando alguém não crê no Inferno, vai para outro lugar. Nem o patrão de cima ou o Lu aqui embaixo fazem questão dessas almas. Elas ficam no limbo, apodrecendo para todo o sempre, esperando a porcaria do Juízo Final que nunca vai chegar." 

Eu estou LOUCA nesse livro. 



Para quem ficou curioso, a foto da promoção é essa:


Depois eu digo se ganhei. Se não falar nada é porque, infelizmente, fui flopadíssima. 

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Emoji - O Filme


Emoji – O Filme

O bom de assistir a um filme que é massacrado, é que você vai esperando a pior coisa do mundo e pode ser surpreendido. Foi o que aconteceu com “Emoji – O Filme”. Depois de um bombardeio de críticas negativas, eu nem sabia qual tipo de roteiro esperar, como a história se desenrolaria. Enfim! Esperei por algo vazio, sem lógica, sem nexo, mal feito. Não é nada disso.

Existe um lugar aonde estão todos os emojis que usamos no dia a dia: Textopolis. Nessa cidade, os emojis moram e trabalham. Cada um tem sua característica única e espera o humano se comunicar através do smartphone para entrar em ação. Quase 100% das pessoas, em algum momento, utilizam as carinhas para expressar seus sentimentos. Contudo, até em Textopolis, existe alguém que não se encaixa, o caso de Gene. Ele, que deveria ser um simples “eh”, aquele emoji que expressa a falta de impressão com algo, é bugado e consegue expressar várias carinhas. Por ter uma condição inaceitável, Gene se une a um emoji de mão, que está abandonado pelo o usuário do celular, e eles vão em busca de um hacker para conseguir uma reprogramação. A aventura acontece por dentro de aplicativos, que usamos no dia a dia.

O filme está longe de ser uma animação da Pixar ou da Disney. Só tem uma grande mensagem, que está apenas no final. Ele aparenta ser um grande comercial dos APPs que são citados, mas que fazem sentido na trama. Então, considera-se um espaço comercial bem utilizado.

As crianças vão se divertir, principalmente as que já têm algum contato com o universo tecnológico. Tem também umas músicas conhecidas na trilha. Apesar de algumas piadinhas sem graça, a animação não deixa de ter a sua diversão e ter suas alfinetadas, bem sutis, ao universo das redes sociais. Não vejo ele como um filme para ser além do que se propôs a ser.

“Emoji – O Filme” estreia hoje, 31 de agosto, e infelizmente já está flopado antes mesmo de chegar aos cinemas brasileiros. Mas se quiser ver a criançada se divertindo, pode ir sem medo. Vale o combo da pipoca, se você já for disposto a não gostar, porque vai distraindo.

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Atômica


Atômica

Esperei ansiosamente para assistir a esse filme, desde que vi o seu cartaz: Charlize Theron e muito neon. Nem sabia do que se tratava, mas sentia que vinha coisa boa por aí. Evito assistir trailers, por causa de spoilers, já que alguns entregam o filme todo. Mas quando o diabo atenta, a gente não consegue se esquivar: assisti ao trailer e tive certeza de que correria para assistir “Atômica”. Enfim, o dia chegou!

Lorraine Broughton (Charlize Theron) é uma agente do MI6 (serviço secreto britânico) extremamente inteligente, ágil, esperta e boa de briga. Ela é enviada para uma missão na Alemanha, durante a Guerra Fria, pouco antes da queda do Muro de Berlin para investigar o assassinato de um oficial e recuperar uma lista, que tem informações de diversos espiões.  Para conseguir conduzir sua missão, Lorraine contará com a ajuda de David Percival (James McAvoy), um agente infiltrado.

A partir daí, o filme de David Leitch com roteiro de Kurt Johnstad (300), tem muita porrada, sangue, olho roxo, reviravolta, detalhes importantes, sensualidade e um humor irônico impecável. Baseado nos quadrinhos de Antony Johnston e Sam Hart, “The Coldest City”, será lançado aqui no Brasil, numa edição incrível, pela editora Darkside, no dia 6 de setembro (já está em pré-venda), o filme é uma obra que deixa outros filmes famosos de agentes para trás. A personagem de Charlize Theron tem uma energia, que só estamos acostumados a ver nos cinemas em personagens masculinos. Talvez, por ser do mesmo diretor (co-diretor em John Wick), Lorraine se assemelhe tanto a John Wick. E David não descarta um crossover desses dois personagens. Até então, o que impede, é que ambos vivem em épocas diferentes e os estúdios dos filmes. Química, já sabemos que Charlize e Keanu têm.

Para quem não sabe, David Leitch já trabalhou como dublê. Ninguém melhor do que um dublê para conduzir com perfeição cenas de ação e coreografias violentas. Charlize contou com a ajuda de especialistas em treinamento e combate, além de Keanu Reeves, que treinou junto com a atriz para “John Wick” e vários meses de exercício. Ela se empenhou tanto nas cenas, que teve dois dentes quebrados. Por essa adrenalina toda, “Deadpol 2” está nas mãos de David.

