Annabelle 2
A boneca mais fofa do mundo
retorna ao mundo cinematográfico. Dessa vez, com um filme que explica como tudo
começou. Confesso que achei que o primeiro filme já explicava, mas a nova
história explica como chegaram até aquela situação, e o que criaram ficou muito
bom! O bom e velho terror está ressuscitado e salvo.
A primeira aparição de Annabelle
foi no filme “Invocação do Mal”, onde o casal Ed e Lorraine Warren são chamados
para descobrir o que há de errado com a boneca. O filme foi lançado em 2013 e
trouxe uma nova era para o gênero terror. Annabelle ficou mais pop que o Papa e
ganhou seu primeiro filme solo em 2014. Três anos depois, a bonequinha ganhou
mais um.
Dessa vez, a história começa com
um casal, que alguns anos depois de perder uma filhinha tragicamente, resolve usar
a casa onde vivem para receber uma freira e algumas garotas órfãs. O homem, Sr.
Mullins (Anthony LaPaglia) é artesão e constrói bonecas. Adivinha quem fez a
edição limitada de 100 (cem, por extenso para ninguém ter dúvida) Annabelles...
pois é!
Uma das garotas órfãs, Janice
(Talitha Bateman) tem problema em uma perna, por causa de poliomielite. Na hora
de conhecer a casa, ela se depara com uma porta que tem marcações de
crescimento de uma criança, mas o Sr. Mullins a informa de que aquele quanto
está trancado e ninguém deve entrar. Tudo resolvido, né? Óbvio que não. A
menina se conforma, mas o demônio tem que tentar e envia bilhetinhos, como a
filha dos Mullins fazia, para que Janice vá encontra-la. E aí, é o famoso “já
era”.
O demônio volta com tudo, querendo
a alma de todo mundo para se manter em ativa e causa sérios danos aos moradores
da casa. Como todo bom filme de terror tudo acontece de noite, mas o capiroto
também se mostra atacadinho durante o dia, mas com menos intensidade. A atmosfera
sombria, que começa quando a Janice sobe as escadas da casa, vai até o fim do
filme, só que cada vez mais intensa. Você vai gritar para a garota sair do
quarto, para não abrir a porta, para todo mundo sair correndo... inclusive, tem
um poço no filme, que eu jurei que Samara ia fazer participação especial.
O tempo de desenvolvimento dos
fatos é bom. Não tem enrolação, a história flui e apesar de ter aquelas cenas
que todo mundo sabe que vai levar susto, não fica cansativo, nem pesado. A
explicação de como Annabelle se tornou o portal para o demônio chegar nesse
plano, é convincente. Há cenas que a risada é inevitável, mas para muitos, é
aquele riso de nervoso. O tom das cenas “engraçadas”, faz com que os mais
apavorados consigam relaxar e aguentar o olhar na tela, sem desviar. A trilha
sonora do filme de terror é responsável por, pelo menos, 50% do seu sucesso. Os
rangidos, passos, respiração, música... estão em harmonia e como diz Tiago Iorc
“o coração dispara, tropeça, quase para” no tom que Sandberg deu ao seu filme.
“Annabelle 2” estreia 17 de
agosto e para quem gosta do gênero (e para os que não gostam, mas ao invés de
saltar de asa delta, preferem se aventurar no escurinho do cinema), é um filme
que atende às expectativas. Meu sonho atualmente é ver um encontro de Annabelle
com Chucky e dizer “adeus” definitivo ao mundo de bonecos. Ou não.
O ingresso e o combo da pipoca
valem a pena. Para mim, Annabelle não decepciona e a diversão é garantida.