Como Ser Solteira


Na hora em que vi o título desse filme e seu cartaz, pensei: “lá vem mais uma daquelas comédias mais do mesmo”. Mesmo assim, resolvi assistir; queria ver mais do trabalho de Dakota Johnson para saber se ela iria além de “Anastasia Steele”, já que virei sua fã depois do criticado (porém comentado e super assistido) “Cinquenta Tons de Cinza”, porque achei que ela havia encarnado, de todas as formas possíveis, a namorada de “Mr. Grey”. Mas esse é papo para outra semana, vamos focar!
A personagem de Dakota (Alice) pede um tempo para o namorado para poder fazer todas aquelas coisas que uma pessoa tem vontade de fazer, mas vai empurrando com a barriga, porque tudo está fluindo bem do jeito que está. Mas a insatisfação e desejos estão ali, como o diabinho que fica em dos ouvidos falando: “vá, faça”. Então, “Alice” resolve fazer.
Ao ficar solteira, ela recebe a ajuda de “Robin”, personagem interpretada pela atriz Rebel Wilson (que parece ser a mesma personagem em todos os filmes; a versão feminina de Jim Carrey, mas que, mesmo assim, consegue arrancar risadas de quem está assistindo), e começa a curtir a sua nova vida. As duas personagens são completamente diferentes no jeito de viver (no fim do filme, haverá uma surpresa sobre uma delas, que é sensacional). Além das duas moças, tem mais duas personagens que são importantes: a irmã de “Alice” e a garota que frequenta um bar, apenas com a finalidade de roubar o Wi-Fi.
Uma das coisas que mais gostei, foi o fato do filme ter personagens femininos curtindo a vida de solteira, sem pensar em consequências, sem ser um padrão que se espera das mulheres. Umas estão querendo apenas curtir, outras querendo algo mais, mas sem se fechar para possibilidades e outras fechadas, de fato.
Se você assistir a esse filme sozinha, vai se encontrar, um pouquinho, em cada personagem. Se assistir com as amigas, vai identificar uma em cada personagem. Porque a vida é assim! As ruas estão cheias de mulheres independentes, que saem pelas noites em busca de “cachaça” e sexo ou apenas de uma boa música para dançar e se divertir. E não tem nada errado. A naturalidade com que isso é tratado no filme, o torna ainda mais especial.
Além dessas quatro maravilhosas mulheres, o filme tem os homens que passam por elas: como amigos, namorados, amigos com benefícios ou um encontro casual mesmo. São homens que encontramos no dia a dia e fazem parte da história, mesmo que o “the end” não seja com algum deles (se é que é necessário um “the end” com qualquer um deles…).
A verdade é que “Como Ser Solteira” foge do clichê de mostrar que toda mulher precisa de um homem para ser feliz. Mas tem muitos clichês de filme de comédia. Entretanto, foi uma das comédias que mais gostei, nos últimos tempos. Um filme com uma mensagem real, enviada de maneira sutil, mas bastante clara. Sem dúvidas, um longa para ver, rever e descobrir sempre uma coisa nova.
Palmas para a trilha sonora FANTÁSTICA. Vontade de colocar os fones no ouvido e sair por aí, apenas deixando ela rolar de modo aleatório. Não preciso nem falar “preste atenção”, porque é mesmo contagiante.
Prepara-se para rir, chorar, se identificar, se questionar algumas “coisinhas” e nunca mais conseguir olhar para a cara de “Gandalf” sem dar risada. Tudo na dose certa!
Publicado originalmente: http://femininoealem.com.br/23923/como-ser-solteira/

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