Destaque também para Sofia Boutella, que vem crescendo nas telonas. Além de ser uma atriz maravilhosa, inquestionavelmente a melhor coisa de “A Múmia”, Sofia consegue conquistar facilmente o público com sua Delphine Lasalle, uma “perseguidora” de Lorraine. Mas, se nem a própria Lorraine resistiu, quem somos nós, pobres mortais para fazê-lo? As duas criam uma atmosfera para lá de sensual, deixando qualquer marmanjo de queixo caído.

Com uma fotografia retrô, neon e uma trilha recheada de músicas dos anos 80, “Atômica” chega aos cinemas hoje, 31 de agosto, para mostrar que mesmo no fim, o mês mais longo, pode nos trazer surpresas maravilhosas e ser encerrado com chave de ouro. Vale o ingresso, o combo da pipoca e os não beijos na companhia, porque não é para perder nenhum lance.

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Como Nossos Pais


Como Nossos Pais

Sempre deixo para postar sobre o filme, na madrugada de sua estreia. Mas, assim como eu fiz com “Mulher Maravilha”, vou fazer com “Como Nossos Pais”: vou liberar a crítica antes. Ainda mais, depois que o filme levou 6 Kikitos, no Festival de Cinema de Gramado. Pouca coisa já deu para perceber que, definitivamente, não é.

Laís Bodanzky (Bicho de Sete Cabeças) fez um trabalho impecável de direção ao levar para as telonas a história de Rosa (Maria Ribeiro), uma mulher que desempenha o papel da mulher moderna, que trabalha em uma empresa fora de casa, contribui com as despesas do lar (às vezes sendo a fonte principal) e a mulher clássica, que toma conta da casa e dos filhos.

Após uma descoberta familiar, Rosa entende que a vida que leva está a deixando insatisfeita em todos os quesitos. O trabalho que não gosta, porque não é aquilo que queria, as responsabilidades que caem toda sobre seus ombros, já que seu marido (Paulinho Vilhena) é mero coadjuvante na vida familiar e, até mesmo, a questão afetiva que tem (ou não) com ele. Como se isso tudo não fosse sufocante o suficiente, há um conflito eterno com a mãe (Clarisse Abujamra) e um pai, muito gente boa, mas totalmente fora de realidade, que se torna mais uma responsabilidade de Rosa.

A construção desses conflitos vividos por Rosa, como vão sendo apresentados na forma de cotidiano, é fantástica. Com muita naturalidade, a ponto de não parecer problemas, mas sim “coisas da vida”, mas que acabam por sufocar, todos os dias, tantas pessoas. Uma história que você se identifica um pouco ou muito, porque Rosa é uma mulher que poderia ser eu, você, sua mãe, sua irmã ou sua colega de trabalho. Rosa é real!

O fascínio por esse longa se deve a leveza que ele tem, apesar de levantar pontos extremamente importantes do papel da mulher na sociedade atual, monogamia e família. Pode-se entender a mensagem, mas sem o desconforto, que normalmente causaria. E as respostas... há? Diálogos ricos com atores que estão em suas melhores atuações, levam aos cinemas um dos melhores filmes do cinema nacional. Laís Bodanzky, que também assina o roteiro junto a Luiz Bolognesi, acertou e mereceu seu Kikito.

“Minha dor é perceber, que apesar de termos feito tudo o que fizemos ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais.”

“Como Nossos Pais” estreia dia 31 de agosto, para fechar o mês com chave de ouro. Vale a pena o ingresso, o ingresso da companhia, a pipoca, o refrigerante, a emoção e o repeteco, porque eu quero assistir a esse filme MUITAS VEZES.

Posso fazer um PS para falar de Maria Ribeiro, que é minha queridinha há tantos anos e eu achava que não tinha todo o reconhecimento devido: ELA ESTÁ MAIS MARAVILHOSA DO QUE NUNCA. Espero vê-la em mais trabalhos na TV, no cinema, nos livros... Maria Ribeiro é o tipo de mulher que a gente precisa!

Categorias vencidas no Festival de Cinema de Gramado:

- Melhor Filme
- Melhor Direção (Laís Bodanzky)
- Melhor Montagem (Rodrigo Menecucci)
- Melhor Atriz Coadjuvante (Clarisse Abujamra)
- Melhor Ator (Paulinho Vilhena)
- Melhor Atriz (Maria Ribeiro)

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ABERTAS INSCRIÇÕES GRATUITAS PARA CURSO DE QUALIFICAÇÃO TEATRAL



ABERTAS INSCRIÇÕES GRATUITAS PARA CURSO DE QUALIFICAÇÃO TEATRAL

Grupo de Teatro Finos Trapos promove atividade teatral nos meses de setembro e outubro em Salvador. 



