O Castelo de Vidro
Drama baseado na história da
jornalista Jeannette Walls, traz lembranças da sua vida junto a família, que
não tinha uma residência fixa e corria os Estados Unidos, muitas vezes, sem nem
ter o que comer.
“O Castelo de Vidro” tem um pouco
do filme “Capitão Fantástico”, mas há problemas mais profundos entre os membros
da família, principalmente no que diz respeito ao pai. Apesar de amar seus
filhos, a ideologia de vida de Rex (Woody Harrelson) muitas vezes deixou a
desejar em relação aos filhos, mas ele acreditava no amor de suas atitudes e
tinha o apoio de sua esposa, Rose Mary (Naomi Watts).
A narrativa que se constrói entre
passado e atualidade para explicar como Jeannette (Brie Larson) chegou a sua
vida atual. Por muitos momentos, o drama familiar faz o público odiar Rex e
achar Rose Mary permissiva com as coisas absurdas que ela acaba aceitando que
seus filhos vivam. Mas como criticar a infância que moldou adultos,
aparentemente, felizes com o que são e com as experiências que viveram? Assim
como em “Capitão Fantástico”, é possível que muitos se perguntem se aquele
estilo de vida é aceitável. Mas só por que é diferente não seria? Tantas
pessoas vivem com menos intensidade e menos problemas que a família de
Jeannette e acabam seguindo por caminhos mais obscuros... o que não é errado
também. A intensidade de sentimentos é algo que não se pode ser discutido.
“O Castelo de Vidro” provoca uma
reflexão sobre família e de como a relação que é construída com essa base vai
moldar quem você será no futuro. Apesar de ser um filme mais lento, ele
constrói a narrativa de forma que o público se envolva com os personagens e
acabe sentindo todas as angústias da protagonista, sem muito exagero. É um
filme emocionante, não só por ser baseado em uma história real, que muitos
devem viver; mas por ser uma história que muitos outros não estão acostumados
ou que nem imaginam que alguém, principalmente alguém de nome, possa viver. Serve
como um alerta de que outras realidades existem.
As interpretações estão incríveis
e dignas de Oscar. A atriz que interpreta Jeannette pequena, no momento em que
o pai fala de uma queimadura que ela sofre, é de arrepiar. Um dos melhores
filmes que abordam família, que já assisti. Destin Daniel Creatton, diretor do
filme, acertou em cheio na atmosfera necessária para criar um drama, que não é
piegas, mas que faz com que as lágrimas rolem na sala de cinema.
“O Castelo de Vidro” estreia
hoje, 24 de agosto e merece ser assistido. Jeannette merece que sua coragem de
dividir uma história tão pessoal seja recebida pelo grande público. Prepare a
pipoca, o refri e o lenço. Grande filme!
Obrigado pelo post esse filme é muito bom. Eu ancho que o papel que realizo em a Refem do Medo é uma dos melhores filmes com Naomi Watts, a forma em que vão metendo os personagens e contando suas historias é única. É um dos melhores filmes de suspense, tem uma boa história, atuações maravilhosas.
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