O Grupo de Teatro Finos Trapos investe em atividades de formação profissional, na área de artes cênicas e abre inscrições gratuitas, no período de 01 a 15 de setembro, para interessados que desejem participar da sétima edição do Curso Oficinão Finos Trapos, que será realizado na cidade de Salvador, 40h/aula. Serão ao todo 30 vagas e as inscrições serão realizadas através do site www.finostrapos.com.br.

O público alvo são jovens e adultos a partir de 18 anos, que já possuem algum envolvimento com a área teatral, sendo priorizada a participação de artistas do subúrbio ferroviário e estudantes da rede pública de ensino (básico ou superior). Neste sentido, os selecionados terão aulas teóricas e práticas distribuídas nos seguintes eixos: Eixo I - Colaboração no treinamento do ator; Eixo II – Dramaturgia da sala de ensaio; Eixo III – Gestão e produção colaborativa. Os interessados deverão ter disponibilidade para participar das aulas que ocorrerão de 18 de setembro até 18 de outubro, sempre as segundas e quartas-feiras, das 18h às 21h, na Casa do Benin (Rua Padre Agostinho Gomes, 17, Pelourinho). Pretende-se ao final desta oficina a apresentação dos resultados para o público, numa mostra cênica, nos dias 20 e 21 de outubro no Teatro Gregório de Matos, além da oportunidade de dois alunos serem escolhidos para integrarem o elenco do novo espetáculo do grupo, com estreia prevista para março de 2018.

“Um misto de empolgação e desejo de reviver esse processo tão intenso que inevitavelmente marca todos os envolvidos. O Oficinão é uma celebração à filosofia de trabalho em grupo e o embrião de onde pode surgir outros coletivos.” Afirma Francisco André, membro do grupo. O curso Oficinão Finos Trapos é uma ação integrante do projeto Trilha de estórias nos Trilhos do Subúrbio Montagem do Espetáculo "Ponta de d´areia - Pedaço do Céu" do Grupo de Teatro Finos Trapos, selecionado no Edital Arte em Todo Dia - Ano III, realizado pela Fundação Gregório de Mattos (FGM) da Prefeitura de Salvador. O Oficinão teve sua primeira edição em 2008, com o objetivo de difundir os procedimentos de trabalho e práticas cênicas do grupo, sendo uma referência na área da Pedagogia do Teatro como ação de formação sistematizada por grupos teatrais na área da educação não-formal.  


O Grupo Finos Trapos trabalha no desenvolvimento continuado de repertório de espetáculos e realização de atividades de pesquisa, produção de eventos culturais e fomento das Artes Cênicas na Bahia. Seu teatro contemporâneo com sotaque regional fundamentado na filosofia do trabalho em grupo e no imaginário da cultura de tradição popular nordestina já possui reconhecimento de público e crítica registrado nas indicações a Prêmios e aprovações em Editais Públicos Estaduais e Nacionais. Fazem parte do Fino Repertório os espetáculos: “Sussurros...” (2004), “Sagrada Folia” (2005), “Sagrada Partida” (2007), “Auto da Gamela” (2007), “Gennésius – Histriônica Epopéia de um Martírio em Flor” (2009), Berlindo (2011) e “O Vento da Cruviana” (2014).

SERVIÇO

O que: Curso Oficinão Finos Trapos

Quando:  Setembro/Outubro de 2017

Quanto: Gratuito

Onde: na Casa do Benin (Rua Padre Agostinho Gomes, 17, Pelourinho).

Inscrições:  www.grupofinostrapos.com.br

Realização: Finos Trapos Produções

Apoio financeiro:  Edital Arte em Toda Parte - Ano III, realizado pela Fundação Gregório de Mattos (FGM) da Prefeitura de Salvador.

Crédito da imagem: (vide fotografia)

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O Castelo de Vidro


O Castelo de Vidro

Drama baseado na história da jornalista Jeannette Walls, traz lembranças da sua vida junto a família, que não tinha uma residência fixa e corria os Estados Unidos, muitas vezes, sem nem ter o que comer.

“O Castelo de Vidro” tem um pouco do filme “Capitão Fantástico”, mas há problemas mais profundos entre os membros da família, principalmente no que diz respeito ao pai. Apesar de amar seus filhos, a ideologia de vida de Rex (Woody Harrelson) muitas vezes deixou a desejar em relação aos filhos, mas ele acreditava no amor de suas atitudes e tinha o apoio de sua esposa, Rose Mary (Naomi Watts).

A narrativa que se constrói entre passado e atualidade para explicar como Jeannette (Brie Larson) chegou a sua vida atual. Por muitos momentos, o drama familiar faz o público odiar Rex e achar Rose Mary permissiva com as coisas absurdas que ela acaba aceitando que seus filhos vivam. Mas como criticar a infância que moldou adultos, aparentemente, felizes com o que são e com as experiências que viveram? Assim como em “Capitão Fantástico”, é possível que muitos se perguntem se aquele estilo de vida é aceitável. Mas só por que é diferente não seria? Tantas pessoas vivem com menos intensidade e menos problemas que a família de Jeannette e acabam seguindo por caminhos mais obscuros... o que não é errado também. A intensidade de sentimentos é algo que não se pode ser discutido.

“O Castelo de Vidro” provoca uma reflexão sobre família e de como a relação que é construída com essa base vai moldar quem você será no futuro. Apesar de ser um filme mais lento, ele constrói a narrativa de forma que o público se envolva com os personagens e acabe sentindo todas as angústias da protagonista, sem muito exagero. É um filme emocionante, não só por ser baseado em uma história real, que muitos devem viver; mas por ser uma história que muitos outros não estão acostumados ou que nem imaginam que alguém, principalmente alguém de nome, possa viver. Serve como um alerta de que outras realidades existem.

As interpretações estão incríveis e dignas de Oscar. A atriz que interpreta Jeannette pequena, no momento em que o pai fala de uma queimadura que ela sofre, é de arrepiar. Um dos melhores filmes que abordam família, que já assisti. Destin Daniel Creatton, diretor do filme, acertou em cheio na atmosfera necessária para criar um drama, que não é piegas, mas que faz com que as lágrimas rolem na sala de cinema.

“O Castelo de Vidro” estreia hoje, 24 de agosto e merece ser assistido. Jeannette merece que sua coragem de dividir uma história tão pessoal seja recebida pelo grande público. Prepare a pipoca, o refri e o lenço. Grande filme!

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A Torre Negra


A Torre Negra

Filme baseado na obra literária de Stephen King, finalmente chega aos cinemas. No entanto, a obra ficou a desejar. Quando tem o nome de King no meio, o público espera algo sombrio, apavorante. “A Torre Negra” foge disso.

A história gira em torno de Jake Chambers (Tom Taylor), um garoto que tem sonhos com um Pistoleiro (Idris Elba) e o sombrio Homem de Preto (Matthew McConaughey). Apesar de contar os sonhos e desenhá-los, Jake não tem o apoio da mãe e do padrasto, que acabam por internar o garoto. Tudo indica que ele está traumatizado. No entanto, Jake vai parar em outro mundo e fica com um pé em cada um.

É uma premissa excelente, com a cara da imaginação única de King. Contudo, o longa não entrega todo o potencial que poderia ter e parece mais uma sessão da tarde, cheia de efeitos. Não se pode dizer que seja um filme ruim, porque de fato não é, mas não cumpre a expectativa da grandiosidade que a fantasia pode levar para as telas.

Tem diversão e boas atuações. Apesar de acharem Matthew caricato, a atuação dele é boa. Pode ser que para quem tenha lido os livros, ele, assim como o filme, tenha ficado devedor, mas para quem não leu, o que aparenta é que ele entrega exatamente o que o filme pede. O personagem de Idris, que deu o que falar, já que no livro tem características físicas diferentes do ator, tem carisma, apesar de ser um homem sério.

O diretor Nikolaj Arcel peca em não ousar e permanece na sua zona de conforto ao criar um filme esquecível, que passará antes da novela reprisada das tardes. Como são sete livros, pode ser que não venha a ter mais nenhuma adaptação, já que está sendo um sucesso... em críticas negativas. Uma pena!

King é tão adaptado para os cinemas, mas nem sempre os roteiristas e diretores acertam. A esperança desse ano está com a nova versão de “It: A Coisa”, que estreará em setembro.

“A Torre Negra” estreia hoje, 24 de agosto e vale a pena ser visto de forma despretensiosa, apenas por entretenimento puro. Não espere nada grandioso e sua versão estará garantida. A pipoca e o refrigerante são bons, porque pode dar, ainda mais, aquela sensação de Sessão da Tarde.

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Bingo: O Rei das Manhãs


Bingo: O Rei das Manhãs

Cinema nacional de altíssima qualidade! Vou começar a crítica dizendo o que guardo para o final: não deixem de assistir!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

“Bingo” é a cinebiografia de Arlindo Barreto, um dos intérpretes do palhaço Bozo, sucesso da Tv na década de 1980. No entanto, na época, ninguém sabia quem estava por baixo da fantasia do apresentador infantil, por uma questão de contrato. “Bingo” foi trazido dos EUA para o Brasil, devido ao enorme sucesso lá fora. O inocente palhaço, com um roteiro repleto de piadas bobas e infantis, precisou ganhar a ginga brasileira para agradar o público que, mesmo infantil, não se contentava com pouco. O protagonista é vivido por Vladimir Brichta, que ganhou o que talvez seja o melhor papel de sua carreira, após a desistência de Wagner Moura. Apesar da rica trajetória do ex-ator de pornochanchadas, Augusto Mendes (nome fictício de Arlindo no longa), o sucesso acaba por esconder vícios, perdas e uma quase tragédia.

De pai exemplar, que procura ser presente na vida do filho a um pai que perde os momentos mais importantes para a criança, que por sinal, é a única que não gosta do palhaço, uma vez que acaba perdendo o pai para aquele mundo. Augusto tenta continuar presente na vida do filho, mas não consegue, porque nas horas vagas tem farra com mulheres, whisky e cocaína.

A produtora do programa, Lucia (Leandra Leal), apesar de não concordar com o comportamento de Bingo, o ajuda em diversos momentos. Ela frequenta a igreja e se torna uma aposta entre Augusto e o câmera do programa. No entanto, a personagem que poderia cair na tentação, segue firme no que acredita, o que fica fantástico na produção, já que a tendência de alguns personagens é cair no clichê que o público espera.

A relação de Augusto com a mãe também é um ótimo ponto no filme. Enquanto ele tem uma carreira crescendo, ela, que um dia esteve no auge, se vê esquecida, fazendo participação como jurada em programas e outras atrizes mais novas a substituindo em novos papéis. A tristeza de sua mãe, somada ao fato de não poder se revelar, o que o torna famoso e ao mesmo tempo irreconhecível, vai afundando Augusto cada vez mais em seus vícios, colocando seu emprego e vida em risco. O lado positivo da fama, que é ter um trabalho que diverte e o lado negativo, que é não ter o reconhecimento que lhe é de direito.

Com a belíssima estreia de Daniel Rezende na direção, editor de filmes como “Cidade de Deus” (que lhe rendeu indicação ao Oscar), “Diários de Motocicleta” e “Tropa de Elite”, “Bingo: O Rei das Manhãs” tem uma montagem digna do seu personagem principal. O que poderia se tornar apenas mais uma cinebiografia, se destaca por ter as emoções do personagem principal vividas de modo verdadeiro por Britcha em uma década em que tudo estava acontecendo de vez como novidade e como rotina, e um elenco afinado. A trilha musical é mais um saldo positivo do longa que, até então, pode ser considerado um dos melhores filmes do ano.

“Bingo: O Rei das Manhãs” tem as características dos anos 1980 e vai levar muita gente que viveu esse período a fazer uma viagem gostosa no tempo. A estreia é hoje, 24 de agosto e seria o primeiro filme que eu assistiria esse fim de semana. Muita pipoca, muito refrigerante e mnuita emoção!

Ponto extra para Emanuelle Araújo dando vida à musa Gretchen. Se saiu MUITO bem, mas como a própria rainha disse: quem dança a “Conga” de verdade é só ela!

Nota mil!

Extra: Reação de Gretchen ao ver Emanuelle dançar a "Conga". 

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Oficina Gratuita de Dança Movimenta o Cenário Cultural de Salvador


OFICINA GRATUITA DE DANÇA MOVIMENTA O CENÁRIO CULTURAL DE SALVADOR

No próximo dia 21 de agosto, o projeto Atitude Bahia abre inscrições gratuitas para oficinas de DanceHall, estilo musical popular jamaicano que nasceu no fim dos anos 70 e hoje se caracteriza por um DJ ou um “MC-jay” que canta e produz as próprias batidas com colagens de reggae ou com recursos musicais originais. A estrutura musical é enraizada no reggae embora os ritmos jogados digitalmente o tornem consideravelmente mais rápido.


As oficinas, que acontecerão no Espaço Xisto Bahia, nos dias 25, 26 e 27 de agosto e 01, 02, 03 de setembro, são voltadas para dançarinos e interessados e as inscrições realizadas através do site www.atitudebahia.com.br Vagas limitadas.

As atividades serão ministradas pelo coreógrafo, produtor e dançarino Davi Barros (BA) e pela dançarina e coreógrafa Nayane Fernandes (GO), que trarão uma abordagem histórica e teórica, além de debates e rodas de conversas. Serão trabalhados com os participantes noções de espaço, direções, níveis e lateralidade, além de coordenação motora, ritmo, improvisação, fluência, musicalidade, agilidade e sensualidade. Tudo com base nos passos originalmente Jamaicano e estudos técnicos, criando uma relação com a musicalidade (na voz, na batida, na melodia).

Além das oficinas, o evento contempla a exposição fotográfica "Atitude Bahia" idealizada pelas fotógrafas Shai Andrade e Juh Almeida. Pensando o corpo enquanto matéria divina de vida e não somente de gênero, a exposição exalta a dança e suas reverberações poéticas no corpo dançante através de imagens que revelam a diversidade de estilos na cena da dança contemporânea e destacam a liberdade com que esses corpos ocupam/dançam (em) seus espaços, também de forma política. Ocupar é um ato político e o Atitude Bahia é uma ocupação de corpos livres. Visitação gratuita e aberta de segunda a sábado 9h às 19h, no foyer do Espaço Xisto Bahia

Sobre os ministrantes da oficina
Com formação técnica em Danças Urbanas no Brasil e no exterior, Davi Barros é professor de danças urbanas na Cia de jazz Viviane Lopes, na Escola contemporânea de dança e no Studio A – em Salvador. Participou de importantes festivais como o Festival Internacional de Curitiba e o Rio H2K e produz o FiNU - Festival iNsight Urbano. Nayane Fernandes é fundadora do grupo The Real e ministrou aulas por todo Brasil como: Goiânia, Mineiros, Porangatu, Brasília, São Paulo, Sorocaba, Três Rios, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Rio de Janeiro e outros. Abriu shows do Afrika Bambata, Negra Li, Marcelo D2 e Gabriel o Pensador, além de atuar como professora particular do cantor Cristiano Araújo. Tem vasta carreira internacional e foi Integrante do Grupo Zeronation, conhecido pelo estilo diferente no dancehall, com a produção frequente de vídeos, batalhas e realizando vários shows por NY. Atualmente ministra aulas por todo Brasil e participou da Rock in Rio Dance Crew no Palco Street Dance no Rock in Rio 2015. 


Atitude Bahia é financiado pelo Fundo de Cultura da Bahia e tem como proposta democratizar o acesso a essas técnicas possibilitando quedançarinos interessados em ampliar seus conhecimentos nessas estéticas tenham contato com profissionais de referência no cenário brasileiro, além de artistas baianos que têm se destacado na atuação profissional.


Serviço
O que: Oficinas Dance Hall | Projeto ATITUDE BAHIA
Quando: inscrições a partir de 21 de agosto
Quanto: Gratuito 
Informações e inscrições:  http://atitudebahia.com.br 
Fotos: Shai Andrade e Juh Almeida
Realização: PROJETO ATITUDE Bahia 
Apoio financeiro: Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.

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Os Melhores de 2016 #TBT

Os Melhores de 2016

Na última semana de 2016, resolvi fazer um apanhado geral desse ano tão problemático e dizer 3 filmes, 3 séries e 3 livros que me ajudaram a pensar: “não foi tão ruim assim!”
Foi um ano difícil. Amarrado. Arrastado. Um ano que se pudéssemos apagar da memória, não pensaríamos duas vezes (claro que não estou generalizando).
Para completar a lama ruim, perdemos ontem George Michael, estrela icônica do pop. Sua voz marcante, sua dança e seus clipes fantásticos farão falta, mas que bom que temos um material maravilhoso para, de vez em quando, matarmos a saudade.


Livros:
1 – Depois a Louca Sou Eu – Tati Bernardi
A rainha das frases que rodam Facebook, Twitter e Tumblr, sempre me encantou, através dessas redes sociais. Me identificava com suas frases, sua fossa, seu amor implacável e sua maneira de falar verdades; verdades que estão dentro da gente, mas que não sabemos como colocar para fora e ela simplesmente coloca. Nesse livro, Tati fala por situações que passou por causa de sua ansiedade. É divertido demais. Mas tem sua tristeza. Apesar de tratar seu problema com leveza, ao pararmos para analisar as situações pelas quais ela passa, percebemos como é angustiante.
Um livro que recomendo a todo mundo, porque Tati Bernardi, ao meu ver, é o tipo de pessoa que agrada a todos.
Esse livro só me fez ficar mais apaixonada por ela. 101% fã.
2 – Tá Todo Mundo Mal (O Livro das Crises) – Jout Jout
Quem conhece Jout Jout sabe o jeito dela. O ano foi marcado por lançamentos de livros de YouTubers. Confesso que não li de mais nenhum, mas fiquei curiosa para saber se seguem a linha superficial ou se vão a fundo como Jout Jout.
Ela não teve medo de se mostrar, expor suas ideias. Gente como a gente. Pequenas coisas que passamos no cotidiano, que podem passar despercebidas, mas que nem as frases de Tati: a gente se identifica. Acho que meu ano literário foi marcado por uma identificação de pequenas situações pelas quais os autores passaram.
Há poucos dias saiu a triste notícia que Jout Jout e Caio, seu namorado que é um cara que qualquer pessoa desejaria ter no círculo de amizade, acabaram. Pois é, mais uma identificação: nem eu, nem Jout Jout saímos ilesas de 2016.
3 – A Garota do Calendário – Audrey Carlan
Na verdade, não é apenas um livro; é uma série. São dozes livros, correspondendo a cada mês do ano.
A história é de Mia, uma jovem mulher, que passa a ser acompanhante de luxo para tirar o pai da mira de um agiota, que por acaso, ela já teve um envolvimento.
Cada livro é curtinho, a leitura é fácil e rápida. A questão é que os cenários descritos pela autora, os clientes da personagem principal e a personalidade da própria, são fantásticos.
Erótico, sexy, divertido e, de vez em quando, emocionante, “A Garota do Calendário” me agradou por ser uma leitura leve e “hot”. Vale a pena investir algumas horas do dia e conhecer a protagonista “diferente” Mia.

Filmes:
1 – Capitão Fantástico – Diretor: Matt Ross
O tipo de filme que você se apaixona do início ao fim pelos personagens. Um pai e seus seis filhos levam uma vida meio hippie, longe de toda a sociedade. Uma vida rica em educação, saúde, mas que peca na preparação para a “vida real”.
Capitão Fantástico vai fazer você rever seus (pré)conceitos sobre família, sociedade e comportamento.
Com uma trilha sonora e fotografia impecáveis, com certeza, o melhor filme do ano.
PS: Está em cartaz nos cinemas. Aproveitem! Vale o ingresso, a pipoca e salvará 2016
2 – A Chegada – Diretor: Denis Villeneuve
A Chegada é um filme de ficção científica que vai agradar até mesmo quem não gosta do gênero (se a pessoa entender o filme, é claro).
Algumas naves aparecem em cantos diferenciados do planeta e não há nenhuma explicação. Com a ajuda de Dra. Louisa Banks, uma linguista e Ian, o governo vai em busca de respostas sobre a intenção dos alienígenas.
De uma clareza intensa e imensa, ele emociona ao mostrar como os seres humanos são ruins na hora de comunicar e procurar conhecer o desconhecido. Parece redundante, na verdade, é mesmo. Mas não há outra forma de chegar.
Um trabalho impecável, totalmente fora do clichê!
Para ser visto, revisto e admirado.
3 – Animais Noturnos – Diretor: Tom Ford
Suspense de qualidade inquestionável. Tom Ford apresenta um tipo de filme que está em falta nas telonas.
Susan recebe o manuscrito de seu ex-marido e começa a ler. Enquanto isso, sua vida vai desenrolando com descobertas que ela faz sobre si mesma e sobre o atual casamento.
Atuações impecáveis e, talvez, um grande nome para concorrer ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado.
Para quem está no segundo filme, Tom Ford já mostra uma grande evolução e a que veio. Tem grandes chances de se firmar como um cineasta de peso.
O filme estreia dia 29/12, por isso não dei maiores detalhes. A crítica estará disponível no blog, na madrugada de quarta para quinta. Fique esperto!

Séries:
1 – Black Mirror – Todas as temporadas disponíveis na Netflix
Ok, não é uma série nova. Mas eu só descobri esse ano. Foi, sem dúvidas, minha melhor “ah, vou ver para entender do que se trata, já que tão falando tanto”.
A terceira temporada foi lançada e levou muita gente a “surtar”. Por que elas surtaram? Porque elas se identificaram. Eu me identifiquei. De alguma forma bizarra, todo mundo que assiste se identifica com algum episódio.
São episódios isolados, você pode assistir fora da sequência, porque não há ordem. Mas como eu sou “organizadinha”, comecei da primeira.
Apesar de ser uma série contínua, há um tema em comum, que prevalece em todos os episódios: tecnologia.
Como essa tecnologia influência o modo de viver da sociedade. Como estamos nos deixando “ir” e aonde vamos parar com isso tudo.
Bizarro, indigesto e extremamente real.
“Black Mirror” é uma série que vai destruir sua cabeça e, mesmo assim, você implorar por mais.
2 – Stranger Things
Década de 80, The Smiths de trilha sonora, elenco com crianças que atuam fantasticamente bem, Winona Ryder, um pouco de suspense misturado com ficção científica e muitas, mas muitas referências!
Indicada para quem gosta de clássicos, mesmo que sejam novos.
3 – Especial de Natal de Sense 8
Após uma longa espera, a Netflix resolveu dar um presente aos fãs de uma das séries que mais conquistou fãs em 2015. Para deixar com o gostinho de quero mais, o reencontro com esses oito personagens não poderia ter uma mensagem mais bonita. A duração de pouquinho mais de duas horas, serviu para matarmos a saudade dos sensates. Pouco para quem espera há tanto tempo.
Para quem não assistiu a série, não recomendo que comece pelo especial. Para quem assistiu e largou no meio, recomendo que tente terminar, porque só especial, já vale a pena ter assistido tudo. Enfim: se eu já amava “Sense 8” antes, agora é um relacionamento mais que sério.
A primeira temporada de Sense 8 está disponível na Netflix e a segunda temporada chega no canal de streaming a partir de 5 de maio de 2017.
Para o ano novo…
É isso, galera. Ao meu ver, teriam mais filmes, livros e séries para entrarem na lista, mas esses que eu coloquei aqui, podem ter certeza que foram escolhidos a dedo, com muito carinho. Não poderia recomendar nada antes deles.
Espero que o ano de 2017 comece repleto de boas novidades na área da cultura e que eu possa trazer mais dicas bacanas.
Desejo a todos um excelente Ano Novo e que nosso reencontro seja breve.
Publicado originalmente: http://femininoealem.com.br/24200/os-tres-melhores-de-2016/

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Uma Família Feliz


Uma Família Feliz

Uma mãe querendo unir a família, um pai que só trabalha, uma filha adolescente que não está no clima e um filho pequeno tipicamente nerd, que abusa de um vocabulário rebuscado, só quer saber de estudar e é vítima de bullying na escola. Esse é o cenário de muitas famílias e a premissa para a nova animação da Paris Filmes.

Emma Wishbone (Juliana Paes) tenta encontrar uma fantasia e acaba, sem querer, entrando em contato com Drácula, que se encanta pela mulher e faz um “trato” com a bruxa Baba Yaga. Na ida para a tal festa, a família é surpreendida e a bruxa acaba por transformar todos em monstros. Cada um vira a realidade da fantasia que está usando: Emma se torna uma vampira, o marido uma versão bem abestalhada de Frankenstein, a filha uma múmia e o filho um lobisomem. A partir daí, os Wishbones precisam reencontrar a bruxa, acertar as contas com Drácula, salvar o mundo e entender o significado de “família”.

O filme é bem infantil, sem maiores mensagens para os pais. Um tema familiar clichê, mas que funciona. E apesar de vários furos no roteiro, a animação em si é bem feita, tem um ritmo legal, que flui. Com certeza as crianças vão se divertir. Os pais também poderão aproveitar o momento, mas não se pode esperar uma animação com a mesma profundidade de conteúdo da Pixar ou Disney.

Aqui no Brasil, a dublagem de Emma ficou por conta da atriz Juliana Paes. Casou perfeitamente com o papel. Juliana já tem um carisma gigante e no papel da mãe que luta por sua família, a atriz consegue encantar mais ainda.

De música, no fim do filme, toca “Happy”, de Pharrell Williams. Não entendi muito bem o motivo para usarem a música que, também, toca em “Meu Malvado Favorito”. Será que as animações estão ganhando uma canção padrão? Espero que não.

“Uma Família Feliz” estreia hoje, 17 de agosto e a criançada vai se amarrar na família de monstrinhos simpáticos. Vale a pena pela diversão da garotada!

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Annabelle 2: A Criação do Mal


Annabelle 2

A boneca mais fofa do mundo retorna ao mundo cinematográfico. Dessa vez, com um filme que explica como tudo começou. Confesso que achei que o primeiro filme já explicava, mas a nova história explica como chegaram até aquela situação, e o que criaram ficou muito bom! O bom e velho terror está ressuscitado e salvo.

A primeira aparição de Annabelle foi no filme “Invocação do Mal”, onde o casal Ed e Lorraine Warren são chamados para descobrir o que há de errado com a boneca. O filme foi lançado em 2013 e trouxe uma nova era para o gênero terror. Annabelle ficou mais pop que o Papa e ganhou seu primeiro filme solo em 2014. Três anos depois, a bonequinha ganhou mais um.

Dessa vez, a história começa com um casal, que alguns anos depois de perder uma filhinha tragicamente, resolve usar a casa onde vivem para receber uma freira e algumas garotas órfãs. O homem, Sr. Mullins (Anthony LaPaglia) é artesão e constrói bonecas. Adivinha quem fez a edição limitada de 100 (cem, por extenso para ninguém ter dúvida) Annabelles... pois é!

Uma das garotas órfãs, Janice (Talitha Bateman) tem problema em uma perna, por causa de poliomielite. Na hora de conhecer a casa, ela se depara com uma porta que tem marcações de crescimento de uma criança, mas o Sr. Mullins a informa de que aquele quanto está trancado e ninguém deve entrar. Tudo resolvido, né? Óbvio que não. A menina se conforma, mas o demônio tem que tentar e envia bilhetinhos, como a filha dos Mullins fazia, para que Janice vá encontra-la. E aí, é o famoso “já era”.

O demônio volta com tudo, querendo a alma de todo mundo para se manter em ativa e causa sérios danos aos moradores da casa. Como todo bom filme de terror tudo acontece de noite, mas o capiroto também se mostra atacadinho durante o dia, mas com menos intensidade. A atmosfera sombria, que começa quando a Janice sobe as escadas da casa, vai até o fim do filme, só que cada vez mais intensa. Você vai gritar para a garota sair do quarto, para não abrir a porta, para todo mundo sair correndo... inclusive, tem um poço no filme, que eu jurei que Samara ia fazer participação especial.

O tempo de desenvolvimento dos fatos é bom. Não tem enrolação, a história flui e apesar de ter aquelas cenas que todo mundo sabe que vai levar susto, não fica cansativo, nem pesado. A explicação de como Annabelle se tornou o portal para o demônio chegar nesse plano, é convincente. Há cenas que a risada é inevitável, mas para muitos, é aquele riso de nervoso. O tom das cenas “engraçadas”, faz com que os mais apavorados consigam relaxar e aguentar o olhar na tela, sem desviar. A trilha sonora do filme de terror é responsável por, pelo menos, 50% do seu sucesso. Os rangidos, passos, respiração, música... estão em harmonia e como diz Tiago Iorc “o coração dispara, tropeça, quase para” no tom que Sandberg deu ao seu filme.

“Annabelle 2” estreia 17 de agosto e para quem gosta do gênero (e para os que não gostam, mas ao invés de saltar de asa delta, preferem se aventurar no escurinho do cinema), é um filme que atende às expectativas. Meu sonho atualmente é ver um encontro de Annabelle com Chucky e dizer “adeus” definitivo ao mundo de bonecos. Ou não.

O ingresso e o combo da pipoca valem a pena. Para mim, Annabelle não decepciona e a diversão é garantida.

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